“Como é possível ser um empresário brasileiro no Japão” — Ricardo Wakuta, Startup Consulting

Hoje a “Sexta da Inspiração” nós entrevistamos Ricardo Wakuta, atual Consultor de Startup brasileiro no Japão.

Sua história é uma verdadeira inspiração, durante a entrevista Ricardo nós ensinou muitas lições e com uma visão profissional nós contou como está o mercado no Japão atualmente. Seguindo mais a nossa entrevista, ele dividiu com nós um conselho para os brasileiros no Japão que assim como ele quer crescer e construir uma carreira aqui.

Acompanhe mais a entrevista:

• Conte um pouco sobre a sua trajetória de vida no Japão

Cheguei em 1990 no Japão e curti bastante trabalhar nas fábricas. Fiz muitas amizades, aprendi muito e conheci diversas cidades japonesas. Logo que cheguei no arquipélago investi no aprendizado de DJ, pois um DJ pode trabalhar em qualquer local do mundo, os aparelhos são globais.

Depois de 13 anos treinando consegui realizar o sonho de mixar no iDBar Nagoya junto aos Djs Ryota e Claudinho.

Em 2005, recebi uma proposta de trabalho via Orkut, para trabalhar numa startup japonesa que estava lançando uma rádio.

Gostei bastante do setor de mídia e troquei o digital para o impresso, entrei no time de desenvolvimento de negócios da Revista FOLHA e na região Tokai, chegamos a 50K exemplares no Japão.

Em 2008, um amigo que conheci nos tempos de DJ em Tokyo me contratou para trabalhar com ele em outra mídia impressa e conseguimos 300 clientes na região.

De 2011 em diante, descobri uma nova paixão, trabalhar com negócios na web, ao lado de um outro amigo desenvolvedor de sistemas colaboramos num marketplace que chegou ao Top 20 dos sites no Alexa Japão.

Em 2014, conheci os fundadores de uma startup brasileira e colaboramos no soft landing aqui no Japão.

Ao trabalhar o modelo de negócios aqui, descobri que uma startup não segue o modelo das empresas tradicionais.

É necessário mais agilidade e capital.

Fui buscar conhecimento com quem faz investimentos e entender como os profissionais de fundos VC escolhem as startups.

Participei de eventos, mentorias, office hours, viajei o Brasil e Japão para saber as diferenças dos ecossistemas de inovação junto a quem tem “skin in the game”.

Em 2018 fundei a DSJP Consulting, uma consultoria para diminuir as barreiras entre startups e VC’s dos ecossistemas brasileiro e japonês.

• Como você acha que os brasileiros podem desenvolver o potencial aqui no Japão?

Em 2008, junto ao músico e designer Ronaldo J. criamos uma campanha chamada “Sucesso: uma questão de visão”. Significa que o mais importante é o que cada um enxerga como sucesso, não o que é imposto pela mídia ou por padrões da sociedade.

Todos podem alcançar o sucesso no Japão. Acreditar em si é o primeiro passo. O que muda em cada pessoa é sua visão, as vezes muito macro ou muito micro. Entre sonhar grande e chegar lá, há aquela frase “Qual o tamanho da bucha que você aguenta segurar?”.

Conselho:

- Programe ou seja programado!

Frase do Douglas Rushkof.

Já acontece no mundo da mídia e muitas pessoas não percebem. Os algoritmos influenciam mais que os influenciadores digitais. Quem escolhe o que você quer ver na timeline? Quem escolhe as séries do Netflix?

Aos 12 anos estudei Basic e Cobol, foi um dos melhores presentes que ganhei dos meus pais. Não continuei os estudos mas mudei minha visão a partir daqueles cursos. Hoje em dia vimos que é essencial que os jovens aprendam linguagens de programação.

Depois dessa entrevista, podemos ver como é possível realizar seus sonhos, só basta você correr atrás deles. A história de Ricardo é uma verdadeira inspiração e fomos capazes de ver como ele conseguiu não somente realizar os sonhos dele, mas como hoje ele realiza os sonhos dos outros também!! No Japão há uma capacidade muito grande de nós brasileiros crescermos! e a BRIJ está aqui para dar todo apoio e orientação para seu próspero futuro e quem sabe um dia a sua história pode estar aqui na “ sexta da inspiração”? Nós estamos ansiosos por isso!