Suicídio: O mal do século
Por: Jadiane França
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) , saúde é bem estar físico, mental e social. Não se trata apenas de ausência de doenças, se trata do equilíbrio e o bom desenvolvimento nos múltiplos aspectos da vida. Nessa perspectiva, quando abordamos a questão suicida, percebemos que há um desequilíbrio nessa dinâmica, levando o indivíduo a desistir da vida por entender que é a solução mais viável para a cessação do sofrimento que o mesmo está passando.
Para melhor abordarmos o assunto, uma pesquisa realizada em plataformas da OMS, nos mostram dados alarmantes, um destes se refere à que 32 brasileiros se suicidam por dia, e essa estatística problemática é superior às taxa de mortes causadas por doenças como o câncer e Aids. Além disso, a ONU informa que o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos , existindo assim, mais de 800 mil casos suicidas por ano em todo o mundo.
Esse mal que acomete milhares de pessoas a nível mundial, está associado a diversas causas, e uma delas é a depressão. Considerada como o mal do século, esta doença tem fator intrínseco quando o assunto é a desistência da vida, sendo responsável por mais de 43% dos casos de suicídio. O estado depressivo chega até os indivíduos pela falta de suporte social, por se sentirem angustiados frente aos problemas de falência financeira, luto, desilusão amorosa, retraimento e entre múltiplas outras causas, fazendo com que tenham a intenção de matarem a si mesmos acreditando ser a causa mais acessível para o alívio da dor.
Desse modo, como geralmente as pessoas têm vergonha de admitirem suas angústias e aflições, essa problemática se agrava ainda mais, fazendo com que as taxas de mortalidade por conta do atentado contra a própria vida aumentem. Isso também ocorre por muitas vezes as informações não serem bem veiculadas, surgindo então, campanhas como a do setembro amarelo, a qual tem como objetivo diminuir a causa suicida no Brasil e no mundo através da veiculação de informações e formas de tratamento e de ajuda. Por isso é importante divulgar a campanha para que mais pessoas possam ter suporte e evitarem o suicídio.
Diante de tal situação caótica 28 hospitais universitários filiados a Ebserh, oferecem tratamento psicossocial, em cinco regiões do país, sendo um tratamento feito de forma multidisciplinar buscando prevenir o suicídio. A OMS então, conclui que esse mal pode sim, ser prevenido desde que os profissionais reconheçam os fatores de risco que estão associados a diferentes causas, podendo ser fatores biológicos, conscientes e inconscientes, psicológicos, interpessoais, sociológicos, culturais entre muitos outros. Mesmo sendo um fenômeno complexo e bastante relevante, os profissionais de saúde ainda apresentam dificuldades quanto a temática pela escassez de pesquisas que possam contribuir para a solução do problema. Há a necessidade de investir nessa temática, pois quanto maior o conhecimento do tema e dos riscos, maiores serão as chances de prevenção.
