A vida não para

André Sobreiro
André Sobreiro
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2 min readOct 1, 2020

Olha, isso parece algo bem óbvio. E talvez seja para você. Mas, para mim, com 37 primaveras, é algo que é mais do que necessário relembrar. Lá em março, quando a gente foi trancafiado em casa, rolou uma ingênua sensação de que logo tudo aquilo passaria e a vida iria retomar ao normal.

E foi com essa sensação que eu e muita gente colocou a vida quase que totalmente em stand by. Ah, quando as coisas voltarem eu retomo os exercícios, retomo as aulas, começo aquele projeto verão.

E o que aconteceu? As coisas não voltaram ainda. Não, elas não voltaram. Seja você pessoa que está completamente trancada em casa, seja a que não está mais (e isso não me importa), a vida não está igual era antes. Pode chamar de Novo Normal, pode chamar de Robson, pode chamar de Faustão e Selena, mas está diferente.

E aí entra essa percepção. Foi lá para junho que comecei a fazer cursos. E não por que queria fazer algo diferente, mas por terem surgido alternativas legais. E, a cada curso, além do conhecimento novo, ainda conheci pessoas novas e muito interessantes. É nesse ponto que eu quero chegar.

Estamos ainda privados de algumas coisas. Eu, que já não estou trancafiado em casa ainda estou privado de várias que eu gosto e bastante. Mas não dá para ficar esperando uma vacina para retomar a vida, os planos, os sonhos. Não dá mais para adiar. Sete meses. É muito tempo de vida. Vale a pena pausar por sete meses? Eu acho que não.

Adapte algumas coisas, corrija a rota de outras, mas siga a vida. 2020 não pode ser um ano apagado.

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André Sobreiro
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Vivo de internet e cultura! Edito esse blog, o Salada de Cinema e muito mais coisa por aí!