Revés no leilão e na demolição do Ginásio da Brigada Militar

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego suspende derrubada de patrimônio público

Alessandro Sasso
Redação Beta
2 min readApr 25, 2018

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Parede lateral do Ginásio permanece de pé. (Foto: Alessandro Sasso/Beta Redação)

A demolição prevista para os próximos dias do Ginásio da Brigada Militar foi suspensa pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), em 20 de abril, alegando riscos à população, irregularidades trabalhistas e ausência de projeto técnico. A área pública, de propriedade do Governo Estadual, está à venda.

A tentativa de negócio, por parte do governo, do terreno do Ginásio da Brigada juntamente com a sede dos Bombeiros, localizadas na Rua Silva Só, não obteve sucesso através de leilão realizado em 26 de março. O valor cotado a ser recebido era de 40,5 milhões com o ginásio e 85,36 milhões com a sede dos Bombeiros.

Em 29 de janeiro, os ex-comandantes-gerais da Brigada Militar fizeram um abraço coletivo no ginásio alegando que o patrimônio não poderia ser vendido por interesses comerciais e se fosse necessário iriam batalhar judicialmente contra a venda. Em conversa com a Beta Redação, o deputado estadual Adão Villaverde (PT) alerta para a especulação imobiliária da propriedade. “Evidentemente, é importante registrar a localização privilegiada do terreno no espaço territorial urbano e sua valorização imobiliária”.

Villaverde também criticou a gestão do atual governo com as áreas estaduais. “Sartori tem um histórico de venda do patrimônio público e fragilização das funções de Estado. Arrisco a pensar, então, que Sartori se deu mal porque apostou no lucro da venda rápida dos imóveis, mas não houve interessados no leilão”.

Quanto ao novo patrimônio a ser utilizado pela Brigada Militar a intenção do Estado é instalar um ginásio na Academia de Polícia, no bairro Teresópolis. Adão Villaverde relata a importância pública e histórica da área pública. “Estamos diante de um espaço público, desportivo e de entretenimento, que é imprescindível para o exercício de várias modalidades esportivas na nossa capital do estado. Além disso, destaco a dimensão histórica da edificação construída para os jogos esportivos da III Universíade 1963 que, com a participação de cerca de 700 atletas de 27 nações, projetou internacionalmente a capital gaúcha, pela primeira vez, em sua história”.

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