Salvando vidas sem esperar nada em troca
De forma voluntária, o GRAVE dá apoio às ocorrências de emergência com atendimento pré-hospitalar
Doar-se para prestar um serviço relevante à sociedade sem esperar qualquer recompensa. Essa é a missão do Grupo de Resgate e Apoio Voluntário de Emergência (GRAVE), uma organização não governamental fundada em 23 de julho de 2010.
As atividades começaram em Glorinha, a 51 km de Porto Alegre, onde o Grupo ocupava um espaço cedido pela prefeitura. Lá eles receberam também a doação de uma ambulância, que estava sucateada e foi reformada com recursos próprios. Com a troca de mandato no município, a cessão do espaço não foi renovada para 2017, e o GRAVE decidiu se mudar para Cachoeirinha.
Por meio de uma parceria, a sede do Grupo hoje fica no próprio Batalhão do Corpo de Bombeiros de Cachoeirinha, ao qual dá apoio aos finais de semana nas emergências relacionadas a traumas. “O GRAVE atua nas ocorrências de resgate das 20h de sexta até as 20h de domingo. Temos quatro plantões de 12 horas, com quatro ou cinco equipes aos finais de semana”, explica o presidente da ONG, André Saldanha.
Hoje eles trabalham com duas ambulâncias, sendo uma delas adquirida através de recursos próprios. Sustentam-se através de doações e cursos de formação de socorristas, e também fazem palestras educacionais e de primeiros socorros como forma de divulgar o trabalho e angariar patrocínio. Atualmente possuem cerca de 50 voluntários ativos, que se revezam entre os plantões.
A técnica de enfermagem Gysa Martins, 36 anos, e a recepcionista Débora Boa Vista, 19, estão no GRAVE há dois anos, e amam o que fazem. Elas também são bombeiras voluntárias. “Aos finais de semana nosso compromisso é ir fazer plantão”, diz Débora.
“A área que eu gosto de atuar é essa voltada para o inter-hospitalar. Sempre tive essa vontade de ajudar e aqui posso fazer os dois”, explica a técnica em enfermagem Gysa.
Para quem quer se tornar voluntário, o GRAVE realiza o curso APH (atendimento pré-hospitalar), de 40 horas e 60 horas, com estágio. “A pessoa interessada passa por todo um treinamento teórico e prático. Depois participa junto da instituição como estagiário e faz parte da equipe de atendimento. Após o final do estágio, se continuar interessada, pode integrar a equipe”, afirma André.