Indústria de Fundos de Investimentos: agente no desenvolvimento do mercado de capitais

O Brasil é um país em desenvolvimento e se destaca em relação aos outros países emergentes, de acordo com os dados da IIFA (Associação Internacional de Fundos de Investimento), o Brasil ocupa o 11º lugar entre as maiores indústrias de fundos do mundo.

O pioneiro em fundo de investimento no Brasil, foi o fundo fechado Valéria Primeira, do grupo Deltec, iniciado em 1952. Em 1954, surgiu o Fundo Brasil e em 1957, criado por Nelson Rockefeller, o fundo Crescinco, ambos não existem mais, porém, outros foram surgindo. Desde então, a indústria de fundo de investimento no Brasil passou por vários ciclos econômicos, crises, períodos de bonança e por cenários não imagináveis, como o atual, em meio à pandemia mundial, onde fechou o ano de 2020 com captação líquida de R$ 156,3 bilhões. Um volume financeiro sob gestão chegara a 80% do PIB, segundo estimativa com base no último dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O gráfico a seguir, conforme ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais), mostra quais os investimentos que captaram maior volume de recursos, no ano de 2020, que foram os fundos multimercados e fundos de ações.

Segundo ANBIMA, referente às rentabilidades nos tipos de fundos ações em fevereiro de 2021:

Isto posto, podemos afirmar que os brasileiros, estimulados pela queda dos juros, apesar de na última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária), nesta quarta-feira (17), a meta para os juros básicos (Selic) ter subido em 0,75 ponto, aos 2,75% ao ano, primeira alta em 6 anos, estão migrando de ativos de renda fixa tradicionais, como CDB, LCI e LCA para ativos com maiores riscos, mas também, que dão maiores retornos para seus investimentos.

Diante dessa mudança de comportamento do investidor, demonstra tanto amadurecimento para ele como para o mercado financeiro brasileiro, este, por demandar a criação e desenvolvimento de investimentos que geram maiores rendimentos e aquele, assumindo ativos de maiores riscos, tendo maiores retornos e acesso fácil a produtos antes inimagináveis. E os órgãos que regulam a indústria, como a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais), são cada vez importantes para o crescimento desse setor e disseminação de informação.

Para a ANBIMA, “o bom desempenho mostra a robustez do segmento e a confiança dos investidores, que percebem cada vez mais as vantagens da indústria”. Além dessas vantagens, tem a diversificação, acesso a diversos ativos, baixo tíquete para aplicação e gestão profissional.

Mesmo estando em um cenário atípico, ao olharmos para o futuro, temos as perspectivas para a indústria de fundos de investimentos brasileira como promissora, com solidez e em continuidade de crescimento, além de qualificada e com sólidos órgãos reguladores, mas ao mesmo tempo desafiadoras. Ao que indica, o cenário de juros baixos e estáveis é uma realidade que continuará por um bom tempo e o impulso para a continuidade para diversificação de carteira está dado para os próximos anos.

Além disso, conforme a FGV (Fundação Getúlio Vargas), existe a “estabilidade macroeconômica, com o importante pilar do equilíbrio fiscal, poderá viabilizar um crescimento econômico sustentável por alguns anos, gerando uma retomada do apetite do investidor global por ativos financeiros brasileiros”.

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