Desigualdade e desrespeito às leis dificultam o acesso à moradia
O uso de prédios desocupados há mais de um ano, por pessoas que não têm onde morar, está previsto na legislação municipal
Com Tina Borba
O economista e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Economia Urbana (Nepeu), da UFRGS, Fabian Scholze Domingues, foi entrevistado para a Beta Redação. O tema foi o direito à moradia e ele apontou os aspectos sociais e econômicos desse assunto fundamental no desenvolvimento de uma nação.
Fabian afirma que Porto Alegre possui uma legislação que permite o uso de prédios ociosos, porém, essa lei não é aplicada. Além disso, o perfil histórico do país de desigualdade social inviabiliza a legalização do uso desses espaços por famílias e comunidades que ocupam locais abandonados.
Programas como o Minha Casa Minha Vida não são considerados políticas públicas efetivas em termos de habitação. A realidade mostra que esses projetos de construção de unidades habitacionais corroboram com o afastamento do público de baixa renda dos grandes centros e não oferecem elementos importantes para a qualidade de vida dos moradores como espaços de lazer, transporte e infraestrutura.
Veja abaixo a entrevista completa:
