O que é o Bolsos e Bolsas

Rafael Shintate
Bolsos e Bolsas
Published in
4 min readJun 23, 2020

Com o perdão do nome ruim, o que é esse blog?

Meu nome é Rafael, tenho 21 anos, e sou obcecado por malas, mochilas, bolsas, e tudo que pode se levar dentro delas para facilitar a vida.

As três bolsas que hoje compõem minha Santíssima Trindade: a NW053 da Nordweg em caramelo, a Simple Zipshopper da QWSTION em preto lavado, e a QWSTION Daypack em cinza lavado.

Mas nem sempre foi assim.

Na época da escola, eu era o mais puro buraco negro da desorganização.

Meu armário? Esquece, podia nem existir. Tinha, no máximo, um resto de Mentos, duas folhas meio rasgadas, e o único livro que eu não tinha conseguido perder ainda (era um de inglês, talvez ainda esteja aqui em casa. Talvez).

Minha bolsa? Era daquelas saco, (drawstring), que eu tinha achado em algum lugar no armário dos meus pais e acabei pegando para usar.

Até o início do ensino médio, usei aquela bolsa ali da Inter de Milão (mesmo sem nem torcer para o time), mas de alguma forma perdi ela na escola e acabei o nono ano sem. Como acabei trocando de escola, graduei também de sacola — essa cinza, da North Face, eu usei até o terceiro ano. Hoje ela mora atrás da minha porta; admito que às vezes ainda pego ela quando tenho que sair rapidinho ou ir em alguma festa.

Em 2017, quando completei 18 anos, acabei me decidindo que o aniversário que marcaria minha maioridade também seria aquele em que eu deixaria para trás as mochilas de poliéster e as bolsas sacola que marcam toda vida escolar e buscaria algo de verdade, de qualidade, para durar a vida toda.

Se bem que, para ser sincero, essas mochilas tem lá seu mérito em serem baratas e simples — e já eram melhores do que o que eu levava pro colégio.

Mal sabia eu no buraco que estava me metendo.

Pesquisei marcas e marcas e marcas gringas e brasileiras (mas, na época, não achei nenhuma nacional que me agradasse — mais sobre isso em breve…), me enfiando em um rabbit hole internético que me levou a inúmeras comunidades de gente que era que nem o que eu acabaria me tornando:

Um maluco.

Essa mala verde, meio jogada no chão do meu quarto, é como uma matrioshka de malas: uma grande mala verde com várias mochilinhas dentro.

Não, mas falando serio: obcecado em poder carregar as coisas da melhor maneira possível, da forma que melhor se encaixar com o estilo de vida e o momento, com a melhor mochila do melhor material e a marca de melhor propósito e os itens de maior utilidade…

Enfim, tô me alongando demais.

É uma comunidade lá fora que é conhecida como Carry. E os dois lugares onde eu passaria mais tempo navegando pelos próximos três anos: dois blogs incríveis com uma fenomenal comunidade de gente que quer saber mais sobre marcas e produtos e materiais das coisas que carregamos com a gente no dia a dia — a australiana Carryology e a americana Packhacker. São sites começados por gente interessada não só nas coisas acima, mas em compartilhar desse gosto com quem mais se interessa por esse tipo de coisa.

A Carryology, meu site preferido no mundo todo.

Mas sempre teve algo me incomodando em tudo isso. Por que é que lá fora existe toda uma comunidade centrada em divulgar marcas novas e interessantes, em debater coisas legais e úteis de se comprar, materiais sustentáveis e com propósitos diferentes, e por aqui eu tenho que ficar horas e horas debulhando os recomendados do Instagram para achar alguma coisa nova que me interesse?

E não que não hajam comunidades parecidas no Brasil, mas são todas meio… de nicho. Comunidades de gente que faz mochilões, ou de quem se interessa pelo EDC americano (everyday carry), que tem uma pegada mais sobrevivencialista (normalmente, com lanternas, canivetes, facas, kits de sobrevivência etc.). Mas nada nessa estética geral, urbana. E eu continuava meio nessas comunidades, mas com um pé fora, querendo algo mais.

Uma foto exemplo de um EDC americano padrão.

E é nessa que vai entrar o Bolsos e Bolsas.

Meu objetivo é compartilhar, com quem se interessar (como hobby ou como interesse momentâneo), marcas, materiais e produtos brasileiros de qualidade, que melhorem a qualidade da nossa vida e do nosso dia a dia.

Enfim, é isso. Obrigado por ler até aqui! (puta frase de shopping. Mas é verdade)

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