O Azul e Branco — O metrô de luanda

Vicente Campos
BRASA
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1 min readNov 19, 2019

J’é manhã, um dia útil qualquer
Na paragem: “scongolense, congolense, congolense directo, congolense” — Chama em voz alta o Gerente, enquanto o Nduta improvisa um lugar temporário de estacionamento ao pé da estrada.
É o táxi. O principal meio de transporte de Luanda, o Toyota Hiace, o Azul e Branco.
São dezasseis lugares, mas cabem vinte: “Mamoyte emagrece”. Nele sentam kunangas, empregados, zungueiras, homens de terno, todos! O táxi não tem cor. Só o sangue tem.
Assim como na vida, no táxi somos passageiros, até o motorista. A mboa bem boa que acabou de subir, talvez não vá até ao término, mas ok.
Nessas idas e vindas ouvem-se mil histórias, experiencia-se mil coisas, somos, no mínimo, trinta minutos (dependendo do engarrafamento) tão próximos. Ainda que anda pára, pára anda, o táxi anda. Segue até ao fim!
Não se sabe ao certo quantos são, mas verdade seja dita: eles são transportadores de destinos!

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Por Vicente Campos (O Último)

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Vicente Campos
BRASA
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Designer Gráfico, aprendiz de Director de Arte, Copy, em fim, “tem dias que eu sou o sol, noutros, apenas queimo.” BRASA — Black On Fire.