A eloquencia da indústria midiática

Como a busca insaciável por poder determina o nosso modelo de sociedade.

Diego Sanches
Brasil, Mostra a tua Cara
2 min readJun 18, 2013

--

algum tempo atrás iniciei este post sobre a eloquencia da indústria midiática. Não é estranho que hoje essa mesma eloquencia sobre a qual eu iria discorrer esteja tão em voga, afinal de contas, os recentes acontecimentos a nível de Brasil demonstram exatamente a desenvoltura que a mídia tem ao tratar assuntos que podem ser utilizados a seu favor.

Vemos uma drástica mudança de posicionamento na mídia que, com a sutileza que é utilizada, aparenta um falso compromisso com a imparcialidade. Imparcialidade essa que é integrante do código de ética jornalística, um compromisso que todo profissional da área assume (ou pelo menos deveria assumir) ao exercer a profissão.

Compreendemos também que a figura do jornalista, seja ele âncora, repórter ou qualquer outro posto que possa assumir, está submetido ao julgo da empresa em que trabalha e tem que seguir determinada linha editorial. Porém, ao assumir um compromisso empregatício com um veículo que não compactua com o fim último do jornalismo, assina-se, também, a renúncia aos preceitos morais e éticos não apenas da profissão mas como do civismo.

E o que leva, então, um cidadão a abster-se de sua dignidade?
Tantas são as repostas possíveis, mas apenas uma me vêm com clareza: A ganância.

Sim, a ganância move o mundo. E, consequentemente, as pessoas que leem notícias, os jornalistas que as produzem, as empresas que os empregam, os anunciantes que mantém as empresas e o consumidor, novamente, que mantém os anunciantes, fechando assim esse ciclo vicioso de desinformação.

Portanto, meus caros. Sejamos mais críticos quanto às informações que obtemos. Procuremos avaliar à quem servem aqueles que nos informam. Busquemos fontes que tem amor e compromisso com a profissão, e não os que utilizam-na como viés de obtenção de status e poder.

--

--

Diego Sanches
Brasil, Mostra a tua Cara

“Enquanto você se esforça pra ser, um sujeito normal, e fazer tudo igual. Eu do meu lado aprendendo a ser louco, um maluco total, na loucura real”