Uma trajetória marcada pelo amor ao próximo

Maximiliano Sarmento Artioli (1974–2021)

Tainara Pietrobelli
Redação Beta
2 min readDec 15, 2021

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Max amava ficar na piscina, e pretendia reunir os familiares e amigos em torno dela após a pandemia. (Foto: Patricia Artioli / Arquivo Pessoal)

“Ele era puro amor, amou e foi amado como ninguém…”

Uma trajetória de vida movida pelo amor ao próximo. Disposição sem medidas para ajudar quem quer que fosse, com uma empatia além do comum. Max era — e ainda é, onde quer que esteja — uma grande alma, dessas que pensam primeiro nos outros, e só depois em si.

Ele era a risada contagiante dos churrascos com a família e com os amigos, sabia animar uma festa como ninguém. Protetor, garantia o cuidado e bem-estar para todos aqueles que amava. E como amava… viveu uma história de amor daquelas de filme. Foi o primeiro amor de Patricia, ainda na adolescência, e esse amor permaneceu forte e verdadeiro durante todos os anos seguintes. Foram 30 anos de união, três de namoro, quatro de noivado, e mais de 23 anos de casamento. Um amor renovado diariamente, através dos constantes gestos de carinho.

Mecânico aeroviário, Max trabalhou durante longos 23 anos na mesma empresa, dedicado e apaixonado pela sua profissão. Nas horas vagas, ajudava sua esposa em projetos da EMEF — Professora Nancy Ferreira Pansera, onde ela é professora. Lá, foi coordenador do programa Escola Aberta, sempre desempenhando um papel muito próximo das crianças, de forma totalmente voluntária. E elas o amavam, porque era realmente impossível não amar o Max.

Adorava descansar na rede, nos fundos de casa. Era seu canto preferido, e para melhorar só mesmo sendo dia de jogo do Internacional, time que tinha seu coração. A partida deixa um vazio inquietante, a rede vazia, os amigos sem os apelidos que ele costumava dar, sem o entrevero que era a sua especialidade na cozinha, e o Internacional perde um torcedor fanático…

Max era um bom amigo, profissional acima da média, esposo amoroso e companheiro para todas as horas, mas acima de tudo, era um ótimo filho. Tão bom que — poucos dias após seu falecimento — sua mãe, Fátima Beatriz Sarmento Artioli, foi ao seu encontro. Mais uma vida levada pela Covid-19.

Maximiliano Sarmento Artioli deixa saudades, mas além da falta, deixa o exemplo de uma vida muito bem vivida. Quem conheceu o Max entendeu o significado de amar sem esperar nada em troca. Ele leva consigo o grande mérito de ser lembrado com carinho e admiração pelos seus atos, e lembrá-lo sempre fará com que um sorriso no rosto apareça, diante de tantos momentos de alegria proporcionados por ele.

Maximiliano Sarmento Artioli nasceu em Porto Alegre e morreu em São Leopoldo (RS), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.

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