E a Cidade, como organismo vivo, serve para quê, afinal?

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3 min readNov 24, 2015
Close na galera linda! ;)

O terceiro encontro dos Conselheiros e Conselheiras da Juventude da Cidade rolou último dia 14 de novembro, na sede da Agência de Redes Para Juventude, na Lapa. O papo se iniciou com nosso Coordenador de Projetos do LAB.Rio, o Bernardo, atualizando todos os conselheiros e conselheiras sobre prazos, próximos encontros e metas de trabalho de cada GT. Foi aquela hora de pausar, respirar e ficar todos na mesma página. Foi o primeiro Encontro de Formação, que se repetirá a cada mês e será facultativo. O formato foi pensado para permitir um debate aberto entre conselheiros e conselheiras, com a presença de um convidado ou convidada que abordará questões urbanas e sobre gestão pública.

Antes, porém, de começar a discussão propriamente dita, o Bê perguntou pra turma quais eram as expectativas de cada um para os próximos Encontros de Formação. E nós ouvimos de tudo um pouco. Houve quem quisesse entender mais quais eram as prioridades dentro do grupo (através da pesquisa de opinião); quem sugerisse entender mais a cidade do Rio de Janeiro no âmbito das favelas, por meio de plataformas já existentes como o Observatório de Favelas, e quem indicasse a preferência por pautas mais administrativas — capazes de estreitar os vínculos entre o Conselho e as Secretarias, entendendo o que cada Secretaria se propõe a fazer, como funciona a gestão municipal em termos legais, como atuam as regiões administrativas nos territórios, como as Ouvidorias Públicas trabalham e, por fim, como o cidadão pode cobrar e o que ele deve fazer diante de um representante da Prefeitura.

Os Encontros de Formação têm dois objetivos principais: discutir temas variados ligados à questões urbanas e capacitar a galera para entender a os mecanismos de funcionamento da Administração Pública Municipal e a relação do Governo com a Sociedade Civil. Partindo disso, convidamos a professora de Sociologia Maria Alice Rezende para bater um papo com o pessoal que estava presente sobre como se deu, historicamente, a organização e o desenvolvimento das cidades. E foi uma tarde cheia de conteúdo, problematização e olhares atentos.

Maria Alice começou fazendo uma breve separação entre as cidade orientais e ocidentais. Explicou que a cidade é uma obra coletiva e que deve ser gerida por um grupo de pessoas e não por desejos individuais. Nos mostrou de maneira clara e simples, que, de certa forma, ainda carregamos um pouco da herança dos organismos feudais (olha as aulas de história aí, gente!) e chamou atenção para algo muito interessante e valioso — o debate sobre o pensamento interessado, quando um indivíduo movido por questões pessoais tem o seu protesto atendido e isso gera um ganho coletivo. Já parou para pensar nisso?

Ela trouxe também um dado básico, porém deixado de lado em muitos momentos: a rua é a instituição mais importante da cidade, a síntese do comum a todos. E, para elaborar e construir o bem comum, devemos entender como a cidade pode servir a todos e não apenas uma minoria. Ainda nessa discussão, passamos por questões como racismo e mobilidade urbana. A galera veio disposta a adquirir e espalhar conhecimento. :)

Como a gente já disse, os Encontros de Formação ocorrerão sempre uma vez ao mês e são facultativos, ou seja, não obrigatórios. Mas, se a gente fosse vocês, a gente vinha sempre! E para aqueles que não fazem parte do Conselho, nossa dica é: fiquem de olho no nosso blog!

Até breve!

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Laboratório de participação da Prefeitura do Rio, para aproximar o poder público dos cidadãos e cidadãs cariocas. Mais em: lab.rio.gov.br