Brasil bioluminescente

Barbara Sousa Nunes
BioBlog ESEM
Published in
3 min readMay 15, 2018

Alunos: Barbara Sousa, Yasmin Rocha, Joanne Silva, Vitória Ellen e Arthur Lasecki

Vocês já ouviram falar de organismos que brilham no escuro? Pois saibam que existem, inclusive pertinho de nós, aqui mesmo no Brasil.

Nesse fenômeno, conhecido como bioluminescência, há transformação de energia química em energia luminosa. Ele ocorre em variados organismos vivos, como algas, vaga-lumes, fungos e bactérias.

O processo ocorre quando a luciferina reage com o gás oxigênio e produz luz, através da ação de uma enzima chamada luciferase e com gasto de ATP, que fornece energia para que a reação se processe.

As algas bioluminescentes são um exemplo de beleza em ambientes marinhos. O processo de bioluminescência ocorre com algumas espécies de dinoflagelados heterótrofos, como por exemplo a Noctiluca scintillans. Eles emitem luminosidade azul quando se sentem ameaçados, assim os predadores fogem, além disso também atraem presas com sua luz. Estes se alimentam de tudo que está ao seu redor, podendo ocasionar um pequeno desequilíbrio da cadeia alimentar do local. Eles não são tóxicas, mas podem causar irritações na pele de algumas pessoas.

Dinoflagelados bioluminescentes: Praia nas Maldivas

Alguns outros indivíduos, embora não possuam naturalmente a capacidade de emitir luz, apresentam bioluminescência após ingerir organismos bioluminescentes ou serem infectados. A luz, no entanto, fica restrita ao local digestivo ou infectado.

Os Lampyris noctiluca (vaga-lumes), por sua vez, além de instrumento de defesa e de atração de presas, utilizam sua luz como dispositivo sexual. O macho emite luz para mostrar sua aproximação, e a fêmea, pousada em determinado local, emite luz para mostrar onde está. Nos vaga-lumes, assim como nos dinoflagelados, além de luciferina e luciferase, é necessária a presença de ATP, consumido durante a emissão de luz.

Vagalume. Foto: anko70 / Shutterstock.com

Em geral, os fungos bioluminescentes como Panelus stipticus, Mycena clorophos, Mycena luxaeterna, Gerronema viridilucens, Omphalotus olearis localizam-se em ambientes florestais úmidos, pois dependem deles para se desenvolver. No entanto, eles não são encontrados com muita facilidade, visto que sua luz não é de grande intensidade. São os menos conhecidos, então não se sabe muito sobre o mecanismo de reação química associada a emissão de luz.

Panellus stipticus apresenta bioluminescência

Como visto acima, os seres bioluminescentes, apesar de lindos e exóticos, não estão tão longe da nossa realidade. E agora, depois de adquirir todo esse conhecimento, podemos facilmente identificar e apreciar o fenômeno da bioluminescência.

Bibliografia:

http://noctulachannel.com/mar-brilhante-algas-bioluminescencia/

http://desviantes.com.br/blog/post/onde-encontrar-bioluminescencia-no-Brasil/

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/01/130124_bioluminescencia_pesquisa_lgb.shtml

http://www.biolum.ufscar.br/

http://www.gazetadebeirute.com/2013/08/bioluminescencia-dos-vagalumes.htmlhttps://www.algosobre.com.br/biologia/bioluminescencia.html

http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/o_universo_luminoso_dos_fungos_bioluminescentes.html

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