O mais inteligente
Você já deve ter ouvido a frase “se você for o/a mais inteligente da mesa, você está na mesa errada”.
Também já deve ter ouvido o conselho: “jamais confie que você é o/a mais inteligente da sala”.
Controversos os conselhos?
Eu já acho que eles são complementares.
Se nós tivemos a sorte de nascer e crescer em ambientes (desafiadores ou propícios) para desenvolver a nossa inteligência e ainda continuarmos a desenvolvendo, uau, agradeça, que benção!
A questão é que às vezes, ao invés de agradecer e aproveitar a chance não só pra nós, mas para desenvolver o mundo ao nosso redor, a gente para.
A gente para porque acha que não é bom o suficiente, porque sempre tem alguém melhor.
A gente para também porque acha que já sabe tudo, e que nada pode nos superar.
E aí vem a vida, que é professora em tudo que nos traz.
Ela vem e mostra que a gente ainda não sabe nada.
E ela também dá os sinais de que o mundo ao nosso redor precisa do que já sabemos e da inteligência que já desenvolvemos.
Quais são as inteligências que você tem deixado de lado porque, ou “já sabe tudo” ou “não manja é nada”?
É uma inteligência criativa? É uma inteligência artística? Uma inteligência social? Ou uma matemática? Uma lógica? Uma gastronômica?
O autoconhecimento não é algo que nos coloca num pedestal.
Nem algo que nos coloca debaixo do tapete (já diria a passagem bíblica que “não se ascende uma lamparina pra se colocar debaixo de uma cesta”).
O autoconhecimento está aí pra gente se colocar no lugar em que estamos agora, sabendo de tudo que sabemos e do que ainda podemos aprender.
Tenha consciência de quem você é, sabendo que sempre haverá alguém mais inteligente que você e outros menos.
É quando temos essa consciência que a gente pode brilhar sendo a gente, sem se deixar apagar pelo “se achismo” ou pelo “se apequenar”.
O outro é apenas o outro, do jeito do outro, com as inteligências dele e com suas dificuldades também.
Como saber em que ponto você está? Experimente. Observe. Experimente. Observe. Esteja aberto.
Experimente.