Boletim do Meteoro #3

Eduardo Nasi
Boletim do Meteoro
Published in
14 min readMay 25, 2020

Oi.

O Boletim do Meteoro está disponível por e-mail. Assinaturas são de graça e podem ser feitas aqui.

Semana passada, eu disse que ia postar aqui no Medium sempre com algum prejuízo para os não-assinantes, cortando partes inteiras. Mas esta semana publico aqui com atraso, mas na íntegra, para que dois amigos possam lê-lo.

Enfim, o Boletim do Meteoro vai longe nesta edição. Escrevi mais do que deveria, em muitos sentidos.

Então vamos logo para os filmes desta semana.

Na segunda — A história de uma criança com fome, de SJ Clarkson (Prime Video)

Quando vi pela primeira vez, há uns anos, esse filme se chamava Toast. Não era uma obra-prima, mas lembro que assisti com alguma simpatia. É a história do menino que viria a se tornar o chef Nigel Slater e de sua mãe, que não sabia cozinhar.

Na terça — Estou me guardando para quando o Carnaval chegar, de Marcelo Gomes (Netflix)

Trago esse documentário aqui pro boletim porque ele é mostra uma relação entre consumo e aproveitar a vida. São dois temas que estão amornados durante a pandemia, e que ao mesmo tempo são dilemas quando pensamos em uma futura retomada. Uma retomada da vida é ligada a uma retomada de consumo? Não sei e duvido que alguém possa bater o martelo. Estamos nos guardando para quando o Carnaval chegar? Haverá um Carnaval? Como será?

O filme de Marcelo Gomes mostra a intensa e incrível produção de jeans na cidade de Toritama, em Pernambuco. Lá, num mundo pré-pandemia, a população passava o ano produzindo jeans e comprando bens. Quando chegava o Carnaval, os caras vendiam tudo o que tinham acumulado no ano anterior para aproveitar a festa.

Na quarta — Guava Island, de Hiro Murai (Prime Video)

Como provavelmente vocês veem muito mais séries do que eu, fico até constrangido de entrar no assunto. Mas sou um grande entusiasta de Atlanta. Acho genial.

Também vejo com muita simpatia aqueles filmes que faziam antigamente para lançar álbuns, tipo filme do Elvis ou dos Beatles.

Acho que por isso que já vi três vezes esse Guava Island. Feito pela mesma turma de Atlanta, e mais a Rihanna no papel de mocinha, esse filme me deixa feliz no final. Não é um filme com a trilha de Donald Glover / Childish Gambino. A música é protagonista. É filme e é disco ao mesmo tempo.

Na quinta — Pais e filhos, de Hirokazu Koreeda (Globoplay)

Um arquiteto bem-sucedido é obcecado em dar todos os recursos para que seu filho seja tão brilhante quanto ele. E de repente chega a notícia de que o menino foi trocado na maternidade, que o filho verdadeiro é outro, criado por um dono de ferragem que prefere o afeto ao sucesso. E aí surgem mil questões sobre família, paternidade, legado, sangue… Mesmo que a gente não seja protagonista de uma troca de bebês, a gente inexoravelmente tem uma família, e tudo isso está em jogo.

Na sexta — Meu amigo hindu, de Hector Babenco (SP Cine Play)

O último filme de Hector Babenco é sobre morte e sobre aceitar a morte. É lindo. Vimos no cinema, com um grupo mais ou menos grande de amigos, e todos saímos tocados. São essas coisas que não temos mais como fazer.

Dá até um receio de rever. Talvez esse filme tenha muito mais a nos dizer agora do que quando a morte não rondava tão perto.

No sábado (à tarde, com filhos) — As grandes aventuras de Pee-Wee, de Tim Burton (HBO Go)

Antes de Beetlejuice, antes de Batman, antes das filas do MoMA, antes de muita gente torcer o nariz para ele, este é o primeiro longa-metragem de Tim Burton.

O filme é derivado do programa infantil americano de Pee-Wee Herman, personagem do comediante Paul Reubens. Eu gosto muito de Tim Burton, mas levei anos para ver este filme. Diziam que era meio bobo. E era meio difícil de achar. Depois que Reubens foi preso por se masturbar em um cinema pornô no começo dos anos 90, esse filme meio que desapareceu junto com o personagem.

