Os maiores aprendizados do nosso Mini MeetUp com Michel Alcoforado, sócio do Grupo Consumoteca
Desde que criamos a comunidade de branding para startups, começamos a fazer esses papos quinzenais sobre os vários assuntos que fazem parte do branding. No dia 6 de agosto, batemos um papo com o Michel Alcoforado, antropólogo, PhD e sócio fundador do Grupo Consumoteca, sobre como criar uma buyer persona.
Se você não foi, precisamos falar que você perdeu um papo que rendeu muitas risadas e incontáveis insights. Mas, a boa notícia é que separamos aqui alguns dos principais highlights sobre o tema (valeu Michel!):
- Canvas são bons quando nos ajudam a fazer perguntas sobre a realidade, e não para você cobrir todo os buracos com informações para deixá-los completos e “bem bonitos”.
Um erro muito comum na hora de construir uma buyer persona é “sair” querendo completar todos os campos do Canva. Mas, às vezes a sua buyer persona não fala nada, às vezes ela não tem todas as características, às vezes ela não sente nada do que a gente coloca lá. E tá tudo bem! - Para criar uma boa buyer persona, você precisa colocar o pé na lama.
Para entender o que se passa na cabeça da sua buyer persona, é preciso sentar com ela e conversar. E conversar até começar a repetir os assuntos, porque isso significa que existe um padrão comum importante para você. - Um erro muito comum na hora de criar uma buyer persona é se inspirar em uma pessoa que existe e que você conhece.
É preciso ter muita clareza para criar o perfil desse público do zero. O que importa na buyer persona? Ela é, na verdade, uma construção para facilitar o pensamento, uma artificialidade que ajuda as pessoas do branding, do marketing da sua empresa a oferecerem melhores produtos e soluções. - Uma marca é uma construção mental, mas essas construções mentais só se tornam reais a partir da minha visualização, da materialização.
As pessoas não se conectam com produtos, com features, elas se conectam com o que uma marca representa, o que ela agrega e como fortalece seu estilo de vida. Entender esse estilo de vida e colocá-lo na buyer persona da sua marca é uma forma de tangibilizar isso. - Marca que faz sentido é marca que resolve um problema cultural. Qual é a tensão cultural do seu público?
Ao ter essa questão resolvida, você tem a maior parte de uma buyer persona construída.
O problema não é óbvio “se nosso cliente está com sede, oferecemos uma Coca-Cola”. O problema é algo profundo e cultural.
Por exemplo, a tensão cultural de uma mulher mais madura que compra um perfume não está atrelada ao “se sentir mais cheirosa”? Mas, talvez esteja atrelada a uma necessidade de ser percebida pelo outro, de voltar a sentir desejada, sensual. Compensar com um perfume, algo de que ela esteja sentindo falta.
E aí, esses insights fizeram sentido para você? Então venha participar dos nossos próximos eventos :)
Por aqui entendemos que branding não é apenas um projeto, um fim, mas, sim, uma jornada. Tanto a nossa comunidade de branding para startups, quanto os nossos eventos quinzenais visam fortalecer essa mesma crença. Quer acompanhar os próximos Mini MeetUps e discussões? Solicite a entrada em nossa comunidade.