“Rouco e louco”, Wander Wildner lança novo álbum

Músico busca ser intérprete da poesia de outros compositores

Matheus Martins
Redação Beta
2 min readMay 25, 2018

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Compositor de sucessos do rock gaúcho lançou CD depois de 2 anos. (Foto: Divulgação)

Ícone do punk brega, Wander Wildner lançou seu 12º álbum em carreira solo, que já tem mais de duas décadas. O título, “De gritar me cansei rouco e ao pensar no mundo eu me vi louco”, do ex-vocalista dos Replicantes, foi lançado no último dia 20 no Bar Opinião.

Desta vez, Wildner ataca de intérprete com composições de outros autores, mas com aquela boa e velha pitada de punk rock brega romântico que, como diz o material de divulgação de seu trabalho, “é capaz de impressionar beberrões de uísque barato que batem o pé em bailões do interior do país ou adeptos de alt-rock que rebolam sua modernidade nas festinhas blasés das capitais”.

Confira abaixo a entrevista que a Beta Redação fez com o cantor:

Como você vê esse novo álbum? Qual a principal ideia que queres passar?

Eu gravei músicas que precisava exorcizar. Músicas que refletiam o passado, mas não quis passar ideia nenhuma. É um trabalho cuja característica maior é ser um disco de intérprete. Como eu não compus nenhuma das músicas, apenas interpretei, faço valer a poesia contida nas letras.

Em algumas músicas do novo álbum, como “Boliviano” e “Machu Picchu”, há alguma crítica social?

Em boliviano não. É uma música de Gustavo Kaly, que fala dele chegando em São Paulo para mais uma etapa de sua vida. Já Machu Picchu, de Hermes Aquino, faz uma crítica social, mas da época dos anos 1975.

Como carreira solo, o “Acústico MTV: Bandas Gaúchas” (2005) foi um dos pontos altos da tua carreira? Como tu dirias que isso influenciou na divulgação do teu trabalho solo?

Sim, impactou muito em minha carreira porque foi produzido pela MTV, em uma época em que ela influenciava muito uma sociedade jovem e adulta que existia. Com isso, meu trabalho apareceu mais na MTV, que já vinha aparecendo na emissora desde 1989.

Que impacto a utilização da tua música “Bebendo Vinho”, pela torcida do Grêmio, teve em tua trajetória?

Teve um impacto muito forte pois mais pessoas conheceram a música e, consequentemente, gostaram dela. E isso leva a música para mais longe.

Tu consideras que tuas músicas quebram um status quo de politicamente correto?

Isso seria um conceito dentro de uma ótica desta sociedade, mas eu não faço parte desta sociedade.

Para finalizar, o que ainda tem de replicante no Wander Wildner de 2018? A influência do punk rock anos 1980 ainda bate?

Com certeza. Aprendi a fazer música com eles, e ainda me lembro dos pontos de vista da época. Mas minha influência maior hoje são as bandas atuais do mundo moderno, que pesquiso na internet.

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