This is Halloween!
Não acho que preciso explicar pra vocês porque o post de hoje é temático, não é mesmo? Hoje é Halloween, e eu trouxe pra vocês duas temáticas muito legais!
A primeira é sobre histórias de terror, e como atualmente é muito difícil fugir dos clichês nessa área. Vocês que já me leem aqui há algum tempo, devem saber que sou escritora, e que meu gênero é, bem o terror.
Qual é a primeira coisa que pensamos em uma história de terror? Fantasmas? Vampiros? Sexta-feira 13? Existem alguns temas e obras que inevitavelmente brotam na nossa cabeça quando o assunto é terror.
Quem já não está meio de saco cheio de jump scares nos filmes de terror? São clássicos? Até que sim, mas tem um momento em que nós queremos que a história se desenvolva, e não um susto só porque o protocolo manda.
Bem, dito isso, o que podemos considerar como elementos essenciais de uma história de terror? Vamos começar do mais simples: o sobrenatural. Partindo da premissa que vamos lidar com algo de outro mundo, temos um bom direcional. Mas as opções nesse tópico são vastas.
Vampiros, lobisomens, bruxos e bruxas, metamorfos, aliens, deuses antigos com tentáculos que nos levam à loucura (alô alô, Tchutchuco), o leque é quase interminável.
E nos últimos tempos, muitas histórias de terror vem ganhando releituras modernas. O sobrenatural por si só já deixou de ser motivo de terror. É preciso algo a mais, um motivo (que, de preferência, não seja apenas matar). Até os vampiros receberam sua dose de purpurina (literalmente falando) em Crepúsculo. Seres que foram descritos para serem noturnos e temidos (olá, Bram Stoker) foram colocados sob um novo prima, e passaram a ser o sonho de consumo de muita gente.
Mesmo antes disso, nos longínquos anos 90, Buffy a Caça Vampiros já nos trazia toda uma nova abordagem do sobrenatural. Em cada geração existe uma Escolhida. Ela sozinha deverá lutar contra os vampiros e as forças do mal. Ela é a Caçadora.
Se observarmos com atenção, mesmo os clássicos do terror evoluíram com o tempo. Stephen King é o melhor exemplo nesse caso. Famoso por histórias como O Cemitério Maldito, Christine o Carro Assassino, O Iluminado e Carrie a Estranha, Mestre King fez sua fama no mundo do terror antes de pessoas como eu sequer sonharem em nascer. Hoje em dia, King ainda escreve, mas trouxe o terror para uma perspectiva mais moderna.
Vou explicar: quando Carrie foi escrita, ela nada mais era do que uma garota com poderes. O que Carrie fazia hoje é descrito como telepatia e, a menos que vocês discordem, é uma característica de mutantes poderosíssimos, como Jean Grey e o Professor Xavier. Na época de Carrie, poderes telepáticos eram temidos, eram estranhos, eram terror.
Hoje, conheço muitas pessoas que dariam um órgão vital para serem telepatas. Apesar de a história ser, sim, um clássico, o impacto já não é o mesmo de quarenta anos atrás. Estamos tão acostumados com super poderes que, não seria exagero dizer, hoje eles são sonho de consumo.
King se adaptou com maestria nesse terreno. Seus livros mais novos continuam lidando com o sobrenatural, porém de uma maneira muito mais atual. E, como sempre foi com King, comumente os monstros não são a parte mais assustadora do livro. São as pessoas.
Posso dar um outro exemplo, dessa vez nacional. O Folclore. Crescemos com as lendas do saci pererê, curupira e Iara como figuras infantis, em obras como O Sítio do Pica-Pau Amarelo. Porém, em meios de 2017, o autor nacional Marcos DeBrito publicou um livro entitulado O Escravo de Capela.
O Escravo de Capela traz a lenda do Saci a uma nova luz. Em uma fazenda escravocrata brasileira, séculos atrás. Somos apresentados a uma origem aterrorizante da lenda, em uma abordagem que, muito francamente, eu nunca esperei. O autor desenvolve a história com maestria, e dá ao Saci um contexto real e histórico. Terror da melhor qualidade, se querem saber minha opinião.
Também podemos falar sobre terror espacial, cujo conceito foi primeiramente abordado por ninguém menos que H. P. Lovecraft, considerado o pai do terror. Não vou me delongar aqui sobre a obra imensa de Lovecraft, vou só pegar o gancho para falar de uma história escrita na mesma temática:
Caixa de Pássaros. Além de livro, foi lançado como um filme na Netflix em 2019 (um filme surpreendentemente bem feito). A história de Caixa de Pássaros gira em torno de um mundo que sofreu uma invasão alienígena. Não sabemos de onde vieram ou como se parecem, mas sabemos que todos aqueles que olham diretamente para os visitantes enlouquecem. E morrem de formas horríveis.
Lembra alguém? (alô alô, Tchutchuco — de novo).
Apesar de ter sim seus elementos clássicos, o terror não é um estilo que ficou estacionado no tempo, muito pelo contrário. O que nos leva à segunda coisa que eu queria trazer pra vocês nesse Halloween: listas. Não sei vocês, mas eu adoro uma seleção de filmes e livros temáticos, então aqui vai.
Livros de terror clássicos:
Drácula — Bram Stoker
Frankstein — Mary Shelley
O Médico e o Monstro — Robert Louis Stevenson
O Retrato de Dorian Grey — Oscar Wilde
O Chamado de Cthulhu — H. P. Lovecraft
O Iluminado — Stephen King
Carrie a Estranha — Stephen King
O Silêncio dos Inocentes — Thomas Harris
Entrevista com o Vampiro — Anne Rice
O Corvo — Edgar Allan Poe
A Assombração da Casa da Colina — Shirley Jackson
Eu sou a Lenda — Richard Matheson
Filmes de terror clássicos:
Drácula de Bram Stoker
IT A Coisa (1990)
O Exorcista
O Iluminado
Psicose
Entrevista com o Vampiro
Horror em Amityville
O Chamado
O Grito
Livros de terror modernos:
Caixa de Pássaros — Josh Malerman
Mr. Mercedes — Stephen King
Doutor Sono — Stephen King
O Escravo de Capela — Marcos DeBrito
Ed&Lorraine Warren Demonologistas — Gerald Brittle
Amityville — Jay Anson
O Exorcismo — Thomas B. Allen
1977 Enfield — Guy Lyon Playfair
Coraline — Neil Gaiman
Filmes de terror modernos:
A Bruxa
Annabelle
Invocação do Mal
Atividade Paranormal
IT (2017)
A Colina Escarlate
Doutor Sono
O Cemitério (2019)
Uma Noite de Crime
A Noiva Cadáver (animação)
Coraline (animação)
~~ Happy Halloween!
