Músicas e Playlist

Isabella Gimenez
Biblioteca das Ancestrais
3 min readAug 17, 2020
Photo by Simon Noh on Unsplash

Uma das coisas que mais tem me animado nessa quarentena é música. O dia que eu fico sem cantar ou sem ouvir música é um dia ruim e isso é certeza. Melodias, ritmos e cantarolares fazem parte do meu cotidiano e é uma forma que meu cérebro encontra de produzir (será?) serotonina.

Bom, pode ser importante em níveis diferentes para as pessoas, mas invariavelmente, é uma fonte de polêmica. Quais músicas você vai escolher, qual o momento que determinada faixa vai tocar, tudo isso influencia no clima do jogo, queira você ou não.

Esse texto é meramente uma pergunta e reflexão sobre uma característica tão interessante que é a música. Assim, é válido denotar que nem todo mundo gosta de usar qualquer tipo de tecnologia no meio de um jogo. Há pessoas que preferem que suas mesas mantenham a nostalgia dos anos 80 ~ 90 onde haviam pouquíssimos, se não quase nenhum tipo de recurso.

E veja, não há nada de errado em não querer utilizar outros recursos. Não existe fórmula certa para jogar e eu acredito, sim, que RPG, no geral, é diversão. Mas eu não vou entrar nesse mérito agora, porque diversão é um conceito amplo demais e essa publicação é sobre música.

Dito isso, eu gostaria de compartilhar com vocês a minha forma de criação, visto que eu me enquadro na caixinha de pessoas que gosta de usar música para jogar uma mesa.

1 — Tema: Essa é, de longe, a informação mais importante que eu preciso ter em minhas mãos para poder começar a montar a trilha sonora do jogo. Qual vai ser o tema da mesa? Espaço? Fantasia medieval? Fantasia urbana? Mistério? Assim que eu tiver essa resposta, eu vou começar a moldar para onde eu quero que aquela campanha/oneshot vá. Para ficar mais ilustrativo, vamos montar uma campanha de scifi com um toque de pós-cyberpunk numa pegada de aventura/suspense.

2 — Enredo: Geralmente na minha cabeça ele já vem atreladinho ao tema, mas eu gosto de bater na tecla de que o enredo vai ser essencial para eu saber o que eu quero por como acompanhamento musical. Seguindo essa linha, vamos bolar algo simples só para uma base. Os jogadores fazem parte de um pequeno grupo militar que visa manter a qualidade de vida e acaba descobrindo que o governo está querendo implementar uma arma nanobiologica na população.

3 — Cenário: Os locais que vão aparecer na campanha/oneshot podem ser variados, acho que é até meio difícil a gente tomar conta de absolutamente TUDO que pretendemos mostrar para os nossos jogadores visto que eles sempre tem escolhas de localidades minimamente duvidosas, massssss, é bom ter pelo menos 3 lugares fixos onde eles vão se encontrar pra conversar/descansar/se sentir ameaçados. Novamente, isso varia de acordo com o que você pretende pra história, mas nesse caso aqui vamos selecionar 1 bar, 1 estação espacial e 1 base.

Com isso eu parto para outras drogas mais pesadas. Gosto muito de canais com músicas de ambiente e com essas informações que escrevemos, eu separei três músicas que seriam “tema” desses ambientes.

Estação espacial:

Bar:

Base:

Meu processo de criação vem assim, depois que eu separo as músicas bases pra usar numa campanha, eu sento e começo a procurar pelos outros conceitos conforme o jogo for se desenvolvendo também. Gosto de manter diários e acompanhar meus jogadores conforme a história for se desenvolvendo.

Um extrazinho que eu gosto de acrescentar é: música tema dos jogadores. Eu me amarro na ideia de que o pessoal curta tanto a história que queira participar de forma ativa o suficiente pro próprio personagem dele ter uma marca naquele mundo.

E vocês, como que é o processo de criação de trilha sonora? Ou ele simplesmente não existe?

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Isabella Gimenez
Biblioteca das Ancestrais

GM/DM; Escritora amadora; Futura desenvolvedora; Viciada em Manhwa, mangá, manhua, novels e afins. Meu insta e twitter: @itisisatv