Recentemente encontrei esse filme na HBO Go. É gracioso, inteligente, sofisticado e muito engraçado. Claro que é um Tim Burton à serviço de Pee-Wee, mas há uma interseção muito forte entre os dois universos, e é curioso imaginar quanto de Pee-Wee permeou o universo de Burton e vice-versa.
A propósito: o tempo parece ter redimido Reubens, e há as séries antigas e um novo filme de seu personagem apareceram há uns anos na Netflix. Esses eu não vi, mas é uma dica para quem quiser seguir essa trilha. Depois de ver o filme, fiquei tentado.

No domingo — Os catadores e eu, de Agnès Varda (Mubi)

Outro dia um amigo querido lamentou ter conhecido Agnès Varda tão tarde, depois de sua morte, no ano passado. Seu primeiro filme dela foi o último: Varda by Agnés, que é uma grande aula de cinema e de vida. Está nos iTunes da vida, para venda.

Os catadores e eu é um documentário tocante sobre pessoas que se alimentam com restos de comida — de feira, de restos de colheitas jogadas na beira de estradas francesas. Parece que ele faz mais sentido a cada dia. Digo mais: parece que esse filme de 2000 ainda segue à frente não de seu tempo, mas também do nosso. Varda era uma visionária no sentido mais literal da palavra.

***

Mubi liberou o acervo

O Mubi é minha plataforma de filmes do coração, e ainda assim era difícil para indicar pros leitores do Boletim do Meteoro. Tinha filme novo todo dia, mas eles só ficavam por 30 dias, e eu sempre correndo atrás para ver, nem vinham conseguindo assistir a tempo de indicar.

Agora tudo mudou.

O Mubi lançou seu Acervo, uma seção do site em que inúmeros filmes que tinham ido embora estão disponíveis. Alguns deles eu tinha recomendado aqui sem saber como vocês iriam ver, como One shot of the dead. Disse pra vocês se virarem. Não precisa mais.

Alguns dos meus filmes favoritos da vida estão na lista, como Reminiscências de uma viagem à Lituânia, do Jonas Mekas, e Jules e Jim, de Truffaut. Paterson, que é uma preciosidade recente do Jim Jarmusch, também está lá.

No PS, lá no fim do boletim, acrescentei outros filmes que devo comentar aqui nas próximas semanas.

Ainda não sei como vai funcionar no dia a dia, mas a princípio parece que muitos dos filmes não vão sumir após 30 dias, e sim ir pra esse belo acervo. De qualquer forma, a coisa está em construção. Por enquanto, o acervo está disponível só no site para computador. Deve chegar em breve nos apps de celular e tablet e, por fim, nos apps de TV.

Por tudo isso, mais que nunca, vale o aviso: se você assinar o Mubi por esse link, você ganha um mês grátis (e eu também).

***

Afinal, que filmes são esses?

Fico me perguntando que filmes são esses que estou listando toda semana. Com os de hoje já são 21. Nem todos são incríveis ou estão na minha lista de filmes favoritos. Alguns, como Barry Lyndon, são obviamente grandiosos e clássicos. Mas é importante que você veja o Pee-Wee de Tim Burton? Não sei.

Já falei nas edições anteriores que estamos lidando aqui com o algoritmo dos streamings. Não acho que possamos dar um baile nos algoritmos. Mas talvez seja possível sugerir que as pessoas saiam dos itens que estão na primeira tela das plataformas, onde estão os tais dos “filmes recomendados”, seja uma forma de tirar o algoritmo para dançar.

Os filmes que estou selecionando são filmes de que eu gosto e que de alguma forma me surpreendem por estarem nas plataformas. Quando os vejo por lá, normalmente escondidos, me dá uma esperança de que a gente possa aumentar o repertório das pessoas, e que o novo filme do Carax possa ser tao aguardado e discutido quanto o próximo Homem-Aranha, e que passe numa sala Imax em 8K.

Tudo isso soa meio delirante enquanto estamos tentando passar por essa pandemia e a ideia de que voltaremos a ir ao cinema é, na prática, mero wishful thinking. Sei lá se cinema fica de pé durante uma crise econômica tendo que pagar aluguéis caros, mas só podendo vender 50% das poltronas, e quando talvez as pessoas não estejam a fim de sentar e esperar o filme pagando R$ 8 num cafezinho.

