Quando você é o seu maior inimigo

Para além de famílias ricas e triângulos amorosos, 2018 foi de muitas histórias de superação pessoal como tema principal nos k-dramas

Jéssica Oliveira
blogADQSV
15 min readJan 3, 2019

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Woo Seo Ri (Shin Hye Sun) em Thirty but Seventeen

Crescemos acostumados com histórias onde o bem e o mal estão bem separados e definidos. E é muito mais simples ver as coisas assim, não é mesmo? Em pólos opostos. Mas a vida é bem mais complexa do que apenas o embate entre mocinha e megera da novela das nove, e do que uma saga de Power Rangers ou um filme da Marvel. Quando você se autossabotar não há joia do infinito no universo que vá resolver isso, a não ser você mesmo.

Alguns dos meus k-dramas favoritos como Strong Woman Do Bong Soon (2017) e Suspicious Partner (2017) têm vilões bem claros — psicopatas e misoginia — e essas histórias funcionam à sua maneira. Grandes sucessos também, como Descendants of the Sun (2016) que traz um vilão ex-militar traidor e Goblin (2016) que tem como inimigo o destino. Mas já faz algum tempo que muito me encanta narrativas que não procurem outra parte para pôr a culpa. E isso não será um artigo sobre qual dos tipos de histórias é melhor, mas sim do valor de jornadas onde a responsabilidade pode realmente ser nossa. No caso de histórias, dos protagonistas que lideram a trama.

Ficções esportivas costumam funcionar muito com esse enredo “sem vilão”, já abordei isso antes por aqui com o anime Yuri!!! On Ice. Pode até ter outro atleta poderoso ou malvadão como adversário, mas histórias de esporte costumam ser muito mais sobre a superação do protagonista do que qualquer outra coisa — o atleta vai além das suas limitações para vencer, ou chegar perto disso. Não deve ser por acaso que um dos k-dramas de sucesso que retomou essa fórmula forte na TV sul-coreana tenha sido Fight My Way (2017), estrelado por um jovem lutador aposentado de taekwondo que decide voltar à ativa e ingressar na tendência do momento — o MMA.

Park Seo Joon em Fight for My Way, disponível no Viki.

Não é que não tivessem histórias desse tipo antes, mas vi uma tendência forte em k-dramas do último ano, principalmente em melodramas com romance ou comédia. Um combinado da indústria costuma buscar as tendências antecipadamente e talvez o impulsionador tenha sido o sucesso de Fight My Way. Em 2018 dramas como Just Between Lovers (Rain or Shine), Thirty But Seventeen (Still 17), My Mister (My Ahjussi), Should We Kiss First?, LIFE, Something in the Rain e Your House Helper, são tramas que até têm personagens problemáticos para os protagonistas, mas a jornada em si é mais de autoconhecimento e superação individual.

K-dramas que foram além dos clichês de CEO muito ricos, mocinhas pobres sofredoras, megeras inescrupulosas e triângulos amorosos, sem surtos, reviravoltas ou grandes clímax. O gênero Slice of life, como é geralmente chamado no leste asiático através dos animes japoneses, trazem tramas mais mundanas focadas no cotidiano e vida comum dos personagens. É o gênero de muitos dramas que citei acima, ou vi forte influência do estilo nestas tramas.

Sou suspeita para falar porque é um dos meus gêneros favoritos, mas que não é sempre tão popular entre o público ocidental, especialmente os que gostam de narrativas norte-americanas cheias de cortes rápidos e dinâmicos. Muitas vezes são consideradas histórias “lentas” e sem estímulos. Pretendo me aprofundar mais a respeito desse gênero falando somente dele em outro texto futuro.

Talvez vocês pensem: “Jéssica querida você está bem louca, porque os dramas citados têm clímax”! E certíssimo, alguns têm mesmo. Mas vocês já repararam como não são histórias tão “felizes para sempre” e mais “eles venceram essa etapa”? Como se víssemos passar a vida de um conhecido, a fase difícil de alguém, família ou grupo de pessoas.

