O que o discurso da Taylor Swift no Grammy vai te ensinar sobre liderança.

Eu sou fã incondicional de música — faço tudo ouvindo música, de trabalhar até lavar louça — por isso fico de olho no Grammy todo ano. E esse ano foi demais, não só musicalmente, mas Taylor Swift detonou no discurso de recebimento do prêmio, uma lição de liderança.

Uma atitude que mudou o tom da conversa e passou ela de “vítima” a líder, a inspiração para uma categoria. Que responsabilidade, heim?

Um pouco da história desse discurso

Uma geral sobre historinha toda pré-discurso e o motivo dele ter se espalhado tanto na mídia — além de ter sido uma aula — que apareceu desde Inc e Forbes até no The New York Times.

Lá em 2009 Taylor ganhou um prêmio como melhor vídeo de sua categoria no VMA (premiação da MTV para os melhores vídeos do ano) e nosso amigo Kanye West entregou o prêmio e — na maior falta de noção — soltou: “Taylor, vou deixar você terminar de falar, mas a Beyoncé fez um dos melhores vídeos de todos os tempos, um dos melhores vídeos de todos os tempos”, e saiu fora. Estragou o momento da moça. Desnecessário.

Vindo rapidamente para 2016, no seu novo álbum nosso amigo incluiu uma música chamada “Famous” em que faz referências bem — BEM — impróprias à Taylor, assumindo-se ainda grande responsável pelo sucesso da moça. Pela segunda vez o cara levou a cantora a público em uma polêmica um tanto… babaca.

A sabedoria de Taylor Swift.

Na semana que precedeu o Grammy, todo mundo comentava sobre a resposta ou não da Taylor à música que a citava, mas ela, querido leitor e leitora, ah, ela foi muito maior do que apenas uma resposta.

Uma informação mercadológica importante: Taylor foi a única mulher a conquistar 2 vezes o Grammy de melhor álbum do ano. Citando isso ela discursou:

“Jovens mulheres aí fora, vão haver pessoas ao longo do caminho que vão tentar minar seu sucesso ou levar o crédito por suas realizações ou a sua fama.

Se você se concentrar apenas no trabalho e não deixar que essas pessoas desviem você, algum dia, quando você chegar onde você está indo, você vai olhar em volta e vai saber que foi você e as pessoas que você ama que o colocaram lá e será a melhor sensação do mundo.”

Foi simplesmente uma aula de como superar os ruídos, destemperos e tentativas de ruptura criadas no mercado aí a fora (entre empresas ou até dentro de empresas) — o que funciona também para os ruídos dentro de um relacionamento interpessoal.

A Taylor mudou o tom da conversa, tomou a rédia e no lugar da “vítima” ela assumiu o papel da líder, do lado maduro da história. Num pequeno discurso, olha quanta coisa:

• - Comunicação assertiva ao não dar voz à fofoca (como bem disse a reportagem na Inc., dar voz à fofoca é fazer ela se tornar cada vez mais real);
• - Senso de tempo atual quando reconhece sua conquista presente e trazendo para ela própria o papel de quem lidera e pode inspirar nesse momento;
• - Atitude centrada quando coloca todo um time e seu amor pelo trabalho realizado dentro da conquista, inspirando a galera lá fora, mais uma vez sem dar ibope ao mimimi;
• - Metas e realidade: ela não iludiu ninguém, falou do trabalho duro, percalços e do tempo que leva, mas com objetivo e direção, todo trabalho pode dar resultados incríveis.

A conversa precisa ser mantida em torno da missão da sua marca, ou do seu objetivo pessoal/profissional, de qual o propósito disso tudo.

O foco de toda ação ou conversa é esse desenvolvimento, ou seja, independente do ruído criado no meio do caminho, da dificuldade que você enfrenta, quando você lembra as pessoas — ou clientes — do propósito pelo qual você existe e está ali trabalhando, o papel de liderança se desenha cada vez mais claro e nítido.

Obrigado pelo ensinamento Taylor, que coloquemos ele em prática. Trabalho duro sem margem para alimentar o mimimi.

Abaixo você pode conferir o vídeo com o discurso da Taylor Swift (em inglês):