Queremos dar #maisumpasso pelas mulheres no esporte

Think Olga
bradesco
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2 min readMay 30, 2017
Karen Jonz e Sheila Malickas dão #maisumpasso todos os dias no esporte

Toda mulher nasce uma esportista em potencial. Quando somos crianças, não enxergamos a brincadeira e a correria como exercício, obrigação, treino: tudo é diversão. A busca por pertencer a um padrão ou encaixar-se a um molde é mais rara nessa idade. Nosso foco é aproveitar ao máximo.

A gente cresce, o corpo muda, a puberdade surge com incômodos e descobertas e, segundo nossa pesquisa na Olga Esporte Clube, essa é a fase em que mais abandonamos os esportes. A adolescente passa a questionar muito mais seu corpo e suas vontades; evita expôr-se ao ridículo, ao juízo dos colegas. É no início da adolescência que o corpo da mulher começa a ser encarado como público, passível de comentários, opiniões não solicitadas e ofensas. A diversão com o esporte acabou.

Para a maioria das mulheres, a decisão de voltar a fazer exercícios na vida adulta vem acompanhada de um senso de dever. “Preciso” emagrecer; “tenho que” ficar mais saudável; é hora de “tomar jeito”. As mulheres são oprimidas de tantos jeitos diferentes que internalizam, inclusive, as formas sugeridas pela sociedade para cuidar do próprio corpo. Começamos a achar que é assim mesmo: que exercício é sinônimo de sofrimento — com algumas endorfinas no fim do dia, pra compensar.

E se a gente te dissesse que não existe regra para se exercitar, nem que um tipo de esporte é melhor que outro? Que nossa missão, na Olga Esporte Clube, é relembrar do jogo como brincadeira, sem compromisso e opressão? Que todos os dias, mulheres quebram estereótipos machistas ao mostrarem que estamos em campo pra jogar e fazer história? É sério!

Se você não acredita na gente, acredite nas mulheres que fazem do esporte uma parte importantíssima da vida. Como a Karen Jonz, campeã mundial de skate, que está aprendendo a conciliar a maternidade — um acontecimento tão debatido no esporte, com tão poucas respostas — com a ambição de ser campeã olímpica.

Ou a Sheila Malickas, que encontrou no roller derby não apenas várias amigas novas, mas um autoconhecimento de seu corpo que passou tanto tempo ignorando.

Entrevistar essas duas mulheres fantásticas nos ensinou que o esporte traz tantas questões internas que, sem ele, jamais perceberíamos sozinhas. Mexer-se é estar em contato com o mundo ao redor, seja com as colegas de time ou com os competidores do X Games, mas principalmente consigo mesma.

Para dar mais um passo pelas mulheres no esporte, precisamos ouvir as histórias delas. Entender o que nos impede de buscar, no esporte, uma fonte verdadeira de diversão e contato com o próprio corpo. Só assim podemos seguir em frente, nos amando mais todos os dias.

A série Pergunte a Ela — Especial Olga Esporte Clube tem seus dois primeiros episódios facilitados pelo Bradesco. Novas entrevistas serão divulgadas ao longo das próximas semanas. Acompanhe!

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ONG de empoderamento feminino por meio da informação.