A seguir, vou falar um pouco sobre alguns dramas finalizados em 2018 que abordaram superação e cura.

Just Between Lovers

Eu posso ser feliz?

Em Just Between Lovers mesmo que se incite um triângulo ou quarteto amoroso, isso não chega a interferir em nada nos sentimentos muito bem definidos de dois protagonistas cheios de personalidade como Lee Kang Doo (Lee Junho) e Ha Moon Soo (Won Jin Ah). Pessoas decididas, porém, muito feridas, pela mesma tragédia e perda de entes queridos. Para os dois que se martirizam a vida inteira somente pelo fato de estarem vivos, como se não tivessem o direito de tentarem ser felizes, o maior obstáculo foi superar a autoflagelação.

Parece muito meu OTP

E é realmente lindo acompanhar a libertação desses corações tão cheios de fardos. Aqui a única coisa que afasta de verdade o casal será a paralisação emocional, a sensação que ambos carregam como indignos para o amor e alegria. Dois personagens super maduros e prontos para enfrentar o mundo, menos confrontar os próprios fantasmas.

Virou uma das direções de fotografia favoritas sim ❤

O drama é cheio de frases de efeito e lições de vida. E possui uma direção de fotografia bela e poética, como um bom slice of life costuma ter, que enfatiza o processo de libertação mental dos principais. Mas eu listaria dentre as minhas cenas favoritas Kang Doo correndo e gritando no porto, quase num ritual de purificação; a cena das escadas em que ele diz a Moon Soo ‘fico feliz que pelo menos você esteja bem’; uma cena em outra escada onde ele diz que não gosta da frase “E se? ”; e a que mais me arranca lágrimas — a sequência em que se imaginam em vidas completamente diferentes das que tiveram, caso o acidente nunca tivesse os afetado para sempre. Um dos raros momentos de pura fantasia e licença poética do drama, muito bem colocado.

(E com mais essa OST eu posso garantir: Just Between Lovers tem 0 defeitos.)

Onde assistir: Viki, Kingdom Fansubs.

Thirty but Seventeen

Afinal, o que é ser adulto?

Imaturidade e inaptidão social guiaram os protagonistas de Thirty but Seventeen, outros que ficaram parados no tempo por um trauma compartilhado, um deles, a violinista Woo Seo Ri (Shin Hye Sun) literalmente estagnada numa cama de hospital em coma por longos 13 anos. Um ilustríssimo dia a menina cabeça avoada de 17 anos acorda uma mulher de 30. E todos, eu inclusa, que acharam que seria tipo o filme De Repente 30 (2004) ou uma história sobre resolver os mistérios após acidente, deram de cara com a parede destruidora de expectativas.

Still 17 deixou muitas resoluções para os últimos momentos, porque apesar de acharmos que isso era o mais importante a se mostrar, na reta final eu percebi que tudo se tratava bem mais sobre apreciar a jornada daqueles personagens. A jornada de dois adultos adoráveis, porém desengonçados, que se apaixonam e que ao mesmo tempo não faziam a menor ideia do que estavam fazendo.

Já que estamos todos doidos com os boletos vamos ter empatia né. Como diria Yoo Chan: “Don’t Think, feel!”

E algum de nós sabe? De verdade? Mas acompanhar esse questionamento pela vida “adulta” inusitada de Seori e Gong Woo Jin (Yang Se Jong), cheia de pessoas tão cativantes, foi bem mais divertido do que observar a nossa vida. E faz perceber também que não necessariamente é preciso estar numa cama de hospital ou escondido numa floresta para não estar vivendo de verdade.

Aqui também teve ‘e se?’. Jennifer ❤

Escolher cenas favoritas? Consigo, tenho algumas, mas é difícil, eu simplesmente amo tudo nesse k-drama.

Onde assistir: KOCOWA, Viki, Fighting Fansub, Kingdom Fansubs.

My Mister

Eu sou quem acredito ser ou quem o mundo espera que eu seja?

