Porto Alegre é a segunda colocada no ranking de capitais que mais aceitam Bitcoin

Com base no site Coinmap, a capital do Rio Grande do Sul fica atrás apenas de São Paulo em número de serviços com a moeda virtual

Arthur Marques
Redação Beta
3 min readApr 24, 2019

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Na capital gaúcha 33 estabelecimentos estão habilitados a aceitar a moeda. (Foto: Banco de Imagens Unsplash)

A Bitcoin sofre com uma desvalorização de 80%, comparativamente ao período em que houve cotação máxima, em 2017. Naquele ano, a criptomoeda atingiu impressionantes 1300% de valorização. A Beta Redação explica qual é o cenário atual da Bitcoin em Porto Alegre.

Atualmente, estão registrados 33 estabelecimentos de Porto Alegre no Coinmap, principal site de localização de serviços que aceitam a moeda no mundo. Na lista, é possível encontrar confeitarias, lojas de informática e até mesmo clínicas ortodônticas.

Quando abriu o consultório em 2015, a dentista, Cibeli Lungren, não pensou duas vezes antes de começar a aceitar a Bitcoin. “Para mim, é como qualquer moeda, se for pensar em desvalorização. Ainda é raro os pacientes usarem. Em 2019, por exemplo, até agora só tive duas consultas pagas com Bitcoin”, explica a ortodontista.

O que é e como funciona o Bitcoin?

Trata-se de uma criptomoeda 100% virtual. Assim como o dólar, o real ou qualquer outra, possui um valor volátil que muda de acordo com as movimentações do mercado. O funcionamento é determinado por um código complexo que não pode ser alterado, e as transferências via Bitcoin são realizadas online e criptografadas para garantir a segurança de vendedores e compradores da moeda. Uma vez confirmadas, todas as transações são incluídas no blockchain, que funciona como um livro contábil virtual.

Aficionado por tecnologia, o técnico em Tecnologia da Informação, Igor Leal, conta como foi a sua primeira experiência após investir na criptomoeda. “Em 2013, investi pela primeira vez. Na época, comprei a moeda com a cotação valendo 291 dólares para cada Bitcoin, vendi por 320 dólares cada unidade (1.160,00 reais e 1,277,00 reais respectivamente em valores aproximados na data de 24/04/2019). Em menos de um mês tive um ganho de capital de 10%”, explica.

Quando o assunto é investir novamente em Bitcoin, Igor mostra-se receoso. “Atualmente, não me vejo investindo. O que me amedronta é a alta valorização da moeda. Tenho medo de comprar e ela desvalorizar demais”, ressalta.

Ao final de 2018, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) fez uma pesquisa onde mostra o “raio X do investidor brasileiro”. Com base no levantamento, é possível notar que 42% dos brasileiros possui alguma aplicação financeira. Ou seja, mais da metade da população não investe nem em poupança.

Número de estabelecimentos em capitais que aceitam Bitcoin

• São Paulo: 73
• Porto Alegre: 33
• Rio de Janeiro: 24
• Rio Branco: 21
• Belo Horizonte: 12
• Salvador: 11
• Curitiba: 11
• Brasília: 11
• Goiânia: 7
• Fortaleza: 7
• Vitória: 5
• João Pessoa: 4
• Aracaju: 4
• Terezina: 3
• Natal: 3
• Belém: 2

O corretor de investimentos na empresa Unick, Gabriel Naveira, explica. “O investidor da Bitcoin é do tipo antenado, uma pessoa que usa diariamente o digital. Essas pessoas querem resolver suas questões e problemas pela internet. Ao contrário do crescimento de 2017, e da queda brusca de 2018, é bem provável que possamos ver, em 2019, uma retomada gradativa com maior chance de ganhos no investimento em Bitcoin”, afirma o corretor.

A distribuição de Bitcoin no mundo

Fonte: Coinmap

Os interessados em obter a moeda virtual devem procurar casas de câmbio especializadas, abrindo uma cold storage, espécie de conta bancária virtual onde os investidores podem manter suas moedas, mesmo estando offline. Atualmente, a Bitcoin está cotada em 21.149,26 reais.

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