Rugby é opção de esporte na capital
San Diego Rugby Clube é um dos principais clubes do Rio Grande do Sul
Originário na Inglaterra, no século XIX, o rugby tem crescido nos últimos anos no Rio Grande do Sul, reunindo oito times na primeira divisão do campeonato estadual masculino e, outros seis, na segunda divisão. Na categoria feminina, oito times disputam a classe sevens — modalidade que reúne sete jogadores de cada lado.
Para o treinador do San Diego Rugby Club, Bruno Carvalho, 36, o esporte conquistou visibilidade por meio da internet. “Até 2014 mais ou menos não havia tanta informação sobre rugby. Agora você pesquisa no youtube e encontra muito conteúdo, sendo que a ESPN também começou a transmitir partidas” explica.
Um dos problemas que o treinador aponta é a cultura do futebol como principal esporte do país. “Na minha opinião, o problema no Brasil é cultural, sendo que as pessoas preferem o futebol porque é praticado no colégio, na rua e, muitas vezes, incentivado pela família. Todos gostamos de futebol, mas a questão é abrir novos horizontes e apresentar outras alternativas”, opina.
A atleta Larissa Brisolin, 29, concorda com Bruno, mas acredita que ainda falta uma divulgação maior sobre o esporte. “O rugby no Brasil está em desenvolvimento e ainda há um longo caminho para popularizar o esporte”, opina. Larissa iniciou sua paixão pelo rugby em 2011. Na época, praticava muay thai e seu professor falava muito sobre o esporte, então uma amiga a convidou para ver como era. Larissa não saiu do time desde então. “Minha amiga não gostava do rugby por ser um esporte de contato, mas eu gostei e fiquei”, conta. Em 2013 já iniciou no time de competição, participando de campeonatos.
Jezebel da Silva, 25, também descobriu o rugby através de convite. Há quase três anos um colega a chamou para participar de um treino dos alunos da faculdade, depois procurou um clube para prosseguir no esporte. Atualmente, como capitã do San Diego, ela conta seu objetivo: “Eu preciso transmitir para as meninas o quanto é importante o que estamos fazendo. Não estamos só mostrando o esporte feminino, mas também mostrando outra opção de esporte. Meu objetivo é que o time sempre esteja crescendo junto”, relata.
Manter um clube não é tarefa fácil, sendo necessário comissão técnica, presidência, diretoria e administração. É comum que clubes pouco conhecidos tenham dificuldades financeiras para se manter, pois é complicado conseguir patrocínio. O San Diego tem aproximadamente 60 atletas que pagam mensalidade e que, eventualmente, dividem gastos em casos despesas extras. Segundo Bruno, o rugby possui alguns pilares e, entre eles, estão a união, a disciplina e a força de vontade. “Para o clube crescer todo mundo ajuda. Fazemos rifa, algum jogador que é empresário, juntamos um pouco de cada um”, relata o treinador.