Não é tarde demais para mudar sua vida para melhor enquanto muda também a de outra pessoa por meio da mais simples gentileza. A vida do passivo engenheiro de meia idade Park Dong Hoon (Lee Sun Kyun) cruza a vida da jovem precoce Lee Ji An (IU), e essa relação tomará proporções e trará consequências para a vida deles como os dois nunca poderiam imaginar. Sem romance entre os protagonistas, My Mister mostrou uma das relações mais bonitas que vi em 2018 num dorama, mas que sequer pode ser facilmente definida por rótulos.

No que poderia resultar um homem que se importa demais com os outros e uma moça que não se importa com quase ninguém? Uma história que mostra o valor das boas e pequenas atitudes cotidianas que ninguém vê, mas que nem por isso perdem o valor; e como você pode ser ajudado por aqueles que menos espera. My Mister vai muito além das aparências, ao mesmo tempo em que eu via tanto da minha própria vida, família e amigos, naquele bairro, pessoas e até nas atitudes duvidosas.

Dentre minhas cenas favoritas, duas com Dong Hoon, uma delas sem dúvidas a de quando ele larga sua postura indiferente e pergunta para um homem se este já viu Prison Break, para logo em seguida descer o martelo num prédio. E o diálogo entre Dong Hoon e seu amigo monge que diz ao engenheiro que ele tem permissão para ser egoísta em prol da sua própria felicidade, independente da dos outros.

Esse monge. Essa cena.

De Ji An, duas cenas inesquecíveis são as que IU mostra todo seu talento na atuação quando a protagonista se encolhe no meio da rua e começa a chorar (foi a cena que printei e deu origem ao Quadro do Dia) e o momento em que ela diz para sua avó no hospital como nunca esteve tão feliz antes, numa fala que exibe toda a sua surpresa de finalmente poder sentir algo assim.

A sementinha do Quadro do Dia ❤
IU mulher, quer o Oscar? Quer o mundo? Eu te dou!

Onde assistir: Viki, Kingdom Fansub.

Should We Kiss First?

Nunca é tarde para se corrigir

Should We Kiss First? me lembrou muito os doramas antigos, talvez pelo elenco mais velho e por ser excessivamente melodramático. Mesmo sendo tão familiar de tantas formas, me surpreendeu até o fim. Eu ter certezas enquanto assistia nunca funcionava. E talvez essa realmente tenha sido a intenção do roteiro, nos fazer sentir como os protagonistas, surpreendidos com os rumos que tudo tomava sem o controle deles, mas também dependendo de suas escolhas para os resultados finais. E é justamente assim que este drama retrata a superação: pela redenção.

O tanto que eu ri com esses dois doidos sem nada a perder, inclusive a dignidade rs

Ahn Soon Jin (Kim Sun Ah) reconhece que precisa de ajuda e não pode mais resolver tudo sozinha — ela é determinada, não inabalável. Son Mu Han (Kam Woo Sung) aceita que mesmo na idade e situação em que se encontra, ele ainda pode ajudar os outros e aproveitar mais a sua vida e afetos. Mas não será uma jornada fácil. Should We Kiss First? — adoro esse nome, Devemos nos beijar primeiro? — é a história de um romance mais maduro com protagonistas na faixa dos 40 à 50 anos, que nem todos podem se identificar de imediato, mas que sem dúvida irá te ensinar muito sobre perdão e resiliência. Além de ter um elenco de veteranos incrível!

Onde assistir: Kingdom Fansubs ou Viki (legendas em inglês).

Life

A comunicação que nos falta

LIFE é da mesma roteirista de Stranger (2017), um dos dramas mais incríveis que já vi. Stranger tinha a dicotomia polícia versus promotoria, enquanto LIFE traz um hospital universitário contra uma grande corporação. Essa roteirista novata continuou me surpreendendo em 2018. Fui cheia de expectativas para o drama, o que me deu o medo da decepção, mas não foi o caso. Ainda gosto mais de Stranger por ter mais investigação e ação e eu curtir muito esse tipo de suspense. Mas LIFE também me surpreendeu, só que de outras maneiras. À começar pela escolha ousada de apresentar sua história por dois pontos de vista diferentes, em dois episódios — o lado do protagonista Ye Jin Woo (Lee Dong Wook) no episódio 1 e depois de seu antagonista CEO Goo Seung Hyo (Jo Seung Woo) no episódio 2.

