Comunicar chatbots e os desafios iniciais para profissionais da área

Antonia Moreira
Bots Brasil
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3 min readOct 23, 2018

Comunicar algo novo e pouco conhecido é um desafio. Chatbots estão nesse meio e, cada vez mais presentes em nossas vidas, necessitam de estratégias claras e objetivas de comunicação.

Onde trabalho, desenvolvemos o Bipay, chatbot que faz a recarga do Bilhete Único em São Paulo. Durante os meses de execução rodamos algumas estratégias, e listo aqui os aprendizados, potencialmente úteis para novos projetos de chatbots, principalmente os focados em vendas.

Use o link do chat, não da página

No começo de nossa divulgação, usávamos o link da página no Facebook (nosso chatbot está lá) e não o link do Messenger. Isso gerava alguns conflitos, as pessoas rotineiramente mandavam “oi” em publicações ou faziam posts.

Ao testar o link do Messenger esse problema diminuiu e as pessoas foram melhor direcionadas à conversão — mandar oi no lugar certo.

Produza conteúdos e gere debates sobre o assunto

Na startup buscamos sempre refletir e pensar nas potencialidades dos chatbots. Estar escrevendo para o Bots Brasil é caminhar nesse sentido. Ajudar a construir a comunidade e informação relevante sobre o tema é missão de todo mundo que quer ver os chatbots ainda mais propagados e fazendo coisas úteis para a sociedade.

Tenha acesso rápido a atendentes

Enquanto um chatbots de vendas, problemas podem existir do cadastro ao pagamento com o cartão de crédito. Além disso, por trabalharmos no segmento público há a necessidade de atender o maior número de pessoas, com diferentes condições de conhecimentos em tecnologia.

Sendo assim, por mais que chatbots existam para diminuir a necessidade de humanos em atendimentos, um contato direto para alguém que possa resolver problemas é importante para diminuir a frustração com o serviço e garantir a máxima conclusão de conversão.

Chatbots têm custos

Programe o seu chatbot pensando no fluxo de conversão do usuário, ou seja, tente ao máximo criar um fluxo bem delimitado que leve o usuário ao caminho da sua conversão evitando perder o mesmo no meio do caminho. Lembre-se: as interações podem ter um custo e permitir que o usuário as utilize sem um objetivo pode custar caro.

Alimente seu chatbot

O alimento do seu chatbot, além do código da lógica de negócios, é a sua inteligência que vai ser capaz de identificar a intenção do usuário (seja por texto, voz, etc.). Sendo assim, alimente diariamente seu chatbot com as interações feitas até o momento para que ele possa ser cada vez mais assertivo.

O caminho ainda é nebuloso para a maioria de nós, mas criar esse conhecimento é fundamental para educar o mercado e criar uma rede de ajuda. Como está sendo a experiência de comunicar o seu chatbot? Deixe um comentário!

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Antonia Moreira
Bots Brasil

Bixa travesty em demolição. Redatora e produtora cultural.