Cotidianamente, aqui no LAB.Rio, a gente se depara com situações e questões que nos levam a uma articulação reflexiva entre prática e teoria.
Se essa dualidade movimenta acalorados debates, por aqui, a intercessão entre esses dois campos de síntese do conhecimento é quase uma constante em tudo o que fazemos — e nos leva a constatações diversas.
Para se firmar como instância participativa de fato, o LAB.Rio passa por uma construção que envolve o monitoramento e avaliação dos números que conquistamos, a nossa capacidade de interna de envolver setores diversos do poder público, a habilidade em articular-se com a sociedade civil e o peso institucional de cada ação.
Não é fácil, mas, no dia-a-dia, a gente encontra caminhos, testa possibilidades e exerce pressões. E, em tudo isso, busca um marco teórico para ações concretas.
Hoje, usamos a escala de participação proposta pela Associação Internacional para Participação Pública, que propõe o enquadramento dos esforços de participação nos compromissos seguintes:
1) Informar: Compromisso de oferecer à população informação objetiva e qualificada para ajudá-la na compreensão do problema, das alternativas, das oportunidades e/ou das soluções.
2) Consultar: Compromisso de receber comentários e opiniões da população sobre projetos, posicionamentos, análises e/ou decisões da Prefeitura.
3) Envolver: Compromisso de trabalhar diretamente com a população através de processos que garantam que suas preocupações e intenções serão consistentemente entendidas e consideradas.
4) Colaborar: Compromisso de trabalhar em parceria com a população em cada aspecto da decisão, incluindo o desenvolvimento de alternativas e a identificação da melhor solução.
5) Empoderar: Compromisso de delegar a decisão final à população.
Com maior ou menor incidência, a depender do alcance e do público, cada uma de nossas ações está impregnada destes compromissos. Mas, maior do que tudo isso é o nosso compromisso de melhorar, crescer e, quando preciso for, reconstruir estratégias e indicadores. Um confronto efetivo e contínuo entre nossas leituras e visões de mundo e, principalmente, uma tentativa de aliar teoria e prática.