Lolla no Brasil: quem leva pra frente é o público

Lalai Persson
bradesco
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3 min readMar 2, 2018

A cada ano, o festival amplia seu alcance e se torna mais diversificado e democrático

Por Lalai Persson

Lollapalooza Brasil | Foto do arquivo pessoal de Lalai Persson

Mal dá para acreditar que já são sete anos de Lollapalooza Brasil. A primeira edição, ainda tímida, aconteceu no Jockey Club durante dois dias, com 42 atrações espalhadas por três palcos. Só em 2014 é que o festival mudou, para não sair mais, para o Autódromo de Interlagos. Muitos torceram o nariz, afinal o local fica no extremo sul da cidade, mas a real é que não há um outro lugar em São Paulo que comporte o tamanho que o evento ficou.

A minha história com o Lollapalooza começou em 2007, quando fui conhecer a edição original em Chicago. Voltei dos Estados Unidos com a certeza de que ele seria o meu festival para a vida e pulei de alegria quando anos depois saiu o comunicado de que ganharíamos uma versão por aqui.

Olhando a história do Lollapalooza no Brasil, a alegria vem ao notar a volta dele às raízes, que andou um pouco mais pop do que costumava ser. Mas ainda tem pop? Tem. Tem hip hop? Tem. Tem música eletrônica? Tem. Tem rock’n roll? Tem. Tem muito rock’n roll? Tem. Isso é o que faz o Lollapalooza ser um festival especial e democrático. O festival ficou grande e foi agregando o que o público brasileiro queria. Hoje ele abraça vários estilos musicais, trazendo de artistas consagrados aos emergentes, com um lugar especial e, muitas vezes de destaque, aos artistas nacionais.

Lollapalooza Brasil | Foto do arquivo pessoal de Lalai Persson

Para mim, que amo festivais, a música é o principal, mas a experiência é também bem importante. O Lollapalooza amadureceu. Hoje é possível desfrutar de arte e performance, comer bem, encarar menos filas, encontrar um lounge para descansar entre um show e outro, por exemplo.

O LollaBR não perde pra ninguém lá de fora. A estrutura do festival e o line-up, somados à experiência proporcionada, é tudo de gente grande.

Minha vida gira em torno de festivais de música desde que eu tinha idade para frequentar um e minhas férias sempre foram planejadas em torno deles. Em 2016, eu tirei um ano quase sabático para rodar o mundo em festivais de música, visitando 23 no total.

Mas por que festival de música? Porque ele tem um poder único de nos transformar. Nos aproxima de culturas diferentes, abre nossos ouvidos e coração e, por fim, tem sempre o poder de ser uma celebração entre amigos. A música conecta. Ela nos envolve o tempo todo. Ela é trilha dos momentos mais importantes da nossa vida, dos tristes aos mais felizes. Ela nos faz rir. Ela nos faz chorar. Ela faz a gente seguir em frente, assim como a gente também a leva pra frente. E a música ao vivo potencializa ainda mais esse poder que ela tem.

Que venha o Lollapalooza Brasil!

#todosnoLollaBR

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Lalai Persson
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sou várias e às vezes todas estão no mesmo lugar