O famoso “estou muito velho pra isso”. Será?

Existe uma história de dois caras, ambos muito bem sucedidos, mas que até há pouco foram um tanto desacreditados. O mais legal é que dá pra acompanhar, pois essa história ainda está sendo escrita.

Esses dois caras já estiveram no auge de suas carreiras, no auge do reconhecimento, dos recordes, das premiações, dos rankings.

Um é clássico, estiloso, leve, inteligente — considerado o gênio de sua arte em seu tempo.

O outro é firme, feroz, inabalável, incansável lutador — o algoz do gênio, o kriptonita e o outro lado também genial de uma disputa histórica.

Mas ultimamente, alguns fatores e acontecimentos os mantiveram ali, com aparições discretas em suas áreas, com pequenos atos que brilhavam, mas não se destacavam. A maioria já os descartava de figurar novamente entre o alto nível de disputa.

Um já nos seus 35 anos, que para sua área de atuação beira a “aposentadoria”. O outro, com 30 anos e uma sequência de problemas físicos talvez não estivesse mais em condições.

Mas a genialidade tem como pré requisito a paixão, a dedicação, a fé em si mesmo e no que se conhece de seu próprio potencial.

Roger Federer e Rafael Nadal estão indo para mais uma final de Grand Slam (4 torneios mais importantes do calendário do tênis) juntos.

Domingo eles jogam pela final do Aberto da Austrália e, que honra, posso assistir mais um ato histórico de um esporte — aliás, que curiosamente foi um berço para o Coaching.

Com uma jornada impecável de batalhas no torneio, a historinha de “já foi sua época” deu lugar a bocas abertas.

E a pergunta que fica com essa história de 2 heróis de si mesmos é: será mesmo que não há tempo pra você? Será que já foi? Ou será que ainda há grandes coisas por vir, desde que haja paixão, conhecimento, preparo e fé suficientes?

A idade, amigos, é só um número — dependendo do que você fez com o seu tempo, até agora.