Como é feito um livro? [Parte 3]
É muito difícil encontrar um leitor que não tenha se perguntado pelo menos uma vez como é feito um livro. Temos o costume de tratar nossos exemplares com muito carinho e é natural que, com isso, tenhamos também essa curiosidade. Para conhecer um pouco mais desse processo, de forma simples, resolvemos publicar esta série de três posts especiais revelando como é feito um livro.
Nos posts anteriores, falamos do processo de produção editorial de maneira geral e vimos com mais detalhes o primeiro passo na publicação de um livro: a aquisição (ou captação) de originais, além do segundo passo, que é a produção do livro em si, do recebimento dos originais até o envio para a gráfica. Neste post, vamos abordar a pós-produção, que inclui eventos de lançamento e também algumas coisas menos “divertidas”, como a análise de números.
Passo 3: pós-produção
O livro foi enviado para a gráfica, que recebeu os arquivos, realizou uma conferência geral, gerou provas de pré-impressão e recebeu o "ok" do editor para a impressão. As páginas foram impressas, o livro recebeu os refiles (recortes) e todo o acabamento necessário para se tornar aquilo que todo leitor adora encontrar nas livrarias. Mas então o processo de produção editorial acaba aí?
Não exatamente. A primeira tarefa do produtor editorial após a impressão é conferir se o livro que chegou da gráfica foi impresso corretamente. Apesar de parecer uma tarefa boba, é um passo muito importante, pois imprevistos podem ocorrer nessa etapa e, se um erro muito grande for encontrado, é necessário correr para corrigi-lo. Às vezes, se torna necessário imprimir todo um caderno — um dos vários conjuntos de páginas que formam o livro — novamente, o que também gera a necessidade de desmontar a peça que estava pronta e montá-la toda de novo.
Se estiver tudo certo com o exemplar enviado pela gráfica, é hora de pensar no lançamento do livro (se o evento já não tiver sido pensado antes). Este é o momento no qual os autores finalmente se veem diante de um sonho realizado: o de encontrar o seu livro lindo, publicado, em uma livraria e com fãs, amigos e familiares esperando para receber o seu autógrafo. O editor deve mobilizar uma equipe especializada na organização de eventos para garantir que tudo saia como o autor imaginou — o que, acredite, nem sempre é muito fácil, afinal, as expectativas deste são das mais elevadas.
Depois que o livro tiver sido oficialmente lançado, o editor precisa estar atento à distribuição da obra (para que ela possa ser encontrada em todo o país) e aos seus números de vendas. É verdade que essas tarefas não são exatamente do editor, e sim do departamento comercial da editora, mas esses profissionais precisam acompanhar a relação do livro com o mercado para saber o que deu certo e também o que deu errado, a fim de desenvolver nos próximos trabalhos práticas que evitem grandes erros e que agradem ao público.
Junto com o setor comercial, o editor também pode procurar outros elos da cadeia de distribuição que possam ser vantajosos para determinadas obras, como parcerias com governos e empresas privadas que tenham interesse em um livro específico. Já em conjunto com o marketing, o editor deve acompanhar as reações do público leitor, aquele que compra o livro nas livrarias e pode ter queixas ou elogios, e que também acaba ditando os rumos das novas obras que serão escolhidas para publicação.
Por isso é legal sempre diversificar os nossos gostos literários (ou pelo menos tentar), pois isso garante uma menor chance de estagnação do mercado editorial, que poderá abrir o leque de publicação e apostar em obras diferentes. Hoje, essa demanda vem sendo suprida, de certa forma, pelas editoras independentes, que estão se dando bem ao apostar em baixas tiragens de obras muito bem editadas e que podem não ser um best-seller, mas com certeza têm um público à sua espera, por exemplo, os leitores que comparecem em feiras independentes, como a Miolo(s) e a Feira Plana. O Book4You também pode ajudar nessas horas — com ele, você pode se interessar por obras que nunca imaginaria. Clique aqui e conheça esse movimento de não julgar pela capa!
