Clássicos podem ser "esquecidos"? Estes 4 livros foram

Jacob Paes
Blog do Book4you
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4 min readApr 26, 2017
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Clássicos nunca saem de moda, certo? Errado. Alguns livros, por mais importantes, fantásticos ou revolucionários que sejam, podem acabar caindo no esquecimento, sim. E um usuário no Reddit deixou isso bem claro na última semana, ao perguntar para os internautas do site “alguns romances que antes eram considerados clássicos e que foram, em grande parte, esquecidos”. As respostas foram variadas e, com base no artigo do Bustle, selecionamos quatro títulos que já foram publicados no Brasil e hoje em dia são difíceis de se ver por aí.

Mas por que isso acontece? Essa foi uma das discussões levantadas lá no Reddit a partir da primeira questão, e muitas outras acabaram aparecendo também. Esse declínio seria gradual? Existe algum ponto que identifica o momento de queda na popularidade desses livros? Qual a linha que separa um clássico de um best-seller? Ainda não temos as respostas para todas essas perguntas, infelizmente. Mas podemos supor que quanto mais valorizarmos o conteúdo das obras, menores são as chances delas "desaparecerem", pois assim, sem dúvidas, alguém encontrará essas histórias e irá carregá-las por aí, não?

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1. ‘A Pedra da Lua’, de Wilkie Collins

Publicado em folhetim entre janeiro e agosto de 1868, na revista de Charles Dickens, este livro é um dos mais importantes romances ingleses do século XIX, pois, sem saber, Collins acabou criando um novo gênero: o romance policial. Isso em 1868. ‘A Pedra da Lua’ é um enorme diamante roubado de um templo indiano por soldados ingleses. Supostamente amaldiçoada, a pedra é dada a uma moça no seu 18° aniversário. Mas na mesma noite é novamente roubada, lançando os mais diversos personagens em sua busca.

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2. 'As Aventuras de Telêmaco: Filho de Ulisses', de Francois Salignac De La Mothe Fenelon

Mentor, personagem da Odisseia de Homero, era um sábio fiel amigo de Ulisses, rei de Ítaca que parte para a Guerra de Troia e confia seu filho, Telêmaco, a Mentor. Após muitos anos sem ver o pai, Telêmaco assiste, angustiado e vulnerável, à dilapidação do patrimônio paterno pelos pretendentes de sua mãe, que deles se esquivava, inteligentemente, tecendo durante o dia um manto prometido ao sogro, e desmanchando-o à noite. O livro propõe, assim, várias ideias políticas e morais para a educação e por isso pode (ou deveria) ser considerado atemporal. Foi, inclusive, inspiração para Montesquieu e Rousseau.

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3. ‘Servidão Humana’, de W. Somerset Maugham

No centro da trama deste romance está Philip Carey, estudante de medicina que, por ser manco, é rejeitado pela sociedade. Ao lado dele surge a sedutora Mildred, que desafia o orgulho intelectual de Philip. Para conquistá-la, ele se sujeita à forma mais vil de escravidão: a renúncia à própria dignidade. Acredita-se que a obra, publicada em 1915, seja uma espécie de autobiografia do autor.

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4. 'Scaramouche', de Rafael Sabatini

Esta é uma aventura no gênero “capa e espada” escrita em 1921. Na França pré-revolucionária, a rainha Maria Antonieta pede a seu “primo” Noel, marquês de Maynes, que descubra a identidade de Marcus Brutus — panfletário editor pirata no Século das Luzes — que ataca com seus folhetos a decadente aristocracia do reino. Logo se descobre que ele é Philippe de Valmorin, grande amigo do aventureiro André Moreau. Este tenta ajudá-lo a fugir mas não consegue impedir que Philippe seja morto pelo marquês em um duelo de floretes. Moreau nada pudera fazer, pois o marquês era tido então como o melhor espadachim da França. Fora da lei, só lhe resta fugir escondendo-se em uma companhia teatral itinerante de saltimbancos — sob a máscara ridícula do cômico Scaramouche.

E você, lembra de algum livro "esquecido"?

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Jacob Paes
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Editor de livros, graduado em Produção Editorial e estudante de Letras/Italiano. No tempo livre, curte séries, filmes, carros e, claro, livros @tresemeiopodcast