Episódio 17

Samuel De Carvalho Hernandez
brainstormfell

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A rã, a mula e a vassoura.

O dia em Thatchum para ser interessante só pode começar em um lugar, a Taverna do Salto, onde nossos aventureiros Rhael, João pequeno, Merry, Titano, Billy O’Nario e Ismael besta, raiar o dia praticamente abrindo a taverna.

Seu Saulo, o taverneiro mais famoso da região, serviu os pratos solicitados (mais uma vez ninguém ousou pedir o famoso coelho, ficando mesmo com a rã baratinha), porém quando tudo parecia tranquilo, entra um grupo de elfos com um embrulho esquisito. O Merry, inadvertidamente, tentou mexer nas coisas dos outros e acabou levando a pior, mas quando a briga de bar ia começar, o taverneiro puxou seu machado pra acabar com a confusão, expulsando o Merry e impedindo uma matança.

Os elfos foram embora, mas não antes do embrulho ter sido brevemente descoberto e seu conteúdo revelado: um mini-humano muito estranho e tímido, que foi logo embrulhado novamente.

Com a confusão, o grupo acabou se separando. Billy e Ismael seguiram os elfos, alguns foram até o velho Chico comprar poções e outros à torre de Wannistol.

No fim, todos se encontraram (exceto os dois já citados rastreadores) e rumaram ao cemitério flutuante de aventureiros, depois de adquirir suas poções e até mesmo uma vassoura mágica (que alguns dizem ser amaldiçoada, visto que em uma sessão já teve três donos diferentes!).

Depois de uma longa estrada, sentido norte, subindo um pequeno fjorn, os aventureiros se depararam com uma estranha figura em cima de uma mula, era o Seu Rabugem, um velho decrépito que ainda conseguiu tirar um dinheirinho dos aventureiros, vendendo sua mula e serviços.

Ao chegarem ao topo do monte, encontraram um outro velho (só tem velho nessa aventura), chamado de Véio Vesgo, que resolveu subir com os aventureiros só com passagem de ida (spoiler: ele não precisava de mais nada).

E vejam a primeira tragédia se abater sobre nosso grupo, através da vassoura amaldiçoada, que derrubou o aventureiro mais rico e bem preparado da trupe, finado Rhael, que caiu após a falha da vassoura e de duas opções baratinhas (isso que é azar!). Lá embaixo um anão e um elfo brigavam pra ver quem chegava primeiro pra pegar os tesouros, mas o João pequeno foi mais rápido, e apesar de tomar um tiro do anão rabugento, conseguiu descer o monte suavemente e subir com a vassoura direto para a ilha flutuante.

Todos, exceto o Rhael (RIP), subiram para o extremo leste da ilha, fincando seus pés entre duas torres de vigia, nas bordas de uma muralha. A insensatez de nossos aventureiros os levou a conversar embaixo da torre ocupada por guardas, enquanto tentavam ser furtivos (!?)

Claro que isso não acabaria bem. Os guardas logo se mobilizaram para rechaçar os invasores, que tentaram lançar ânforas em chamas para dentro da torre de vigia (isso é uma granada, meu filho???), e atirar projéteis contra os guardas em cima do muro. O véio vesgo foi o primeiro a cair, nem esquentou a ficha, mas os guardas estavam levando a pior e com a morte de três e a torre pegando fogo, só restava a decisão de ir embora com suas vidas e as mãos abanando, ou procurar carregar algum tesouro. Os guardas da outra torre tomaram a decisão por eles, pois antes que tivessem a chance de qualquer coisa, uma seta atravessou o crânio de João pequeno enquanto tomavam suas decisões. Rapidamente, o mago Titano colocou os guardas pra dormir (porque não fez isso antes?) e os dois sobreviventes fugiram em disparada da ilha.

De volta a Thatchum, os dois aventureiros, junto com a mula e a vassoura, encontraram com Billy O’Nário, quase irreconhecível com suas novas vestimentas. Depois de contarem como passaram o dia foram tomar uma na Taverna do Forte, já que o Merry está banido da taverna do Salto por ser sem noção.

Moral da história de hoje: guarde seu dinheiro no banco e tenha sempre fichas à mão.

Até a próxima pessoal!

Texto por Elvis Noise

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