O que eu aprendi depois de um ano de Brand Sessions

Julia Resende
Brand Sessions
Published in
4 min readSep 4, 2019

Em meados de 2018, eu e Lais criamos a Brand Sessions, uma comunidade para profissionais que trabalham com o desafio de criar marcas relevantes e valiosas no século XXI. A comunidade, que funciona como um grupo no Slack, é um espaço para trocas de referências e de discussões entre estrategistas, designers, redatores, gestores de marcas e mais. Também temos um canal aqui no medium onde publicamos algumas das nossas reflexões.

A ideia de montar a comunidade surgiu em um almoço, a partir de uma conversa que tivemos sobre as nossas referências em Branding: principais nomes do mercado, consultorias que são líderes no assunto e empresas que estão fazendo um trabalho bacana. Um ano e alguns meses depois, a conversa do almoço cresceu e se expandiu para um espaço cheio de troca.

Fazendo uma retrospectiva, esses foram os principais aprendizados desse primeiro ano:

Tem muita gente interessante trabalhando e repensando o que é “fazer branding” nos tempos atuais. Nos últimos dez anos vimos acontecer uma transformação tremenda no Branding como campo de saber, muito por conta das novas tecnologias e das experiências que temos com as marcas que desenvolveram essas tecnologias (e soluções tecnológicas). A verdade é que: o mercado mudou, o timing dos projetos de branding também e, consequentemente, novas reflexões e skills são demandadas das pessoas que atuam nesse campo.

São tantas as mudanças que esse primeiro aprendizado merece pelo menos um artigo inteiro só sobre esse assunto.

Tem muita gente que quer se conectar além das redes sociais “tradicionais” para discussões mais imersivas e trocas de referências mais profundas. E por redes sociais “tradicionais” me refiro principalmente aos grupos profissionais de Facebook e de Linkedin. Claro que existem outras redes para comunidades profissionais, mas talvez pelo fato dessas duas terem a maior popularidade as relações ali criadas muitas vezes acontecem de forma mais transacional.

Por isso, o Slack se mostra como uma ferramenta super bacana para aproximar as pessoas que fazem parte da comunidade.

As pessoas querem sair do mundo virtual e buscam mais encontros presenciais, olho no olho, para essas trocas de referência. Outras comunidades — principalmente àquelas com foco em tecnologia (olha a tecnologia aí de novo ditando os novos comportamentos!) — já realizam os chamados meet-ups.

Para esse próximo ano de vida da Brand Sessions também queremos começar a pensar numa cadência de encontros, começando por São Paulo.

Quando o assunto é a fonte das principais referências e tendências de branding não há nada como a Fast Company. A maioria das notícias, cases de sucesso, artigos sobre design e experiência de marca compartilhadas na comunidade é da Fast Company. Então se você quer entrar neste mundo e não sabe muito bem como, comece por lá. ;)

Embora pareça clichê escrever isso, conteúdo é o rei e sempre será. Por isso, para que as discussões que acontecem no Brand Sessions não fiquem restritas apenas aos membros que estão na nossa rede de contatos, é preciso escrever, postar, colocar um ponto de vista no mundo. Principalmente no mundo virtual, como aqui no Medium.

Nos últimos meses, algumas pessoas que nos leram por aqui acabaram se juntando à Brand Sessions. E assim conseguimos sair da nossa bolha e ter novos profissionais interessados em construir essa comunidade de gente fera!

E isso me leva ao sexto aprendizado: é muito difícil ser community manager tendo outro full time job. Sempre penso em mil assuntos sobre os quais quero escrever, com base em discussões que surgem no nosso canal no Slack. Mas, infelizmente, fazer essa gestão de uma vida num emprego full time com esse projeto de criar uma comunidade de profissionais de branding — e ainda divulgar essa comunidade, pesquisar sobre temas, refletir e escrever artigos, posts etc. — muitas vezes é demais e super difícil de conciliar.

Sabemos da importância de dedicar um tempo para isso e estamos pensando em como incorporar essa prática nas nossas rotinas.

Não existe nada como a Brand Sessions! Pelo menos a gente desconhece. ;)

Ainda estamos descobrindo o potencial da nossa comunidade, mas a acreditamos que a lógica de comunidade somada a novos modelos de trabalho é possível conectar talentos a marcas e montar times para colaborar de diferentes formas. Além de ser um espaço super rico de gestão do conhecimento. Claro que isso tudo ainda é muito embrionário, mas já começamos a ver alguns projetos surgindo dali.

Tem interesse em fazer parte? Fale comigo ou com a Lais. :)

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Julia Resende
Brand Sessions

Designer, leitora e curiosa. Escreve aqui sobre design e cultura material e mostra suas criações no @julia_____resende