Resumo JUCS: no primeiro dia de torneio, muitos jogos, vitórias da ComArtes UFRJ e emoções à flor da pele

Felipe Angelicci
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8 min readJun 12, 2018
(Foto: Joaquim Lima)

Os Jogos Universitários de Comunicação Social (JUCS) de 2018 chegaram ao fim e, junto ao seu término, vem a famosa depressão pós-JUCS: um mix de saudade, cansaço e músicas da bateria que teimam em não sair da cabeça.

Para melhorar (ou piorar) a nostalgia que já aflige o coração dos Tubarões que estavam presentes em Vassouras — ou, aos que não foram, mostrar o que perderam — faremos no Blog do Bruce o Resumo JUCS, um apanhado dos acontecimentos mais marcantes, separando-os nos quatro dias do feriado em que o evento aconteceu. Hoje nós contaremos tudo que rolou na quinta-feira, primeiro dia dos Jogos.

Futebol de Campo

Logo as 10:30 da manhã, quando todos ainda estavam entrando no clima de Vassouras, já veio uma das partidas mais duras da primeira fase da Comunicação e Artes UFRJ: ESPM, pelo futebol de campo. O jogo, além de ser tratado como final antecipada pelos atletas, tinha um tom de revanche, pois os estudantes da Rosário haviam eliminado o time da Federal na semifinal da edição do ano passado, na disputa de pênaltis.

O começo foi dramático. Os rivais saíram na frente com menos de um minuto, logo no primeiro lance da partida. Apesar do início inesperado, a equipe russo-negra não abaixou a cabeça e manteve um volume muito maior durante o primeiro tempo, e conseguiu o empate.

Angelicci comemorando o gol de empate da partida. (Foto: Joaquim Lima)

Na segunda metade o roteiro se manteve: mais pressão dos tubarões que resultou no gol da virada e a explosão da torcida e do time, que sabiam que a vaga para as semifinais estava bem encaminhada. O resultado, porém, era perigoso, e o jogo estava em aberto. Até que, praticamente no último lance, Lucas Malafaia converteu um pênalti sofrido por ele mesmo, e garantiu de vez a passagem para a próxima fase, e a expulsão de um fantasma que assombrava o time há um ano.

Os destaques da partida foram o meia Felipe Angelicci, que marcou os dois primeiros gols da vitória, e o zagueiro Pepe que teve, de acordo com o técnico Diogo Durão, “o menor índice de erro e um nível de atenção elevadíssimo”.

Handebol Feminino

Na sequência, a torcida rumou para o Sombrão, onde estava para começar o jogo do handebol feminino contra a UFF. Assim como no futebol, essa partida também tinha uma certa rivalidade, pois os times já se enfrentaram diversas vezes no passado, com uma eliminação sofrida em 2015 na disputa de tiros de sete metros, após empate no tempo regulamentar. Por esse motivo e pela busca do tricampeonato — que tornaria a equipe mais vitoriosa da atlética, ao lado do basquete feminino — as atletas entraram determinadas a vencer as rivais, que eram tidas como uma das mais fortes do torneio. E assim fizeram.

Atletas do Handebol festejando a primeira vitória no JUCS 2018. (Foto: Joaquim Lima)

Se mantendo na frente do placar o tempo todo e impondo respeito, as guerreiras terminaram com a pontuação favorável de 12 a 7. A ponta esquerda Isabella Reis falou sobre o lado bom de estrear contra uma das equipes favoritas ao título: “O positivo desse jogo foi estrear já alerta, porque normalmente sempre pegamos times mais fracos e relaxamos”. O destaque da disputa foi a central Hellen Guimarães, que liderou as ações ofensivas e se desdobrou na defesa.

Futsal Feminino

Também no Sombrão, o futsal feminino deu início a tríade de jogos consecutivos contra a Unicarioca que ocorreria na quinta. Embaladas por bons resultados anteriores, as guerreiras mostraram, assim como o handebol, que o feminino é foda, e aplicaram uma goleada histórica de 7 a 1.

Manuella comemorando um de seus gols contra a Unicarioca. (Foto: Joaquim Lima)

A partida inteira foi controlada e o ritmo foi ditado o tempo todo pelo time da UFRJ, que ganhou muita confiança para a rodada seguinte. O destaque do confronto foi a capitã Manuela Portella, que fez 3 gols e liderou a goleada da equipe laranja e preto.

Handebol Masculino

No embalo das duas vitórias consecutivas, a torcida se manteve no Sombrão para o segundo jogo seguido contra a Unicarioca. O grupo do handebol masculino não havia se preparado para o JUCS da forma que havia planejado, por causa da ausência constante de diversos jogadores importantes. Mesmo com esse empecilho, e com a alta qualidade da equipe adversária, a partida foi muito equilibrada.

Bernardo vibrando com a torcida Tubarão. (Foto: Joaquim Lima)

O jogo foi disputado gol a gol o tempo todo. No segundo tempo houve uma melhora no time da Maior do Brasil, quando o pivô Bernardo Abreu, que havia sido substituído no primeiro tempo com o ombro fora do lugar — mas que se recuperou no intervalo — , fez uma marcação individual no melhor jogador adversário. Mesmo com a evolução, a partida continuou muito igual, sendo decidida apenas no fim, com o placar de 21 a 18 para a Unicarioca. Bernardo foi o destaque, de acordo com o treinador Bruno Mendonça: “Comprometimento, superação, precisão e muita aplicação defensiva. Esse é o resumo do jogo dele. O mais completo no jogo”, elogiou.