Se eu tivesse um cinema, não sei se todos esses filmes que indico entrariam na minha programação, não. Se eu tivesse um cinema e ele não precisasse se pagar, talvez eu optasse por filmes ainda mais radicais. Se eu tivesse que vender ingressos para pagar os funcionários depois de uma crise, talvez eu incluísse alguns blockbusters. O contexto muda os filmes que consideramos importantes. E talvez nós tenhamos que aceitar que os filmes do Boletim do Meteoro são os filmes que cabem aqui, que vão se moldando a estes tempos, que tensionam o nosso estranho presente, filtrados por um Eduardo Nasi bem mais socialmente isolado do que já era.

***

Espero que estejam todos bem, e que as pessoas próximas de vocês também.

A crise só aumenta, e as notícias ruins não param de chegar.

Talvez os leitores pensem que só estou pensando em filmes. Talvez parafraseiem o Luis Fernando Verissimo e se perguntem: “filmes numa hora dessas?”.

Tenho pra mim que só falo, escrevo e penso na pandemia.

Esta semana, me caiu uma ficha. Não sou economista nem faço futurologia. O que escrevo a seguir é mera especulação, com mais perguntas que respostas. Talvez seja um começo de conversa. Espero que pessoas interessantes possam me responder e consigamos chegar a uma conclusão. Ou esperar pra ver.

Enfim, vamos lá:

Quais as consequências da crise no mercado imobiliário?

Falamos aqui sobre filmes com os cinemas estão fechados. Estamos em casa. Nossa TV dá conta de exibir todos os filmes que queremos ver. Lá fora, na rua, estão os cinemas. Fechados. Estão pagando aluguel? Quando vão reabrir? Quando reabrirem, quantas pessoas poderão frequentar as sessões? Isso paga a conta do aluguel? Ou o aluguel terá que baixar? Os proprietários vão topar a redução?

Não faço ideia.

Imagino em um restaurante qualquer aqui nos Jardins, em São Paulo. Muitos deles amontoam mesas pra fazer valer os metros quadrados caros. Ou cobram contas altas para pagar o aluguel. Daqui para frente, essas mesas terão que ficar afastadas.

Antes da crise, fomos ao magnífico Tortoni, uns quarteirões aqui de casa. Ficamos em um salão no fundo, em que uma traquitana arquitetônica fechou um pequeno pátio e o transformou bom para pôr umas quatro ou cinco mesas. Talvez caibam duas ou três mesas ali. Como fecha essa conta? Fecha?

Faz séculos que a posse da terra é um elemento-chave da economia. Quem tem terra tem dinheiro e poder. Lembro que esse é um argumento forte no livro do Piketty, O Capital no Século XXI, mas imagino que leitores mais frequentes de economia me digam que essa é uma ideia meio básica da área.

No curto prazo, pelo menos, a terra vale o que ela produz. No longo, claro, a coisa tende a ganhar fôlego de novo. Tende, mas voltaremos a isso.

Se um restaurateur escolhe alugar um salão, ele calcula quanto aquele salão e quanto a cozinha vão render. Todos esses cálculos, no mundo inteiro, terão que ser refeitos, me parece.

Se tudo isso que eu disse acima faz sentido, então vamos considerar que um fator central na geração de riqueza, inclusive de bancos e do mercado financeiro, sofrerá alterações profundas nos próximos meses. Aluguéis e preços de imóveis terão que ser revistos, não só porque a realidade mudou momentaneamente, mas porque escritórios estão vendo que podem trocar lajes caríssimas por um batalhão de gente em home office permanentemente.

Uma loja aqui ao lado de casa instalou um balcão na porta. Vende tudo no balcão. A loja bonitinha é um adendo custoso, um luxo. Poderia ser só um depósito. Muitas lojas poderiam ser só um depósito, e entregar em casa. Ou funcionar na rua, como aqueles cafés curitibanos da The Coffee.

Só que mudar todos esses modelos não é uma conversão simples.

Outro dia ouvi um especialista em restaurantes falar em um episódio do The Food Programme, podcast da BBC. Ele dizia que um restaurante de salão dificilmente se transforma em um restaurante de delivery. Os custos, o modelo de negócio, até mesmo os pratos são outros. Então muita coisa tem que se transformar para funcionar nesse novo mundo. Penso em academias, supermercados, bares, praças de alimentação. Me parece que todas essas transformações afetam o setor imobiliário, e não só no Brasil. Todas. No mundo todo. É uma consequência imensa, mesmo se durar só uns meses.

