Problemas de autoestima? O app Cíngulo promete fazer você se sentir melhor

O aplicativo usa técnicas de autoterapia para melhorar a autoestima dos usuários

Você também pesquisa aplicativos novos para baixar quando sente um vazio existencial repentino? Pois eu sim. E foi numa dessas que descobri o Cíngulo, um aplicativo brasileiro — encabeçado pelos psiquiatras e pesquisadores Diogo Lara e Gustavo Ottoni — que promete melhorar sua autoestima com técnicas de autoterapia.

Nunca ouviu falar de autoterapia? Lá vai um resumo:

Como o próprio nome indica, a autoterapia nada mais é do que a busca pessoal pela cura. Na autoterapia, você se torna seu principal terapeuta. Isto é, através de métodos desenvolvidos por profissionais altamente qualificados, é possível ter consciência dos próprios problemas, quais são as suas causas e encontrar formas de encontrar a cura.

O Google Play me recomendou o app como se soubesse o meu estado de espírito no momento, e mesmo estando um pouco assustado por perceber que o Google sabe até como estou me sentindo, resolvi testar.

Grata surpresa, viu?

O Cíngulo tem uma interface bonita e simples, de um todo intuitiva, que ajuda bastante na experiência. E através de técnicas de autoterapia, que incluem textos curtos, videos e áudios, propõe alguns minutos de reflexão para uma jornada de autoconhecimento. É estranho no início, mas se você mantém a cabeça aberta a coisa engrena.

O app funciona através de sessões curtas que vão sendo liberadas diariamente. Ou seja: é como uma terapia, mas sem terapeuta.

A autoterapia é uma técnica indicada para quem tem problemas leves a serem resolvidos, por isso o Cíngulo não se vende como uma plataforma de terapia. Pelo contrário. É mais uma jornada de autoconhecimento, na qual você vai investigar sozinho as razões para se sentir como se sente.

Tem um pouco de meditação, um pouco de psicoterapia e um pouco de autoajuda. Tudo junto. Mas o resultado final é interessante.

"O estudo Megacity em São Paulo mostra que cerca de 30% da população tem um transtorno psiquiátrico crônico. Somente 14% desses recebem algum tipo de tratamento e sabe-se, ainda, que cerca de 50% dos prejuízos na saúde das pessoas entre 15 e 50 anos se deve a problemas comportamentais-emocionais. Diante desse cenário os psiquiatras e pesquisadores Diogo Lara e Gustavo Ottoni criaram o aplicativo Cíngulo." Leia mais aqui.

A metodologia do Cíngulo foca na autoestima, dividindo os problemas relacionados a ela em algumas categorias.

Dessa forma, aprendemos que a autoestima baixa é diferente da autoestima frágil, e que o importante não é ter uma autoestima altíssima e sim uma autoestima forte — ou seja, sentir-se bem consigo mesmo e não deixar que fatores externos afetem tanto seu estado de espírito.

No fim das contas, tudo se resume a ter autoconhecimento para desenvolver mais a inteligência emocional. É bem interessante, mas não substitui uma boa terapia, tá?

Mas como é que o Cíngulo funciona afinal de contas?

A metodologia é bem simples. As sessões funcionam como uma aula de ensino a distância. É bem interativo e prático. Cada sessão dura em média uns dez minutos.

Fiz apenas uma sessão e foi bem interessante. Através de vídeos e textos curtos, a gente vai compreendendo os fundamentos da autoestima e a importância de outras questões, como autoaceitação e autoconhecimento.

De vez em quando, surgem uns questionários pra gente responder e áudios com exercícios práticos que lembram muito uma sessão de meditação.

Ao final da sessão, recebemos uma avaliação de como está nosso estado emocional — com indicações dos pontos fortes e fracos da nossa personalidade.

É eficiente no sentido de que conseguimos tirar um tempo para a reflexão — e a sensação é sempre boa quando saímos de uma egotrip guiada.

O Cíngulo está disponível para iOS e Android. E atualizações futuras prometem duas funcionalidades interessantíssimas: um botão de SOS e um diário emocional. Como funcionam? Só descobrindo.

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