Inovação: 2ª Mostra UFG é marcada por variedade de ideias

Os projetos em diversas áreas apresentados na Mostra revelam o incentivo da instituição pública ao empreendedorismo

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A maior parte dos empreendimentos expostos na 2ª Mostra UFG e no Seminário de Iniciação a Pesquisa eram voltados para área de tecnologia. (Foto: Natália Cruz / SECOM UFG)

N a tarde de ontem (21), deu-se início a 2ª Mostra UFG de Inovação, que prolongou até hoje (22) no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal na Universidade Federal de Goiás(UFG). O evento que integra o 16º Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da instituição, tinha como objetivo expor os trabalhos das empresas incubadas no Centro de Empreendedorismo e Incubação (CEI) e das pesquisas de iniciação científica e protótipos desenvolvidos dentro da Universidade.

Os temas dentro da Amostra foram dos mais variados tipos indo de cosméticos sustentáveis a processamento mineral, e de acordo com a Pró-Reitora Adjunta de Pesquisa e Inovação e Diretora de Transferência e Inovação Tecnológica, Professora Helena Casarek, a ideia do CEI é dar treinamento e apoio para essas empresas que estão se iniciando para que possam entrar no mercado mais estruturadas.

O próximo evento a ser realizado pelo CEI será um HACKATHON para soluções na sistema de saúde pública. (Foto: Natália Cruz/SECOM UFG)

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No primeiro dia do evento ocorreu a Demo Day, onde as startups incubadas no CEI puderam apresentar os seus serviços à possíveis financiadores e investidores por meio de um pitch — apresentação verbal curta e concisa para convencer algum público a acreditar no seu negócio — de 4 minutos. Dentre as empresas que se apresentaram estava a Breadys.

A Breadys é uma startup alimentícia que tem como objetivo democratizar o acesso a alimentos saborosos principalmente para pessoas com restrições alimentares através de uma massa a base de polvilho e inhame com opções sem glúten, sem frutose e sem lactose.

A chef de cozinha e proprietária da empresa, Elza Lobo, diz que a ideia inicial era produzir uma receita leve e sem gordura, porém gostosa. Logo após incubar na UFG descobriu um mercado de restrições alimentares e então partiu para uma linha de tornar a refeição acessível para o maior número de pessoas possíveis.

Uma pessoa celíaca tem dificuldade até de se relacionar em ambientes como restaurantes e pizzarias, pois quase ninguém come o que um celíaco come e vice- versa. Então esse produto traz a aproximação pois todos podem comer e essa é nossa maior satisfação, a inclusão. (Elza Lobo — proprietária da Breadys, empório e delivery)

O ponto mais importante para a introduções desses empreendimentos nos espaços disponibilizados da Universidade são as perspectiva de inovação das mesmas, a pró-reitora Helena Casarek comentou sobre os fatores essenciais. “É ser empreendedor. O empreendedor não é necessariamente aquele que abre uma empresa, mas sim uma pessoa com capacidade de resolver problemas. E a inovação, que é a pesquisa chegando no mercado, podendo ser aplicada.” explicou a professora.

Após a introdução do termo startup para o solo brasileiro, o número de empresas que deslancharam em suas áreas passaram a valer mais de 1 bilhão de dólares. A inovação construiu e consolidou empresas como a Nubank, a Pagseguro e a 99. De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups), no período de 2012 a 2017 o número de empresas cadastradas praticamente dobrou de 2519 para 5147. Já são mais de 12 mil empresas no modelo, com 10.916 membros, também de acordo com a associação.

O professor ajunto do Instituto de Física e e vice diretor do Parque Tecnológico Samambaia, Lauro Maia, vê que existe uma grande demanda desses empreendedores pela tecnologia em diferentes áreas como transporte, engenharia, arquitetura e moda. Com laboratórios como Ipê Lab se tornou possível a democratização das possibilidades dentro da tecnologia, com acesso a produção de protótipos para esses desenvolvedores. O laboratório oferece um Open Day uma vez por semana para as pessoas conhecerem o espaço e descobrir como suas ideias podem ser exploradas.

O espaço da Mostra UFG de Inovação tentou divulgar para a população, empreendedores e comunidade acadêmica formas e lugares aos quais eles podem recorrer para darem início a ideias que estão no papel. E com as startups deixar claro as possibilidades e os resultados desse auxílio.

O próximo evento a ser realizado pelo Centro de Empreendedorismo será o Hackathon, que é uma maratona de programação para estudantes de graduação e pós-graduação com objetivo de desenvolver soluções inovadoras, e a temática desta edição é “Todos pela Saúde Pública”. O desafio ocorrerá nos dias 21 a 23 de novembro e será possível concorrer a prêmios de até R$10.000. As inscrições vão até de 4 de novembro no site do Centro.

AGÊNCIA UFG DE INOVAÇÃO

A Agência faz parte do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da Universidade Federal de Goiás e promove ações voltadas para o empreendedorismo e inovação no Estado. Dentro da Agência é possível encontrar mais sete áreas de atuação dentre elas o Parque Tecnológico Samambaia, a Rede Ipe Lab e o Programa UFG Júnior. Os laboratórios, espaços, cursos e projetos oferecidos são voltados tanto para a comunidade universitária, como para a população geral, bastando que se submeta sua ideia conjuntamente com suas necessidades para o local que há interesse de forma que eles possam selecionar os projetos mais inovadores.

PROCESSO DE INCUBAÇÃO

A incubação de projetos e startups envolve um processo de auxílio ao desenvolvimento de uma ideia em negócio ou ação social através de uma incubadora. A incubadora tem o papel de dar suporte aos primeiros passos da empresa como treinamento, cursos, facilitar obstáculos, auxiliar em processos burocráticos entre outras coisas. O processo geralmente envolve uma submissão de projeto ao espaço para que haja seleção das melhores ideias. Na região goiana existem outras incubadoras como:

Incubadora Senai

GynTec

Incubadora 3D

Programa de Incubadoras da UEG — PROIN

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Stephanie Araújo
Ynova: Empreendedorismo e Criatividade

curitibana (mas nāo muito) descobrindo o melhor, e o pior, da vida. viajante por vício, jornalista por profissão, militante por sobrevivência.