Ao mesmo tempo, já vínhamos em uma toada de digitalização intensa. Esse mesmo episódio do The Food Programme falava sobre as dark kitchens, que são esses restaurantes que só existem para delivery. Uma dessas cozinhas fica embaixo do trilho do metrô em Londres. O aluguel fica muito mais em conta. Barulhento, o imóvel nunca poderia abrigar um restaurante. Mas agora abriga vários, que só têm uma cozinha e um cardápio nos apps. Com o isolamento social, o movimento das dark kitchens só aumentou.

Todos já estamos desconfiando que não vamos voltar ao normal. Quando mais demorar uma vacina ou um remédio eficiente, mais vamos ter que nos adaptar, e mais a nossa cultura vai mudar. Talvez estejamos passando por um processo brutal de digitalização. Os negócios estão migrando para internet numa potência como nunca antes vimos. Talvez estejamos acelerando a digitalização em décadas. Tem um lado ótimo, mas será que a economia segura uma transformação radical no valor dos imóveis?

A crise de 2009 foi um colapso do setor imobiliário. Deu no que deu. E se vier uma nova? E se ela for muito maior?

Reparem que a situação está feia. Reparem também que não estou nem considerando até agora que o desemprego também afeta a fonte de renda dos negócios, e isso pode deflagrar um efeito cascata. Quando empregadores pensam em demitir neste momento, estão colaborando com isso. Claro que há empresas que precisam demitir porque de outra forma não chegam ao fim do mês, que dirá ao fim da crise. Mas aquelas que demitem só para preservar dinheiro acabam contribuindo com a situação. Meu raciocínio até aqui faz sentido? Se faz, demitir por precaução agora pode virar um tiro no pé, porque a economia está muito mais fragilizada do que estamos vendo, e qualquer demissão contribui para piorar o cenário.

Também não estou nem considerando que estamos falando de um país com economia que já vinha de uma longa crise, e que o fôlego da gente já estava curtíssimo. Tenho a impressão de que isso nos torna muito diferentes da Europa ou da China.

Enfim, fico pensando nessas coisas. Mas, como avisei, não sou economista, não entendo dessas coisas. Então não se assustem. Sou apenas um notório pessimista.

Adoraria ouvir os mais otimistas sobre isso. Adoraria ter um economista explicando por que isso é uma viagem. Cartas à redação.

Voltemos aos filmes.

Mas peraí. Antes:

***

Nuno Ramos

O primeiro Boletim do Meteoro saiu antes do artigo O Baile da Ilha Fiscal, do Nuno Ramos. Saiu na Folha há umas semanas, repercutiu bastante e muita gente leu. Ando lendo bastante coisa sobre nossa hecatombe. Até agora, mais uma vez, Nuno foi quem melhor captou o que estamos vivendo.

Esta semana, Nuno falou sobre o artigo numa aula do Guilherme Wisnik. Foi uma live e está no Youtube. Tem um longo período em que o vídeo falhou, mas 2020 é isso. Estou de olho pra ver se surge uma versão do vídeo no Instagram, onde parece que tudo correu bem, mas nada até agora.

O boletim estava pronto para enviar. Mas é um tempo de emergências. O boletim também estava longo demais. Obviamente não tenho esse fôlego pra toda semana. Nem vocês têm essa paciência. Mas, quando digo que só escrevo sobre a crise, também é dessa urgência que estou falando.

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Reply

Antes de qualquer coisa, agradeço as mensagens de apoio.

Chegou mais um reply de Bruno Costa, que toca em e até aprofunda alguns pontos que mencionei antes:

