Como o remote first e a vida de nômade digital mudaram a minha forma de (vi)ver o mundo

Afterverse
Beyond
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5 min readAug 1, 2022

De uma jornada exaustiva de 4h por dia no trânsito de São Paulo para um novo capítulo que começou no México, atravessou oceanos e não tem destino certo ou data para acabar.

Era para ser mais um dia de férias na Cidade do México (México), até que recebi a notícia que esperava há dias: eu era agora parte do quadro de pessoas colaboradoras da Afterverse.

Senti uma mistura de emoções, que iam desde a euforia de conquistar uma oportunidade que almejei, até a incerteza do que faria com a minha viagem. Do México, iria para a Califórnia, passar alguns dias em São Francisco.

Mas, para a minha surpresa, não precisei fazer nada, segui minha programação normalmente. Tudo graças à cultura remota e a um valor muito presente na cultura de AV — e que até então nem havia sido lançado — o OWN YOUR JOURNEY, que eu poderia resumir em: assumir o protagonismo da sua vida e carreira, tendo liberdade com maturidade.

Fui apresentado a um novo universo, onde sou dono da minha jornada e das minhas responsabilidades, o que me permite estar em qualquer lugar e lidar com as minhas atribuições da forma que mais faz sentido dentro da minha rotina: poderia fazer os meus horários, trabalhar de onde eu quisesse, desde que me comprometesse com entregas de qualidade.

E quando percebi, lá estava eu, trabalhando diretamente de São Francisco. E algumas semanas depois, diretamente do meu lugar preferido no mundo: o Canadá.

Depois de algum tempo viajando, um amigo me perguntou se eu era “nômade digital”. “Nômade digital? O que é isso? Gostei! ”, foi a minha resposta. Na época, nem sabia que existia um nome para esse estilo de vida que eu havia aderido. Afinal, tudo aconteceu sem que eu sequer tivesse pensado ou planejado.

E aos poucos, fui percebendo que isso realmente era uma realidade e eu amava e valorizava todas as possibilidades que me oferecia.

A descoberta de um estilo de vida cheio de possibilidades

Tenham em mente que eu passei 3 anos em uma empresa onde tinha que encarar um trajeto de mais ou menos 2h00 para ir e 2h00 para voltar. Lá, toda a flexibilidade era somente dentro do horário comercial, o que deixava tudo ainda mais exaustivo.

No começo, foi desafiador construir uma mentalidade que se adaptasse à essa nova realidade, tive que lidar com a insegurança de sentir que precisava provar o tempo todo que estava produzindo e que eu valia a pena, já que não havia ninguém para me monitorar. Eu estava acostumado a bater ponto, então não estar online às 09h00 ou fazer 1 hora e meia de almoço me causava um certo desconforto, já que na Afterverse, cada pessoa é livre para fazer o seu horário.

Hoje, depois de me acostumar com essa possibilidade de autogerir o meu tempo, entendi que o que funciona pra mim é ter uma rotina, gosto de ter horário de início e término do meu período de trabalho, mas aproveitando o melhor que a cultura remota pode me oferecer, tudo prezando o equilíbrio e a minha qualidade de vida.
Não preciso levar minha mente ao esgotamento, como acontecia quando estava fechado dentro de um escritório.

Há alguns anos, seria impossível para mim fazer uma pausa no meio do dia para tomar um café com os meus pais, passar um tempo com o meu esposo ou aproveitar essa tal vida nômade, que dentre tantas oportunidades, me proporciona assistir o amanhecer e ir andar pela orla da praia para recarregar as energias.

O funcionamento da autogestão no ambiente colaborativo

Imagino que você deve estar se perguntando: “Mas se cada um faz os seus horários, como o time consegue se comunicar e realizar suas entregas?”

Outro valor importante na nossa cultura é o chamado FAIR PLAY. Fãs do esporte já devem ter ouvido esse termo, que para nós significa construir relações baseadas na cooperação. Aqui, jogamos em equipe.

Entendemos que ninguém está online o tempo todo, e que estar online não significa estar disponível. Sabemos estabelecer prioridades e entendemos que nem tudo é imediato. E isso serve para quando algo nos é solicitado e para quando dependemos da colaboração de outras equipes, lembrando sempre que a informação ainda precisa chegar até todos.

Por isso, na AV disponibilizamos canais para solicitações diversas (férias, atualização cadastral, reembolso de benefícios e afins), temos um guide para consultarmos informações a qualquer hora (o que por aqui, chamamos de nosso Rules of Play), além da nossa principal ferramenta de comunicação, o Slack, onde a pessoa colaboradora disponível fica responsável por esclarecer dúvidas que possam aparecer durante o dia.

Aqui, nós também fazemos alinhamentos semanais entre os times e com toda a empresa, onde realizamos o acompanhamento de projetos, tarefas e pendências. Os encontros acontecem em horários fixos, para que cada pessoa possa planejar sua semana considerando esses compromissos.

O remoto nos mantém em constante movimento

É muito curioso como as conexões não necessitam da presença física para acontecer. Mesmo não estando presencialmente com o meu time, nunca senti tão forte a cultura de uma empresa. Cada valor da AV é visível nos relacionamentos e nas trocas que temos com todas as nossas pessoas.

Essa liberdade nos faz enxergar de maneira diferente: hoje, eu não vejo só o que existe dentro de um escritório ou de uma tela, eu consigo ver além.

Independente de estar num coworking em Nova York, no aeroporto de Toronto tomando café com um eslovaco, ou no aconchego da minha casa com o meu esposo em São Paulo, a simples, mas eficaz cultura remota de Afterverse sempre me estimula a inovar e trazer para dentro da empresa todas as experiências que tenho a oportunidade de vivenciar.

Trabalhando no time de people, diretamente na área de folha e benefícios, sempre tive interesse em entender como funciona esse universo em diferentes lugares, e vivendo o nomadismo, hoje tenho essa oportunidade. Às vezes me pego conversando sobre leis trabalhistas e benefícios que outros países oferecem, pelo simples fato de querer conhecer e entender as diferenças ao redor do mundo. Isso cria inúmeras possibilidades que posso levar também para o meu ambiente de trabalho.

Inclusive a maneira que hoje eu enxergo minha carreira e onde quero chegar é resultado de tudo o que tenho vivenciado.

A liberdade com maturidade nos torna pessoas disponíveis

Ser nômade e responsável pela sua própria jornada é um desafio que exige muita maturidade e atenção nos detalhes, como o cuidado em saber se o lugar que estou indo dispõe de internet e estrutura para realizar o meu trabalho e se as mensagens que preciso transmitir estão sendo entregues de forma coesa.

Entre possibilidades e desafios, essa cultura nos dá percepção para conhecer um mundo extraordinário e isso nos transforma.

O trabalho nunca foi o único pilar da minha vida e, por fim, encontrei um lugar onde a cultura da empresa também reafirma e valoriza isso. É como se a Afterverse me dissesse: “Vai lá, eu não quero ser o único pilar da sua vida. Aproveite todas as possibilidades de liberdade que a vida tem para te oferecer.”

E desde então, assim tem sido.

Ramon Ortega 🏳️‍🌈 — HR Analyst / Payment & Benefits

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