Por um mundo menos cansado

José Fernando Tavares
Booknando
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3 min readDec 21, 2022
Foto de Michael R. Vozniak: https://www.pexels.com/pt-br/foto/resplendor-baia-doca-vaga-5779119/

Acabei de ler uma postagem aqui nas redes sociais da Contente software, que dizia mais ou menos assim: “Teu descanso não precisa ser produtivo”. Gostei da ideia e da mensagem porque é isso que sinto neste momento. Precisamos apenas descansar.

A meta deste ano é esta: aprender e ensinar a usar a tecnologia a serviço da vida. Uma vida mais serena e menos cansativa.

Os últimos dois anos foram muito intensos, por vários motivos que todos conhecemos, e o ritmo que já era frenético tornou-se quase insuportável. Corremos, fazemos, nos agitamos, nos preocupamos, ficamos ansiosos e no final das contas não saímos muito do lugar. Ficamos cansados e perdemos o que é essencial: a nossa qualidade de vida.

Gosto muito do livro do filosofo Byung-Chul Han (não tenho a mínima ideia de como se pronuncia!), Sociedade do cansaço, onde ele apresenta a nossa sociedade como uma sociedade cansada, onde somos nós próprios que nos desfrutamos e ainda nos orgulhamos disso!

Quem nunca respondeu à pergunta “como vão as coisas?” com um “Tá corrido, muito trabalho e sem tempo”, quase como se isso significasse “Sou importante, faço muita coisa e não sou preguiçoso”?

Não. Minha vida não é importante porque faço muitas coisas ou porque corro o dia todo. E também não é importante porque sou “produtivo”, seja lá o que isso signifique. A vida é importante porque é vida, porque sou eu, porque recebi este dom dos deuses ou da mãe natureza, ou só por acaso mesmo, mas enfim, porque eu existo e minha presença é relevante para as pessoas que me amam e que eu amo. É a antiga questão entre o ser e o fazer. Sou pessoa porque existo ou por que faço?

Enfim, o que me parece é que quando colocamos ênfase apenas no fazer e esquecemos de ser, ficamos cansados, esgotados, deprimidos, ansiosos, para a alegria da industria farmacêutica.

Não acho que a correria é culpa do digital. Ou ao menos não é só dele. Talvez é só questão de tempo para que aprendamos a usar as ferramentas que a tecnologia coloca nas nossa mãos. Acredito muito no moto da Booknando: Tecnologia a serviço da vida. Ou seja, tecnologia é ferramenta, somos nós que a usamos mal ou não a usamos corretamente. Precisamos aprender a usá-la corretamente.

Acho que a meta deste ano é esta: aprender e ensinar a usar a tecnologia a serviço da vida. Uma vida mais serena e menos cansativa.

Nesse sentido é que vejo se encaixar os projetos que temos para o ano que vem: serviços de automação e treinamento para melhorar fluxos de produção dentro das empresas que produzem conteúdos (editoras). Acho que é a nossa pequena contribuição para tentar deixar o mundo menos cansado.

Em todo caso: descansem. Desliguem as telas e curtam um bom passeio.

Um bom fim de ano a todos

José Fernando Tavares — Booknando

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José Fernando Tavares
Booknando

Founder of Booknando. Speaker, teacher, instructional Designer and e-book expert, gives e-book training class in Brazil and Italy. Philosophy lover.