“mais uma vez questões que fazem coçar meus dedos, colocadas de modo tão despretensioso que quase fazem encolher minhas elucubrações. Gosto e algoritmos se relacionam profundamente, mas são ambos termos mais citados que compreendidos. Do muito que já li, o caminho menos tortuoso é do Bourdieu, mas ainda não éramos vítimas dos programadores quando ele escreveu. Sobre algoritmos, respeitosamente reputo sua posição muito ingênua. Não me arvoro na condição de especialista, mas em minhas pesquisas sobre o tema, descobri duas coisas. Em primeiro lugar, os algoritmos são o principal ativo de várias plataformas, mas permanecem continuamente opacos, ou seja, não sabemos exatamente como operam mecanismos que direcionam e mesmo condicionam nossa navegação em várias dessas plataformas. Em segundo lugar, a operação visa nos tornar algo inumanos, ou seja apagar exatamente o que faz cada um de nós um ser único. Vivemos num mundo compartilhado por seres que são igualmente parecidos e diferentes de nós mesmos. Somos todos seres humanos, mas o que garante nossa humanidade é o fato de sermos, cada um, uma pessoa diferente e isso inclui nossas contradições e paradoxos. Os algoritmos, de forma geral, procuram apagar esse aspecto de nossa humanidade, aquilo que reputo constituição fundamental de nós vai ser interpretado como um enigma a ser decifrado em algo calculável. Eu não quero ser decifrado por uma máquina. Acredito numa existência relacional. Nesse sentindo, a resposta à pergunta quem sou eu? , passa por uma atualização do gnothi se auton socrático. Só posso conhecer a mim mesmo com ajuda de um outro que não sou eu, mas é igualmente humano. Conhecer o outro, então, seria também um caminho para conhecer a mim mesmo, na medida em que reconheço sua existência como um ser humano pleno, faço dele depositário da minha própria identidade. Nessa linha de raciocínio, o exercício de aproximação é uma prática solidária que se orienta pela exposição, vou ao outro sempre em busca dele, mas também de aspectos de mim mesmo que me escapam, pois sou parcialmente opaco para mim mesmo. Esse ponto é fundamental, precisamos da chancela do outro para constituirmos nosso próprio senso de si mesmo. E para terminar no cinema, essa é a grande vitória filosófica do replicante Roy Batty em Blade Runner, sob o olhar do outro ele verdadeiramente existe, não pelo cogito cartesiano, mas pelo reconhecimento de sua individualidade incontornável. Fique bem e continue o belo trabalho.”

Como disse mais acima, Bruno, não sei se os algoritmos nos tornam menos humanos. Talvez seja nossa preguiça que faça isso. Mas vou pedir licença pra não abrir mais esse assunto hoje. Já escrevi demais.

Numa mensagem no Twitter, o querido Beppe respondeu sobre minha questão a respeito do Telecine, serviço de streaming que não assino: “Tenho resgatado uns clássicos por lá. Entrou uma leva de Fellini e tem muito do Bergman. Mas tenho curtido ver coisas que perdi. Mais antigas tb”. Pois é. Sigo tentado.

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Antes de ir

Sigo com o projeto que coleta relatos de sonhos durante a pandemia. Se você tiver algum sonho nesse período e puder contá-lo, o link é este. Agradeço se puder divulgar a amigos.

Se você for assinar o Amazon Prime Video ou comprar qualquer coisa na Amazon, entre por este link. Aí eu ganho uns trocados, e você ganha a alegria de me deixar um pouquinho mais animado para escrever.

Agradeço se você assinar o Boletim do Meteoro. Se tiver gostado do que leu até aqui, claro.

Agradeço se puderem espalhar que esse boletim existe e agradeço especialmente pela leitura.

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PS

Vou falar sobre esses filmes (ou não) nos próximos boletins. A lista cresceu bastante com o Mubi. Se alguém quiser se adiantar e ir fuçando, está aí:

A época da inocência (Netflix)
As Faces de Toni Erdmann (Globoplay)
Guava Island (Prime Video)
Eu, Daniel Blake (Netflix)
Mãe só há uma (Netflix)
O Jovem Karl Marx (Prime Video e Globoplay)
Paddington 2 (Netflix)
Branco Sai, Preto Fica (Netflix)
Imagem e Palavra (Netflix)
A Assassina (Globoplay)
Um estranho no lago (Globoplay)
É apenas o fim do mundo (Globoplay)
A frente fria que a chuva traz (Globoplay)
Acima das Nuvens (Globoplay)
Laurence Anyways (Globoplay)
Holy Motors (Globoplay e Mubi)
120 batimentos por minuto (Globoplay)
O garoto da bicicleta (Globoplay)
Gainsbourg — O Homem Que Amava As Mulheres (Globoplay)
Adeus à Linguagem (Globoplay)
Leviatã (Globoplay)
A garota desconhecida (Globoplay)
Zama (Globoplay)
A parte dos anjos (Globoplay)
Vou rifar meu coração (SP Cine Play)
Vaga carne (SP Cine Play)
Os incompreendidos (Mubi)
Em busca da vida (Mubi)
Trash Humpers (Mubi)
Jacquot de Nantes (Mubi)
Habemus Papam (Mubi)
Um pombo pousou num galho refletindo sobre a existência (Mubi)
O Vingador Tóxico (Mubi)
O circo de Calder (Mubi)

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