Guia JUCS: Basquete

Felipe Angelicci
blogdobruce
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6 min readMay 6, 2018

Faltam apenas 24 dias para os Jogos Universitários de Comunicação Social (JUCS), e os fiéis seguidores do Bruce já estão com um pé em Vassouras. No entanto, para ser um torcedor de respeito, tem que chegar lá conhecendo bem as modalidades e os times que defendem o laranja e preto. Afinal, você precisa saber para quem você vai estar gritando e todas as suas glórias passadas quando eles estiverem levantando as taças, certo?

Pensando nisso, o Blog do Bruce fará um GUIA DO JUCS falando melhor sobre todos os esportes e os seus times até a data da tão aguardada competição. Tudo para deixar você, leitor(a) tubarão, por dentro de tudo dos nossos bravos e bravas atletas. No primeiro post da série, iremos abordar o basquete.

BASQUETE FEMININO

(Foto: Reprodução/Instagram/)

O basquete feminino tem três ouros (2012, 2013 e 2014) e duas pratas (2015 e 2016) em todos os JUCS. Além disso, possui o título dos Jogos Universitários de 2016, competição realizada no segundo semestre do ano. Não é à toa que a torcida grita que “o feminino é foda”.

Um dos jogos mais marcantes de todos, na opinião de Maria Fernanda Borsatto, ex-atleta da equipe, foi a final de 2013 contra a PUC.

“Foi muito acirrado. A gente estava jogando melhor, mas o jogo estava empatado. A bola não caía para a gente, apesar de arremessar bem mais. A gente começou a puxar uns contra-ataques e aí conseguimos pegar distância. O time ficou cansado e quase que elas empataram de novo, mas o jogo acabou”.

Apesar de toda a emoção em quadra, Mafê, como é chamada pelas colegas de time, só pôde torcer do banco de reservas, por causa de uma lesão. “Eu assisti os últimos 3 quartos do banco porque desloquei o ombro no primeiro. Foi desesperador não poder ajudar”, conta a ex-estudante da ECO.

Mesmo sendo a modalidade com mais medalhas da Atlética, o time está em fase de reconstrução, tendo perdido diversas peças importantes no último ano — como Camila Wunderlich e Natalia Sales, que se formaram e se mudaram do Rio. O plantel atual conta com diversas jogadoras novas no time e nenhuma formada, que almejam aumentar ainda mais o invejável histórico de 12 vitórias e apenas três derrotas no JUCS. Alana Lapa, coordenadora do time, falou ao Blog do Bruce sobre o momento de renovação do time.

“Após o JUCS passado, houve uma necessidade de revitalização do time por completo. Mesmo sendo um dos times com grande número de vitórias, ele não tinha a propriedade de um time de fato. Nesse processo, a meta principal era criar uma ‘família’, começar um time do zero que cresceria junto e que com isso conquistaria seu espaço aos poucos perante os outros times”.

Em reta final de preparação para o JUCS, Alana deixou claro que, apesar do time majoritariamente novo, todas estão determinadas a sair de Vassouras com resultados positivos.

“O foco e o empenho se mostram cada vez maiores e a cada momento estamos conquistando mais garotas que são apaixonadas pelo esporte e que tem a mesma mentalidade que a gente, de crescer juntas e buscar a cada dia, a cada treino, as vitórias que tanto buscamos”.

Relação de jogadoras para o JUCS:

Alana Lapa — ala-armadora

Jade Cerejo — ala-armadora

Letícia Cruz — ala-pivô

Marina Cardoso — armadora

Marina Pavan — pivô

Rafaela Rezende — ala-armadora

Renata Gusmão — ala

Técnico: Sidney Botelho

BASQUETE MASCULINO

(Foto: Reprodução/Instagram)

Apesar de não ter um passado cheio de glórias no JUCS como o time feminino, o masculino vem em um crescente nos últimos anos, tendo ganho duas pratas no JUCS (2016 e 2017). Em 2016, o time viveu uma campanha histórica que “bateu no aro”: após eliminar a FACHA e a ESPM, o basquete acabou perdendo para a PUC na final, sendo este o chaveamento mais difícil que a equipe poderia ter.

Ainda que tenha ocorrido um aumento de rendimento recente, o elenco, assim como o feminino, passa por uma reformulação. No início de 2018, quase todos os formados se aposentaram. Dentre eles, está o ex-federado e até então melhor jogador do time, Luan Knaya, que fez seu último JUCS em 2017. Mesmo com baixas importantes, o time se reestabeleceu de forma rápida e chegou às oitavas de final no Torneio Universitário Carioca (TUC), e às quartas da Liga Universitária Carioca (LUCA), ambos os melhores resultados do time nas competições.

