Aquecimento global torna árvores maiores, porém mais frágeis
O aquecimento global é um grande e destrutivo processo de mudança da temperatura média global da atmosfera terrestre e dos oceanos. Ocorre acúmulo de altas concentrações gasosas de resíduos do efeito estufa, que bloqueia o calor emitido pelo sol, prendendo-o na superfície do planeta e, consequentemente, o aumento das temperaturas anuais da Terra.
Em primeiro lugar, é essencial entender o que é efeito estufa. Este processo na verdade é natural, ocasionado pela concentração de gases na atmosfera, os quais formam uma camada que permite a passagem dos raios solares e a absorção de calor. Esse processo é responsável por manter a Terra em uma temperatura adequada, garantido o calor essencial para a estabilidade da vida na Terra. Contudo, este fenômeno vem sendo agravado por ações humanas intensas, como a liberação de gases pelas queimadas das florestas e o aumento das atividades industriais, sucedendo um aglomerado acima do necessário de gases como dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), responsáveis pelo aumento anormal da temperatura. Tudo isso fortalece o aquecimento global, tornando-o uma das maiores pautas atuais, uma problemática que tem gerado ao planeta consequências catastróficas.
O aumento da média de temperatura é uma ameaça à vida na Terra, já que suas consequências podem acarretar a destruição de biomas e quebra do equilíbrio ecológico dos ecossistemas. O derretimento das calotas polares, o aumento do nível do mar, além de terríveis desastres florestais (que serão explicitados adiante), isto é, dentre as consequências acarretadas, um caminho rumo a autodestruição.
O impacto das elevadas temperaturas incluem várias consequências como o aumento da temperatura dos oceanos, inundações de áreas costeiras, aumento da insolação e intensificações de catástrofes climáticas. Além disso, o aquecimento gera grandes problemas para a flora, pois o aquecimento do clima junto com a poluição e as más práticas agropecuárias estariam causando a mudança do ambiente de algumas espécies. Deste modo, há uma migração das plantas para além do limite de seus habitats provocando a extinção de várias espécies.
As árvores são plantas que apresentam estruturas mais desenvolvidas. Este tipo de vegetal é formado por 3 estruturas básicas: as raízes, o caule e as folhas. As raízes possuem órgãos especializados para sustentação, absorção, armazenamento e condução da seiva, e é responsável pela retirada de água e nutrientes do solo. A água e nutrientes absorvidos compõem a seiva bruta. Essa seiva bruta é transportada, da raiz para as folhas pelo xilema (conjunto de vasos encontrados no caule da planta). O caule promove interligação entre raiz e folha, levando a seiva bruta da raiz para as folhas, através de um conjunto de vasos condutores, chamado de xilema, e levando a seiva elaborada das folhas até o restante da planta, por um conjunto de vasos condutores, chamado de floema. Os troncos das árvores variam em tamanho, forma, textura e cor. O principal problemas está apontado no aumento das temperaturas já que “árvores, de forma geral, precisam de altas temperaturas para se desenvolver. Por isso, com o aquecimento global essas plantas têm tido um número maior de dias aproveitáveis e, assim, têm crescido mais. Porém “quando somado à poluição e às más práticas agrícolas, ele tem tornado a madeira mais fraca, resultando em árvores que quebram com mais facilidade do que o normal.”, como aponta a reportagem.
Também é do tronco de algumas árvores que é extraída a madeira que é utilizada por nós (seres humanos). Além disso, temos ainda as folhas, onde ocorre a fotossíntese. Este processo tem como um de seus componentes a luz do sol. A luz é formada por feixes de diferentes comprimentos onda. Cada comprimento é de uma cor. Essas são as cores primárias.
Os comprimentos de onda que são absorvidos pelas folhas variam de acordo com as espécies. Em geral o comprimento de onda de cor verde não é absorvido pelas folhas, sendo assim refletido, dando a coloração verde às folhas.
A glicose produzida compõe a seiva elaborada conhecida como alimento da planta. A seiva elaborada é transportada, das folhas para toda a planta, pelo floema, como vimos a cima. Também ocorre a transpiração e a perda de água para o meio ambiente na forma de vapor.
Árvores precisam de altas temperaturas para se desenvolverem, assim com o aquecimento essas plantas teriam de ter dias gloriosos. No entanto, um estudo das florestas da Europa Central apresentou outros resultados do aquecimento global: gases poluentes somados a má prática agrícola do solo, estariam provocando uma baixa resistência dos troncos das árvores resultando em troncos mais quebradiços e frágeis.
Se a qualidade da madeira continuasse sem ser alterada e acompanhasse esse crescimento das plantas com o aumento da temperatura, o desenvolvimento de seu tamanho proporcionaria uma maior quantidade de carbono sendo retirada da atmosfera, haja visto que essa retirada faz parte do seu processo metabólico. Esse fato, hipoteticamente, teria como efeito a desaceleração do aquecimento global, configurando, assim, um benefício grande para o planeta.
Entretanto, a pesquisa feita por Hans Pretzsch mostra que, nas quatro espécies investigadas, a densidade da madeira teve uma piora de 8% para 12% desde 1870. O causador desse fato, segundo os cientistas, é a grande quantidade de nitrogênio nos solos, provenientes não só de fertilizantes químicos, como também dos gases emitidos por veículos, que em certa quantidade pode causar esses problemas nas árvores.
Vale ressaltar, também, que o número de carbono captado pelas árvores teve uma queda de 50%. Isso significa que as árvores estão obtendo muito menos CO2 do que anteriormente, assim, mais CO2 permanece na atmosfera, favorecendo o aquecimento global e configurando um cenário lamentável para o nosso planeta.
Escrito por: Matheus Henrique Kayo Vinícius e vínicius alves
Referências:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378112718310600?via%3Dihub
https://www.nature.com/articles/ncomms5967
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378112708005264?via%3Dihub
https://veja.abril.com.br/ciencia/aquecimento-global-torna-as-arvores-maiores-mas-mais-frageis/