Até a paleta de cores mudava de um para outro

Na TV é comum apresentar todo o resumo do que nos espera logo no primeiro episódio, o piloto. Mas é essa escolha arriscada que de imediato nos oferece a visão ampla de LIFE. E por mais que se vislumbre no início o mistério de um possível assassinato (similar a Stranger), não será bem esse o foco e o drama novamente é corajoso.

Assim como Thirty but Seventeen, LIFE é mais sobre a jornada e as consequências dela na vida dos personagens. O fato do roteiro nos mostrar o lado de todos acaba inibindo a ideia de vilões. Porque até quem acredita que está agindo certo (oi médico Jin Woo) acaba sendo vacilão em alguns momentos por ver tudo de maneira unilateral, pelo que só o que ele sabia ou achava. E quem juramos que ia ser “vilão” (oi CEO Goo) nos surpreende várias vezes.

Uma cena logo do início do drama que diz muito do CEO Goo, um personagem super trabalhado na linguagem corporal. Aqui ele se abaixa para falar de igual para igual com o senhor camponês.

LIFE faz jus ao nome, não só por acompanhar médicos que salvam vidas, mas porque exibe pela administração de um hospital o quanto a falta de comunicação e negligência cotidianas podem ser prejudiciais. A soberba (bem realista) de um grupo de médicos e a isenção de um empresário em lidar com atitudes inumanas do conglomerado onde trabalha. Problemas mundanos como não querer conversar ou não se responsabilizar, que a cada dia não resolvidos vão se tornando um monstro.

Onde assistir LIFE e Stranger: Netflix.

Your house helper

Organizar para mudar

Na Ásia do Feng Shui chinês e da filosofia minimalista japonesa da organizadora profissional Marie Kondo, sucesso de vendas com o livro A mágica da arrumação, nada mais justo que a Coreia do Sul adaptar uma webtoon e criar o drama Your House Helper, estrelado pelo fada da limpeza e ordem Kim Ji Woon (Ha Suk Jin). Se eu já acreditava nesses métodos que tanto me encantam, esse drama da KBS2 veio em 2018 só para fortalecer minha crença. Porque trouxe de maneira super atual e crítica a filosofia de organização por meio de histórias de superação, sororidade, assédio, depressão, perdão e amor.

Nós todos nos rendemos, ahjussi.

Mas não se engane, não é um drama pesado por abordar problemas tão comuns e reais. É tudo abordado de maneira cuidadosa, mas também poderosa e transformadora, de dentro para fora, literalmente. De dentro da casa das pessoas, (da falta) da ordem, dos objetivos, das lembranças, das perdas, dos mal entendidos. De tudo mal resolvido que escondemos do mundo, em nossas casas e corações. Mas nada que confrontar e arrumar, não resolva. Se tiver o auxílio de um ajudante de casa bonito e bem vestido (e um pouco rabugento), melhor ainda.

Onde assistir: Viki, Kingdom Fansub.

Seo Kang Joon adorável como Nam Shin III (Latinha) em Are you human too?

Menções honrosas

Something in the Rain é outro que se encaixa muito bem no quesito superação pessoal, mesmo com os problemas avulsos, familiares e de assédio no trabalho. Mas eu já falei bastante sobre esse drama e sua protagonista em processo de amadurecimento tardio, no texto Something in the Rain e a Psicologia das cores.

O ano de 2018 pode não ter sido de muitos dramas arrasta quarteirão que movimentaram um público enorme, mas talvez tenha sido de várias pequenas joias perfeitas para alguns grupos menores de pessoas. Como se os surtos se diluíssem em vários para poucos. E mesmo com as histórias hiper idealizadas de costume, aquelas que tiram a gente da realidade e levam para o mundo inalcançável da dramaland, 2018 foi bem pé no chão. Duvida?

