Ivan Razeira, condutor Bradesco durante o Revezamento da Tocha Paralímpica na cidade de Joinville (SC) em 05/09/16. Foto: Bradesco/William Lucas

Sobre o trânsito e o legado que nunca se apaga

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2 min readSep 7, 2016

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Por Giovanna Cartapatti, funcionária Bradesco que cobriu o Revezamento da Tocha Paralímpica em nosso Snapchat bradescooficial

Se tem uma coisa que permeia a vida é a transitoriedade das circunstâncias, das constatações, das convicções, dos fatos — e o fim de uma fase é sempre marcado pelo início de outra.

Há pouco mais de um mês, todas as expectativas de anos se transformaram na melhor e mais bela celebração que poderíamos oferecer ao mundo (e sentir, em casa). Vivemos dias de união, garra e emoção. Esses dias se foram em uma festa lavada pela chuva de um domingo à noite; sua ida, no entanto, foi necessária para que algo igualmente grandioso se iniciasse logo em seguida, o ciclo paralímpico.

É quinta-feira, 1º de setembro. On-line, pessoas de todo o mundo mandam energias e, conectadas, formam uma grande rede de calor que acende a Pira. Substantivo ou verbo, a palavra chama desperta o que existe de melhor em nós.

Em O Velho e o Mar, o escritor Ernest Hemingway diz:

“Um homem pode ser destruído, mas não derrotado”.

E é sobre obstinação e desejo de superação as trajetórias das quase setecentas pessoas que conduziram, corpo a corpo, o fogo sagrado até o Rio.

Por 7 dias, a Tocha Paralímpica iluminou 6 cantos do Brasil, sustentada por valores nobres:

Igualdade
Entender a diferença e trabalhar para promover a justiça

Determinação
Conhecer as limitações e vencer a inércia das circunstâncias

Inspiração
Ter uma trajetória que verdadeiramente toca, muda e mobiliza o outro

Coragem
É o ímpeto da força que vem de dentro

De dentro do comboio, tudo sempre parece estar em trânsito: as paisagens, os rostos em festa, os sons das cidades e a própria chama, acesa com a certeza de que um dia cessará. Talvez por isso a experiência de viver um Revezamento seja tão intensa — não é sobre chegar na Pira, mas sobre o caminho da rota, em si. Uma rede de pessoas se conecta com o mesmo propósito de realizar, de aprender, de se emocionar. E, juntos, acabam pertencendo à mesma condição de entrega incondicional.

A verdade é que os Jogos Paralímpicos começam hoje e vão passar. Mas não por isso são efêmeros: resiste, aqui, o legado de visibilidade, protagonismo, inspiração e, sobretudo, dignidade.

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