Uma história de incentivo à leitura

Alunos de séries iniciais são apresentados à literatura no primeiro capítulo de suas vidas

Thais Ramirez
Redação Beta
3 min readOct 27, 2017

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Atividades animaram as manhãs da criançada. (Foto: Thais Ramirez/Beta Redação)

Nas cadeiras enfileiradas no pátio da escola Tiradentes, em Sapucaia do Sul, os alunos aguardavam a contação de história na manhã do dia 26 de outubro. No palco mais à frente, ao som da batida do rap, estudantes do 4º ano se encarregavam de homenagear a escritora presente. Cacá Melo, autora dos livros Por quê e Dente Mole, levou para turmas de 1° a 5° ano o conto “Irmão? Que confusão!”. Ela foi uma das cinco autoras que participaram do projeto Semana Literária Sapucaia Sesc.

A iniciativa surgiu por meio de uma parceria da prefeitura da cidade com o Sesc São Leopoldo, como conta o secretário de Educação de Sapucaia, Luciano Rodrigues. “É o segundo ano do projeto. Nós, como prefeitura, escolhemos as escolas, e o Sesc escolhe os escritores. Temos como objetivo incentivar a leitura e os estudos das crianças das escolas municipais de Sapucaia do Sul”, explica. Adriana Mattes Zwetscha, diretora da escola Tiradentes, revela a empolgação dos alunos presentes ao evento. “Estimulamos eles antes, para que conhecessem a atividade que estava sendo proposta. Eles gostam dos projetos ofertados e de atividades diferenciadas”, relata.

“Irmão? Que confusão!” foi cantada e narrada pela autora. (Foto: Thais Ramirez/Beta Redação)

Sem confusão e com diversão

Vestida a caráter, a escritora começou a apresentação agitando as turmas, colocando todos de pé para dançar. A filha única que ganhou uma irmã era a temática da história, que deixou os estudantes de olhos atentos. A fábula narrada por Cacá foi intercalada por dinâmicas e músicas, conduzindo as crianças para uma maior interação com a história.

Atentamente os alunos assistiram a encenação de Cacá. (Foto: Thais Ramirez/Beta Redação)

A autora, com 30 anos de carreira, acredita na importância da semana dedicada à literatura na vida das crianças, aproximando delas os escritores e mostrando as obras. “A visita nas escolas quebra para as crianças a distância entre leitor e criador. Isso mostra que nós, escritores, somos de carne e osso, e, assim como eu, os alunos poderão criar, imaginar e escrever”, conta.

Durante a semana, foram cinco colégios e autores diferentes. Todas as visitas foram acompanhadas pela agente de Cultura do Sesc Caren Fermino. Impressionada, ela conta que cada escola tinha uma realidade social e que as reações dos estudantes também eram distintas. “As recepções têm sido muito calorosas, tanto na parte dos jovens quanto dos professores. As crianças são muito carinhosas. Acredito que todo esse contato será levado para vida deles”, salienta.

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