Transição de carreira: uma história de coragem, movimento e desafios

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6 min readAug 24, 2022

Nada é por acaso. E foi por acreditar nisso e ter coragem de abraçar os desafios e oportunidades que mudei não só a minha área de atuação, como a minha história.

Um dos meus primeiros estudos durante a faculdade.

Tirar sonhos do papel e transformá-los em realidade sempre me encantou. Por isso, resolvi me formar em arquitetura. A possibilidade de estruturar um projeto e depois estar em campo, assistindo ele se tornar realidade foi o que me conquistou na área.

Após concluir a faculdade e experimentar diversas áreas da arquitetura enquanto estagiário, chegou o momento de ir para o mercado. Fui então para um escritório de arquitetura, onde cuidava de obras e realizava pequenos projetos.

E lá mesmo, já me deparei com o primeiro desafio: o convite para cuidar da mudança de layout do escritório de uma multinacional, juntando 3 empresas do grupo em um prédio só. Um projeto grande e complexo. Lá, conheci pessoas e estabeleci relações que seriam fundamentais para o meu processo de transição, que eu nem sabia que aconteceria.

Após a finalização desse projeto, segui minha trajetória em um outro escritório de arquitetura. Até que 8 meses depois recebi a chamada do Gerente de Facilities daquela multinacional que entreguei o projeto anteriormente, e para a minha surpresa, ele chegou com um convite:

“O que você acha de trabalhar com facilities?”, disse ele. Fui bem sincero ao responder que não sabia nem o que era isso, até que descobri que o trabalho se resumia em trabalhar com toda a parte de manutenção de todos os escritórios de São Paulo.

Como eu disse anteriormente, não acredito que nada acontece por acaso. Há alguns meses já vinha questionando o rumo da minha carreira, buscava coisas novas e cogitei abrir um escritório ou fazer a transição dos escritórios de arquitetura para uma multinacional.

Tudo parecia estar se encaixando, então pensei: “Não sei o que é isso, mas estou pronto para esse desafio!“.

O início de um novo capítulo e o nascimento de um líder

Obra do setor logístico da Leiturinha — fev20

Desafio aceito, era hora de começar. Ao chegar lá, já me deparei com barreiras que teria de quebrar: seria o meu primeiro cargo como líder, havia toda uma equipe de manutenção abaixo de mim, pessoas que estavam nas empresas há anos e já eram mais velhas e experientes do que eu.

Nesse momento, tive que entender qual tipo de líder eu seria para que conseguisse cumprir os meus objetivos da melhor forma.

E ali entendi a importância de aprender a ouvir, ser resiliente e tratar com humildade todas as pessoas ao meu redor.

Fui transferido para uma terceirizada dessa multinacional, onde permaneci por 7 anos, chegando ao cargo de gerência. E pensar que há alguns anos atrás eu nem sonhava em sair de arquitetura, mas percebi que já estava totalmente envolvido nessa possibilidade, gostava do que fazia e me sentia motivado a todo momento, então era hora de avançar.

Todas as nossas habilidades e experiências são recursos para prosperar

Talvez, alguns de vocês estejam pensando que teria sido mais fácil ter ido diretamente para a área de facilities.

Mas eu acredito que todas as nossas vivências nos ajudam a crescer e colaboram para a construção de uma trajetória rica e única.

Uma das coisas que me encantou sobre a área de facilities é que eu continuava usando o que aprendi enquanto arquiteto, ao tocar projetos, visitar obras, conversar com construtoras e outros arquitetos e outras atividades, com a vantagem de poder desenvolver minhas habilidades de gestão, fazendo algo que amo: proporcionar felicidade às pessoas.

Para trabalhar na área de facilities, é necessário gostar de servir pessoas, pois buscamos facilitar, como já diz o nome, e proporcionar um ambiente agradável e amigável para as pessoas trabalharem. Vai muito além de manutenção.

