Por que fazemos o que fazemos? A vida acadêmica muito além das paredes da sala de aula

Bianca Vasconcelos
Blog do Fator
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3 min readJul 18, 2020
Tô Dentro 2019 — Colégio e Curso Fator São João de Meriti

Assim como a obra de Mário Sérgio Cortella, que carrega o título “Por que fazemos o que fazemos?”, um ponto crucial das nossas aflições é o propósito, que nos motiva e nos guia a tomar atitudes. Como estudantes temos em nossas mentes muitos questionamentos, sobre o que estamos fazendo, o que somos ou o que queremos ser. Perguntas subjetivas e profundas que estão em nosso subconsciente desde muito cedo, mesmo até quando não somos maduros e experientes o suficiente para fazer escolhas que parecem ser definitivas.

Os estudantes têm sua rotina feita, em boa parte, por sua jornada dentro da sala de aula, imersos nos conhecimentos e teorias ensinados pelos mais variados educadores que passam por sua formação acadêmica. Entretanto, acontece que muitas vezes eles não conseguem enxergar a aplicabilidade desses conhecimentos na prática, de que, talvez algo pelo qual esse aluno se interesse pode ser algo crucial para incentivá-lo nos seus estudos em sala de aula, ou descobrir interesses além desse ambiente.

Tudo é possível, até mesmo o que pensamos e classificamos como atividades recreativas desde a infância podem se tornar hobbies, ampliar saberes e quiçá uma virar uma futura profissão. Essas atividades podem ser as mais variadas possíveis, sejam exercícios físicos, esportes ou dança, a criação ou o voluntariado em projetos voltados para ajudar causas sociais de interesse do estudante, projetos de pesquisa e extensão, iniciação científica, cursos de extensão e capacitação, estágios, intercâmbios, e muitas outras.

Meu propósito com essa coluna é disseminar um pouco do contato que tive com muitas dessas oportunidades ao longo do meu ensino médio, compartilhando minha experiência e toda a informação que obtive para jovens que têm interesse em se envolver com atividades extracurriculares. Além disso, trazer diferentes perspectivas e atividades, com o objetivo de encorajar mais estudantes a se envolverem em tais oportunidades.

Acredito fortemente que a educação transforma vidas, mas que, para isso, precisamos primeiro democratizar as informações para torná-las mais acessíveis. Com isso poderemos impactar mais alunos a participar e, consequentemente, explorar suas paixões e potencialidades além dos limites da sala de aula. Além disso, nessa jornada é necessário deixá-los cientes de que não precisam ter medo de tentar, falhar ou desistir de algo. Mas isso é um assunto que discutiremos em um próximo texto.

Muitas oportunidades acadêmicas me ajudaram a amadurecer e me autoconhecer, não somente pelos reconhecimentos que tive, mas por todos os erros e dificuldades que passei. Era necessário saber identificar quando algo não fazia mais sentido para mim, e muitas vezes aos olhos de outras pessoas parecia que eu “nunca sabia o que queria”. Apesar de ainda ser tomada pela incerteza quando me perguntam a temida pergunta “o que quero ser no futuro”, sei que nunca terei uma resposta pronta, mas não tenho medo de tentar e procurar pelo que sou apaixonada por fazer.

Através desta coluna abordarei tópicos acerca do impacto das atividades extracurriculares no desenvolvimento e na vida acadêmica do aluno. Continuem atentos e aguardem pelas próximas postagens. :)

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Bianca Vasconcelos
Blog do Fator

Ativista pela educação pública e pela inclusão de mais mulheres no espaço político. Apaixonada pela leitura e pela escrita. Fundadora do blog Mulheres Presentes