O sacrifício no trabalho e prioridades pessoais, pelos entes queridos e até para a sociedade, tão comum na sociedade sul-coreana, foi tema presente em My Mister, Just Between Lovers, What’s wrong with Secretary Kim e talvez outros que eu não lembro ou nem assisti. My ID is Gangnam Beauty falou sobre padrões de beleza e aceitação, através da aparência, estética, como os outros nos veem, mas acima de tudo, como você se vê e o impacto disso na sua felicidade.

Gentileza gera gentileza e tivemos histórias que exibiram o poder das boas ações, acreditar no outro e apoiá-lo, em My Mister (novamente, que hino de drama); também pela adorável Seori de Thirty but Seventeen que levou alegria à vida de tantos mesmo na péssima situação que estava; por Seo Joon Hee (Jung Hae In) em Something in the Rain que ensinou a Jin-A (Son Ye Jin) que ela podia se amar e ser amada por completo.

E como não citar nosso inesquecível robô Latinha, ou Nam Shin III, de Are you human too? e interpretado brilhantemente por Seo Kang Joon (em dois papéis, como Nam Shin humano insuportável também), só não sendo humano mesmo para ser tão perfeito e justo, ensinando e inspirando as pessoas a melhorar, Kang So Bong (Gong Seung Yeon) sabe bem.

Latinha dono dos nossos corações ❤

Os k-dramas quase me convenceram em 2018 que é legal ser amiga dos seus vizinhos, logo eu que sou traumatizada com péssimas histórias envolvendo quem morava ao lado ou no meu bairro. Certeza que se você assistiu 100 Days My Prince, ou My Mister (juro que é a última vez que vou citar) e Terius Behind Me (My Secret Terrius), quis ser amiga daqueles grupos e roubar esses vizinhos.

Are you human too?, disponível no Fighting Fansub e Kingdom Fansubs

O eu de ontem saúda o eu de agora

Num período da minha vida em que tive de me recuperar de coisas que nem sabia como curar porque nunca tinha enfrentado algo parecido antes, vários dramas que citei aqui me foram muito acolhedores. Tomara que tenha acolhido algum de vocês também. Olhar para si e realizar uma auto-análise requer mesmo um tanto de coragem.

Foram histórias que realmente procurei, o tipo que mais assisti e por isso esse texto sobre 2018 é bem mais pessoal do que uma lista de melhores do ano propriamente. Se seu drama favorito de 2018 não foi citado aqui, nada contra, eu só não vi porque não era o melhor para mim em dado momento.

Espero que 2018 tenha lhes trazido alguma cura necessária. E desejo que 2019 te traga outras e muito mais, resoluções melhores ainda que nem imaginamos. Desde um arranhão no dedo do pé até uma cicatriz no coração.

Algo em comum nas produções que citei é que em períodos tão individualistas como o que vivemos agora, esses dramas mostraram que não estamos sozinhos e não é necessário conflitos exagerados nos relacionamentos românticos para se criar boas histórias, porque existe uma barreira muito mais difícil que temos que superar: nós mesmos. Nos amarmos em todas as nossas limitações, mudanças e histórico, é um ato constantemente desafiador, e revolucionário.

“A vida é a soma de todas as experiências vividas que nos trazem para este agora. Portanto, não reclamo do passado, pois ele me trouxe até este momento. E este momento é o ponto de partida para o momento seguinte. Minha transformação é aqui.” — Monja Coen.

Feliz 2019!

Jéssica Oliveira também escreve uma newsletter, busca a dominação mundial dorameira no KOCOWA Blog e conversa no Doramigas Podcast.

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Jéssica Oliveira
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Jornalista, fotógrafa e marketeira. Escrevo sobre cultura pop asiática no medium.com/blogadqsv e no blog.kocowa.com