Os profissionais dessa área são agentes de transformação, responsáveis por criar um ambiente de trabalho que seja significativo e nos motive a ir trabalhar todos os dias. Buscam conectar, engajar e claro, facilitar a experiência no local onde passamos a maior parte do nosso dia.

Uma pessoa movida a desafios está sempre em movimento

Lá em 2015, como uma pessoa que busca estar sempre em movimento, já entendia que a tecnologia seria o futuro do mercado corporativo, mas ainda havia muito para essas empresas desenvolverem no departamento de facilities e eu poderia contribuir.

Novamente, sendo surpreendido, recebi o convite de um recrutador para ser parte do grupo Movile, empresa em ascensão no segmento de investimento no setor de tecnologia.

Na entrevista, algo que um dos sócios falou já me deixou encantando com as possibilidades. Ele disse que eu não deveria sonhar pequeno ali dentro e que o meu objetivo era deixar as pessoas felizes.

Após algum tempo realizando projetos e motivado a crescer e entregar sempre mais, apresentei a proposta de ingressar também em outras unidades de negócio para aprimorar o departamento de facilities.

Proporcionar e viver experiências únicas

Headquarter Afterverse — jun22

Após 7 anos no grupo, passando pelas mais diversas marcas, em dez/21, surgiu a oportunidade de trabalhar na Afterverse, onde encontrei pessoas apaixonadas e dedicadas ao mesmo propósito que o meu: proporcionar a melhor experiência para as pessoas de forma ética e inovadora.

E desde então, tenho me dedicado, junto da minha equipe, a criar espaços e experiências onde as pessoas colaboradoras sintam-se felizes e acolhidas.

Tenho o desafio de estruturar um departamento, seus processos e estratégias dentro de uma empresa nova e que segue crescendo exponencialmente.

A coragem nos proporciona viver experiências únicas

Ao olhar para a minha trajetória profissional de 18 anos, vejo que cada “sim”, me possibilitou chegar até aqui.

Se não tivesse aceitado aquele desafio lá atrás, talvez hoje, não estaria numa empresa que me possibilita trabalhar remotamente, participando ativamente da criação dos meus filhos e construindo momentos e histórias memoráveis com a minha família.

Se não tivesse aceitado aquele desafio lá atrás, talvez eu não teria descoberto que gerir é uma parte importante da minha essência, que me possibilitou marcar e contribuir para a trajetória de tantas pessoas. Perceber que fazemos a diferença é muito gratificante e para mim, não tem preço.

Se não tivesse aceitado aquele desafio lá atrás, talvez não teria expandido meus horizontes, atuando hoje como mentor, palestrando sobre a minha trajetória e impactando a de outras pessoas.

Transição de carreira: o que te move?

Se eu puder contribuir para quem sonha com esse processo ou deixar algo para o futuro, seria: não tenha receio de aceitar os desafios que batem na sua porta.

Pense sempre: o que te move? E por que?

Quando sentimos que aquele é o nosso caminho, por mais que pareça difícil, vale a pena cair de cabeça. Quando fazemos o nosso melhor, os resultados são positivos para nós e para as pessoas ao nosso redor.

Vá atrás dos seus sonhos, e cerque-se de pessoas que te agreguem. Como digo ao meu filho: “Ser do bem é estar ao lado de pessoas do bem.” Ninguém pensa sozinho. Não tenha medo de dividir, multiplicar e compartilhar.

Confie no seu potencial, essa é a chave para o movimento.

E por aqui, sigo motivado e desafiado: quero crescer junto com AV, tornando a empresa como exemplo para o grupo e para empresas do segmento de tecnologia e rompendo barreiras a cada dia.

Estou feliz onde estou, mas acredito que a vida é feita de ciclos, então porque não passar por outra transição no futuro, contribuindo de outras formas e desenvolvendo novas habilidades?

Para uma mente corajosa, tudo é possível.

Peter Kawamura — Head of Workplace Experience

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