‘TBT do TDO’: “Hora de lembrar do que uma Atlética é feita”, diz organizadora sobre a premiação

Maria Paula Dognani, diretora comercial da ComArtes UFRJ, abre o jogo sobre bastidores do Tubarão de Ouro, realizado em Agosto

João Vítor Castanheira
blogdobruce
4 min readSep 16, 2019

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Maria Paula (segunda da dir. p/ esq. agachada), e a equipe de produção do Tubarão de Ouro (Foto: Divulgação)

No último dia 15 de Agosto, foi realizada a segunda edição do Tubarão de Ouro — evento que premia os destaques da Atlética de Comunicação e Artes UFRJ no JUCS de cada temporada. E nesta semana, o Blog do Bruce inicia uma série de reportagens especiais sobre a cerimônia de 2019 e seus vencedores.

Para começar, falamos com quem faz o trabalho pesado e tira TBO do papel. Maria Paula Dognani, diretora comercial da ComArtes UFRJ, foi uma das responsáveis pela organização do evento, que reuniu mais de 60 pessoas na Red Bull House, na zona sul do Rio de Janeiro. A paulista de 21 anos destacou o que, para ela, é o significado primordial da cerimônia:

-É o momento de olhar para os atletas e mostrar para eles o quanto eles são importantes e do que uma atlética é feita. Claro, tem a delegação, tem os diretores, mas a essência dos jogos universitários é o esporte. É poder premiar nossos atletas por todo esforço. A gente sabe que não é fácil treinar quase de madrugada, acordar domingo e sábado de manhã, faltar a reuniões com família e amigos… Tudo para estar ali, por um propósito maior que é a Atlética.

No início de agosto, a ComArtes UFRJ passou por uma mudança de gestão. Manuella Schorchit, presidente pelos últimos dois anos, deu lugar a Renato Araújo no comando da agremiação. Houve ainda uma série de mudanças e despedidas a nível de diretoria. Este momento de transição, para Dognani, foi um dos principais desafios na organização do evento.

—Foi difícil, porque havia acabado de acontecer a mudança de gestão. Então, algumas pessoas da antiga gestão ainda continuaram na organização do Tubarão de Ouro. Além disso, ficamos em dúvida quanto a mudança de local e se as pessoas iriam. Estava meio em cima da hora. Essas foram as principais dificuldades: tempo, lugar e mudança de gestão — disse a diretora.

Evento foi realizado na Red Bull House, e teve uma série de prêmios para os indicados (Foto: Divulgação)

Blog do Bruce: A cerimônia do Tubarão de Ouro deu um grande salto de qualidade este ano. Isso foi planejado? Quais as mudanças foram capitais para o produto final apresentado, e como foram possíveis?

Maria Paula: Foi um evento organizado totalmente às pressas, cerca de 20 dias antes. E como é uma cerimônia em que sempre acreditamos muito, queríamos vê-la crescer e torná-la uma tradição. Este ano, quisemos brincar com a temática de ‘gala’. A mudança de local aconteceu, tanto por falta de horário no auditório da Escola de Comunicação, como por uma série de vantagens que teríamos na Red Bull House. A Ajala (ex-vice-presidente da ComArtes UFRJ e funcionária da Red Bull), entrou com uma série de parecias que fizeram valer a pena a mudança.

BB: O que você teria mudado na premiação?

MP: Eu teria começado a organizar o evento com mais antecedência, em meados de julho. Para que pudéssemos colocar mais brindes no kit do prêmio dos indicados, para não ter tanta dor de cabeça. Para que pudesse ficar tudo mais amarradinho. Teria adiantado para que pudéssemos ter colocado coisas mais legais, e tido mais tempo de divulgação. Também teria ajustado alguns critérios de premiação. As outras surpresas, a gente deixa para a próxima edição (risos).

BB: Houve críticas quanto ao dress code formal e à pompa da premiação, bem como em relação ao local, no bairro Jardim Botânico, que para alguns, é de difícil acesso via transporte público. Você acha que essas medidas podem afastar o estudante médio de uma universidade federal do evento e até da Atlética em si?

MP: A gente levantou esta questão internamente. Quisemos brincar com a situação do Oscar, fazer suspense, brincar com essa pompa. Não era obrigatório (o dress code), a intenção era mais mesclar a camisa laranja da Atlética com uma gravata, por exemplo. E o maior motivo de fazermos na Red Bull House foi pela dificuldade de conseguir um lugar no auditório da CPM (Central de Produção e Multimídia da Escola de Comunicação). Como estávamos em cima da hora, tivemos essa opção, e lá também conseguiríamos mais parecias, como para coffee break e outros custos. E o campus a Praia Vermelha, onde fica a ECO, também é um local de um acesso complicado fora do horário comercial. Então, acho que essas medidas não afastaram nosso público, mas sim, estamos pensando, para um próximo evento, em um lugar mais acessível, para que a gente não segregue a Atlética dos estudantes. Queremos que todos se sintam muito confortáveis de ir.

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João Vítor Castanheira
blogdobruce

Jornalista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Editor de conteúdo do portal ENM. Ex-Lance!.