Em toda a história do JUCS, o basquete masculino possui seis vitórias e seis derrotas. Seu maior triunfo foi em um jogo contra a Veiga em 2017, por 68–10. O jogo mais marcante, na opinião de Felipe Mittelman, coordenador do time e único remanescente do primeiro time, de 2012, foi a semifinal contra ESPM em 2016, onde a Federal ganhou por 58–55 na prorrogação em um jogo tenso e emocionante até o último segundo. A partida entrou para a história como o duelo que deu vida à música “A ESPM amanhã não joga”.

Outro jogo marcante, ainda de acordo com Mittelman, foi em 2013, quando os atletas da UFRJ enfrentaram a Veiga pelas quartas de final. Em um jogo equilibrado, a partida foi para a prorrogação após um empate no último segundo com uma cesta do meio da quadra convertida por Leonardo Zucarelli. O time russo-negro acabou perdendo por 62–59, mas posteriormente foi comprovada a atuação de estudantes de engenharia no time da Veiga de Almeida, e eles foram eliminados da competição.

Ao falar sobre o JUCS 2018, um dos pivôs da equipe, Robson Hansen, valorizou o elenco que está treinando no momento, apesar das baixas recentes.

“A expectativa é grande, a gente vem treinando bastante e apesar de ter perdido três jogadores importantes, continuamos focados no objetivo, que é sermos campeões. Acredito que o time tem grande potencial e, com a ajuda do Briga (apelido do técnico), evoluímos muito e acho que é o JUCS que vamos mais preparados tecnicamente. Arrisco dizer que estamos mais entrosados que antes. Temos grandes adversários dentro do torneio, mas temos muitas condições de enfrentar todos de igual para igual e ir com tudo rumo ao ouro”.

Robson em ação pela Atlética de Comunicação e Artes da UFRJ (Foto: LUCA/OBL)

Também falando sobre o JUCS, que começará em menos de um mês, Felipe Mittelman foi mais sucinto: “Expectativa para o JUCS é fazer um jogo duro nas semifinais contra a PUC e, passando, pegar a ESPM na busca do título inédito”.

Relação de jogadores para o JUCS:

César Barbosa — ala

Eduardo Deriquehem — armador

Felipe Backx — armador

Felipe Mittelman — ala/ala-pivô

João Marcelo Minhava — pivô

Matheus Araújo — ala

Matheus de Freitas — ala/ala-pivô

Matheus Meyohas — armador/ala-armador

Petros Pereira — ala-armador/ala

Ricardo Júnior — ala

Robson Hansen — pivô

Rodrigo Athayde — ala-armador/ala-pivô

Técnico: Vinnícius “Brigadeiro” Ferreira.

Prováveis escalações titulares de ambos times de basquete para o JUCS 2018 (Foto: João Vítor Castanheira)

AS REGRAS

Em competições universitárias, temos algumas diferenças nas regras do esportes em relação aos torneios tradicionais. Pra ninguém ficar perdido, listamos abaixo todas as particularidades do basquete no JUCS, em tópicos:

  • Um jogo é composto de quatro tempos de dez minutos, com cronômetro paralisado para disputa de lance livre, tempo técnico ou quando solicitado pelo árbitro;
  • O minuto final de cada tempo e os três últimos minutos do quarto tempo são obrigatoriamente cronometrados;
  • Caso o jogo termine empatado, haverá uma prorrogação de cinco minutos. Se a prorrogação também terminar com igualdade no placar, haverá mais cinco minutos de jogo (quantas vezes forem necessárias) até que se defina um vencedor;
  • Cada delegação tem direito de inscrever até 12 atletas por jogo;
  • Na final, o último tempo é todo cronometrado;
  • Entre o 1º e 2º tempos e 3º e 4º tempos, o intervalo é de um minuto. Já entre o 2º e o 3º tempos, o intervalo é de dez minutos.

Daqui a 24 dias, o basquete feminino enfrenta a Veiga-Tijuca, pelas oitavas de final. Enquanto isso, o masculino joga contra a IBMR, já pelas quartas. Ambos os jogos serão no Colégio Santos Anjos, e contamos com todos vocês para pintar o ginásio de laranja e preto, cantando, pulando e torcendo junto com o Bruce até o fim. Afinal, vocês são UFRJ e nunca param!

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Felipe Angelicci
blogdobruce

Estudante de Jornalismo na UFRJ. Escrevendo sobre qualquer assunto que mova meu coração.