Nossa linguagem

Como Bots podem ser humanizados? (parte 2 de 4)

Lia Rodrigues
Bots Brasil
3 min readDec 9, 2019

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No artigo anterior eu falei sobre a Inteligência Artificial, o Aprendizado de Máquina (Machine Learning), o Aprendizado Profundo (Deep Learning), e a Rede Neural (Neural Network), e expliquei como tudo isso se relaciona com como as máquinas podem aprender algo, e agora vamos entender como elas podem “falar” a nossa língua.

Hoje em dia grande parte das nossas conversas acontece no mundo virtual, estamos constantemente em contato com amigos e família através de aplicativos nas telinhas dos nossos smartphones, onde podemos nos conectar também com empresas e serviços de maneira prática e rápida.

Muitas companhias já adotaram em seu atendimento os chatbots, os bots de conversa, e eles têm a grande vantagem de estarem disponíveis em qualquer horário e simultaneamente em diferentes canais (chamados omnichannel) como o Whatsapp, Messenger, e-mail, ou chat no próprio site da empresa.

Mas não basta estarem nos aplicativos de conversa, eles têm que saber conversar. E para isso eles têm que aprender algo que muitos afirmam que é o que nos diferencia dos outros animais: a linguagem.

Nós não apenas emitimos sons, mas formamos palavras e frases, escrevemos e falamos, interpretamos textos e conversamos. A língua é também um código, e nós conseguimos decifrar uma mensagem com inconsistências e ambiguidades, entender o contexto, compreender um ou mais idiomas e suas variações.

Para que as máquinas tenham a habilidade a falar ou escrever como nós, elas precisam entender a linguagem humana, que é chamada de linguagem natural, e saber responder. Isso quer dizer que elas precisam do Entendimento de Linguagem Natural (ELN ou NLU, Natural Language Understanding em Inglês) e da Geração de Linguagem Natural (GLN ou NLG, Natural Language Generation), que fazem parte do Processamento de Linguagem Natural (PLN ou NLP, Natural Language Processing), que é o termo mais falado quando queremos falar de conversas entre humanos e máquinas.

“Eu tenho falado com o computador da nave”

Como já foi falado no último artigo, assim como nós, as máquinas aprendem de acordo com as informações que são apresentadas. Ou seja, um certo número de dados tem que ser absorvido por nós para que possamos treinar, errar e acertar, para finalmente aprender, e as máquinas também passam por esse processo.

Então para que uma máquina aprenda nossa linguagem ela analisa textos pré-processados como faz com dados, para entender como nos comunicamos. O pré-processamento então faz parte da “alfabetização” das máquinas, quando esses textos são divididos através de códigos separando o que é essencial dentro deles para facilitar a aprendizagem. Assim também funciona quando lemos livros de acordo com a nossa capacidade enquanto estamos aprendendo a ler.

Este é o segundo artigo da série ‘Como Bots podem ser humanizados?’ e agora entendemos também como máquinas podem aprender a linguagem humana através do Processamento de Linguagem Natural. Em seguida vamos falar de como bots podem nos responder. Se você ainda não leu a introdução clique aqui.

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Lia Rodrigues
Bots Brasil

Product Designer | Freelance Translator | Chatbot and Voice enthusiast | Talk nerdy to me