Tireóide: A vida sem borboleta

Guilherme Gardin Martins
BioBlog ESEM
Published in
3 min readNov 27, 2018

Uma glândula pequena em relação à órgãos. como o intestino delgado ou o fígado, mas entre as glândulas,uma das maiores e mais influente aos órgãos e funções do nosso corpo. Interpretando o último período pensaríamos, talvez, que se trate de um membro do sistema endócrino. Tu estarias extremamente correto, falamos da glândula Tireóide, fundamental para o funcionamento de órgãos como o coração, rins, cérebro e fígado.

Tireóide: A “borboletinha”

A Tireóide é responsável pela produção dos hormônios Triiodotironina e Tiroxina, mais conhecidos como T3 e T4, respectivamente. Ela tem formato de borboleta e fica na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Essa glândula age no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescente; regula os ciclos menstruais; atua no peso; na fertilidade; na memória; no humor e em tantos outras funções.

Portanto o mal funcionamento de tal glândula pode causar grandes malefícios ao indivíduo, como a liberação excessiva de hormônios (hipertireoidismo) ou a pouca produção hormonal (hipotireoidismo) que em certos casos só são resolvidos por meio de procedimentos cirúrgicos.

Há alguns casos específicos que necessitam a retirada da tireóide, como por exemplo: o câncer de tireoide, a suspeita de câncer, o bócio volumoso e o hipertireoidismo não resolvido com outras condutas. Falando especialmente sobre o câncer, o mesmo pode ser identificado como carcinoma papilífero, folicular, medular ou anaplásico, e o único tratamento inicial é a realização de uma cirurgia (lobectomia, que consiste na retirada de metade dela, ou a tireoidectomia total), assim impedindo que a mesma prolifere células cancerígenas para outras partes do corpo como também não evolua para um caso mais avançado de câncer. Em alguns casos de presença de metástase, o médico recomenda a iodoterapia, que funciona como uma quimioterapia exclusiva da tireoide. O processo consiste em ingerir uma pequena quantidade de Iodo-131, que diferente do iodo necessário para o bom funcionamento do corpo, esse “persegue” as células restante da tireoide (muitas com metástase) que estão espalhadas pelo corpo e as destrói com a radiação do composto, impedindo assim o “nascimento” de um novo foco de câncer.

A falta da tireóide implica diretamente no hipotireoidismo e, com isso, em uma série de sintomas e fatores, dentre eles, o mal funcionamento do metabolismo, ou seja, a dificuldade das células de produzirem energia através dos nutrientes ingeridos. Como consequência disso, o corpo acaba por ficar extremamente mais frágil, sofrendo com problemas como a fadiga intensa, aumento de massa corporal, anemia, má formação de unhas e pêlos do corporais, disfunção erétil, perda da libido, prisão de ventre, infertilidade, redução do paladar, hipertensão arterial ou até, em caso mais graves, inchaços e entrada do paciente em estado de coma.

Caso a pessoa precise fazer a retirada da tireóide, além de receber uma cicatriz no pescoço que pode variar de três a quinze centímetros, também sofrerá com complicações como dor de garganta e tosse, mudança vocal, diminuição dos níveis de cálcio no sangue e um hematoma no pescoço. Por mais que pareça estranho, para os profissionais da saúde, isso é normal. Para viver sem a tireóide, faz-se necessário o uso de remédios pelo resto da vida, pois os hormônios podem ser substituídos por comprimidos com cálcio e vitamina D, como o Levotiroxina ou Synthroid.

https://www.tuasaude.com/cirurgia-de-tireoide/

https://www.mdsaude.com/2009/02/doencas-sintomas-tireoide.html

http://www.tireoide.org.br/o-que-e-a-tireoide/

https://www.endocrino.org.br/tireoide/

https://www.minhavida.com.br/saude/materias/33328-tireoidectomia-quando-e-indicada-e-possiveis-complicacoes

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