Vôlei Masculino

Três horas depois, a Federal foi para o Country Club enfrentar a Unicarioca pela terceira vez seguida no dia, o que tornava o confronto mais dramático e tenso. A equipe do Pica-Pau é composta por diversos jogadores que participam do time geral da faculdade — elenco que une todos os cursos — e, por isso, é muito qualificada. A partida foi, como já era de se esperar, equilibrada, sendo decidida somente no tie break (terceiro set de desempate). Nele, os novatos na primeira divisão do JUCS levaram a melhor por 16 a 14.

Thiago Patrick, levantador do time, comentou sobre a dificuldade do jogo: “Foi uma partida bastante complicada, onde as duas equipes oscilaram, e por isso o resultado terminou com um placar tão apertado”. Patrick também valorizou o trabalho do grupo durante o semestre, e se mostrou confiante em um futuro melhor.

Jogadores do vôlei masculino celebrando um ponto. (Foto: Joaquim Lima)

“Agora é olhar para frente. Nosso time termina esse semestre com um saldo positivo, e a percepção é de que temos um trabalho sólido e sendo construído para médio e longo prazo”, afirmou.

Apesar da atuação muito boa de todos, o levantador conseguiu apontar três destaques: “Gianluca, pela consistência no fundo da quadra, Eduardo, pela regularidade em todos os fundamentos e Cecílio, pelo saque, bloqueio e virada de bola”.

Basquete Feminino

Às 19:40 da noite, as maiores campeãs da história da atlética entraram em quadra. A adversária foi a Veiga de Almeida, pelas oitavas de final. Apesar do passado de títulos, o time do basquete feminino passou por uma grande reformulação neste ano, sendo o primeiro JUCS de quase todas as atletas. Mas elas conseguiram driblar a ansiedade da estreia e fizeram jus ao peso que suas camisas carregam, e fizeram um jogo muito equilibrado contra a UVA.

As atletas russo-negras mantiveram a dianteira no placar até o segundo quarto, quando a equipe fez algumas mudanças, e demorou para encaixar. Percebendo isso, a Veiga cresceu no jogo e começou a diminuir a diferença de pontos. Alana Lapa, ala-armadora da UFRJ, ressaltou o papel importante da torcida.

“A torcida fez uma diferença absurda no ânimo do time, porque, antes, era nós por nós mesmas e, naquela hora, olhar para o lado e ver um mar laranja e preto torcendo por nós dava um gás quando parecia não haver mais no corpo”.

Alana fazendo um arremesso na partida contra Veiga de Almeida. (Foto: Joaquim Lima)

A partida terminou com derrota por 16 a 14, mas Alana deixou claro que o revés não abalou o time.

“foi um misto de emoções… acho que a maior de todas foi orgulho. Não importava o placar, o time foi vitorioso pela trajetória que tinha feito até ali. […] A derrota deixou um gosto de ‘quero mais’ no time e é com isso que desde Vassouras já começamos nossos trabalhos. JUCS 2019 já é uma realidade e uma meta”.

O destaque da partida foi a armadora Marina Cardoso, cestinha da equipe na noite.

Basquete Masculino

A torcida se manteve no Colégio Santos Anjos, local do jogo anterior, para a partida do basquete masculino, que seria contra a IBMR. A expectativa era de ganhar o jogo, já pensando na fase seguinte da competição, e isso acabou atrapalhando. O time entrou muito bem, acertando os arremessos de fora e abrindo vantagem, mas relaxou com a diferença de pontos e perdeu a concentração, e viu essa diferença diminuir aos poucos.

Apesar disso, a equipe acabou vencendo o confronto por 33 a 27. Mesmo com o êxito, Matheus Meyohas, ala-armador da Federal, não escondeu seu descontentamento com a atuação.

Jogadores do basquete masculino no grito de guerra. (Foto: Joaquim Lima)

“O jogo foi péssimo da nossa parte, mas conseguimos o resultado, que era o mais importante no dia. […] Não perdemos em hora nenhuma a liderança, mas vacilamos e precisamos de equilíbrio para recuperar a confiança no segundo tempo e voltar a ditar o ritmo do jogo”, contou Matheus.

O destaque da partida, na opinião de Matheus, foi o armador Felipe Backx, que “jogou com muita disposição no ataque e na defesa, e comandou a equipe”.

Futsal Masculino

No último jogo da noite, o futsal masculino entrou em quadra contra a Veiga de Almeida. O confronto, que foi marcado por muita disposição e entrega física do grupo da UFRJ, terminou empatado em 2 a 2, após os Reis da PV ao Fundão estarem atrás no placar por dois gols de diferença. Na disputa de pênaltis, a Veiga saiu vitoriosa e passou para a fase seguinte. O destaque da noite foi o beque Felipe Angelicci, que se doou o jogo todo em uma marcação individual no melhor jogador do time rival.

O grande acontecimento do jogo, porém, não foi nenhum dos gols, tampouco as penalidades convertidas — mas uma não marcada, no tempo regulamentar. Faltando menos de dois minutos para o término da partida, em uma bola cruzada na área da UVA, um dos atletas tentou impedir a trajetória da bola e claramente usou o braço.

Atletas do futsal masculino em corrente no momento da cobrança de pênaltis. (Foto: Joaquim Lima)

O lance, claro, gerou revolta em todos no ginásio. Uma torcedora gravou a jogada em seu celular, e o time, junto ao treinador Diogo Durão mostraram para o árbitro após a fim da partida, que continuou afirmando o erro, o que causou uma ira ainda maior em todos os apoiadores do Bruce que estavam presentes no Sombrão. A confusão acabou em uma punição para a torcida do Tubarão, que não pôde comparecer ao Jiu-Jitsu, disputado na manhã do dia seguinte.

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Felipe Angelicci
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Estudante de Jornalismo na UFRJ. Escrevendo sobre qualquer assunto que mova meu coração.