O despertar dos hábitos adormecidos

Caio Blumer
Blumerangue
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2 min readDec 15, 2016

Ao iniciar o mês que finda 2016 surge a oportunidade de aproveitar de antigos hábitos que acabam trazendo à luz outros bons hábitos que, por mais que adormeçam, como andar de bicicleta, jamais se perdem a prática.

Graças à você, Dezembro, e a chegada dos breves dias que permitem — ou quase forçam — um momento para o repouso e a nostalgia.

Um repouso de reuniões urgentes, emails, mensagens instantâneas que te coloca frente a livros, músicas, pessoas e hábitos gostosos, que por hora adormeceram ao sonífero expelido bem na nossa cara pelo cansaço da “correria” e de um dia-a-dia que nos atropela a vida.

Me reparo à janela que chove, a uma música que faz o fundo e uma crônica que dá saudade. Veríssimo é genial.

Saudade daquele tempo — ah, que tempo… — em que eu consumia muito menos atualizações de status e muito mais histórias contadas de pontos de vista crônicos. De humor, de histórias de vida, de observações sobre o dia-a-dia das quais eu ria e filosofava mas que agora eu já fazia também parte.

Será que alguém também ria da minha própria crônica agora? (Emoji com carinha pensativa aqui).

O hábito de ler crônicas, como gatilho automático, dispara o hábito de pensar em um formato de textos característicos: as palavras já se re-arranjam na cabeça, como quem só esperava os dedos se posicionarem sobre as teclas.

É como andar de bicicleta mesmo!

E aí o ímpeto é simples. Por instantes se esquece alguns problemas, se deixa de ser midiático, gráfico e volta-se a ser apenas e fundamentalmente letras.

Volto a ver palavras como vejo — de vez em quando, quando há tempo — as flores nos canteiros das avenidas que, graças a Deus e aos jardineiros da prefeitura, não deixaram o ano todo de florir pra quem tem dois minutinhos parado no semáforo.

Se eu pudesse te dar uma sugestão, essa sugestão seria aproveitar esses dias. 5, 10 ou 20. Dê uma chance para aquele belo hábito despertar um novo grande hábito adormecido e, quem sabe, não tenhamos um ano novo ainda mais saudável mentalmente, espiritualmente e literariamente.

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Caio Blumer
Blumerangue

Eu escrevo pra aprender e aprendo pra escrever. Um redator que desenha e vice-versa. Do #Blumerangue. Branding Analyst & Copywriter @CI&T