A problemática da programação e a lógica das linguagens

JoJo
Brazilians in Tech
Published in
4 min readOct 18, 2023

Querido Medium e comunidade da Brazilians in Tech, para você que me leu anteriormente, retorno ao relato; dessa vez, não somente em continuidade, mas pra dizer quais foram as sensações de minha primeira prova de programação no Curso de Engenharia Química.

Texto escrito por Joana Dias

Fonte: Photo by Christina @ wocintechchat.com on Unsplash

Puderas pensar na indefinição dos meus próximos passos...
Que área escolher?
Que caminho seguir?
Como a verdadeira Alice no país das maravilhas de Lewis Carrol, eu estava a pirar. Bastante. Em uma verdadeira encruzilhada, dentro da minh’alma.
Como posso me redefinir?

Talvez… Todo ser vivo passe por isso. É a transformação natural, certo?
Mas, por qual motivo parece tão difícil de explicar esse sentir? Tão inexato!
Essa ânsia pela decisão e pela certeza, beirando a catástrofe do errar. De novo. E de novo. Estou a me deixar psicologicamente exausta, porque não queria me frustar novamente, entende? O fracasso é bastante desestimulante. Porém, às vezes, ler a variável basta para mudar toda a trajetória na vida, na programação;

Coincidindo com as dimensões de mim mesma, tangente a uma angulação ainda não definida: derivo.
Estou em angústia. Uma espécie de dor que se sente por não saber continuidade. Limitada a infinitude da complexidade dos dias.
Acostumar a pensar em níveis, módulos, degraus provoca um certo merecer de patamar para importar. Como se o saber não transparecesse também em outros modos de estar. Reside mistérios em um simples pássaro a voar. Desconhecia que a vida é um ciclo. Cadê a minha biologia natural?
É que nunca soube como começar e, resolvi ir pelo básico. O determinado. O “certo”.

Tive que aprender tantas linguagens, conhecer tantas formas de interpretação! Decifrar questões que pareciam enigmas. Do universo, do mundo, do meu país. Até o próprio dialeto do meu estado era uma descoberta em saber. Estava, eu, diante de observações… Mas ainda não havia parado para pensar no fato: a minha própria linguagem.

Depois de todos esses anos, ainda não havia me lido.
Eu, leitora assídua de Wattpad a Camões. Da nova literatura, aos clássicos. Tinha esquecido de mim. De me ler. Euzinha. Pequena, sem jeito; assim.
Ler por cima, sem internalizar, sem a reflexão da mensagem.
Oras, não é óbvio: todo indivíduo é um arcabouço teórico, poético e literário do ser. Há uma filosofia em se viver. Bom, para mim, não era. Esse saber, só podia estar para mim implícito. Logo, precisei isolar... Estou fazendo isso agora //com estilo//.

Busquei me desprender a procura de entender a vizinhança, ignorando o sistema. Enquanto tanta coisa acontecia em mim, hoje vendo o universo de TUDO. Compreendo que a minha dinâmica interna foi bem ignorada. Tantas trocas tive com o todo que hoje sou parte! Por isso, vivo em meio a tantos dilemas, conflitos e porquês.

Abandonei o meu próprio manual… Minhas energias estão baixas e preciso renovar. Para que essa valorização descabida, ao que é relevante ao meio social? A constante, de fato, é a sistemática. De entender tudo ao redor e não saber nada de si. Tornei-me uma boba e perdida. Por culpa minha, minha mesmo.

No entanto, tão perto do fim, sinto que não há nada demais! Porque ainda não chegou ao fim. Veja bem, o programa para rodar precisa de um “begin” e um “end”, certo? Não é só isso. Claro que tem mais... Ainda tenho variáveis para declarar bem como comandos para fazer... Posto que, estou reformulando. Tantas pontuações são necessárias! E os operadores, lógico que estão a me ajudar. Ainda a estou programando... Estou fazendo isso agora também //com esforço//.

Preciso querer criar um programa para fazê-lo funcionar. Portanto, eis o motivo porque eu não estava indo bem. Funcionando irregular, sem um sentido. Falta de utilidade. Um ser necessita perceber os sentidos de estar, razão essa que só descobri porque precisei me colocar em questão.
Escolher a minha própria jornada, meu objetivo. Não requer apenas a análise minuciosa dos fatos, nem do geral.

Entretanto, há um flamejar em essência que se torna indefinido. É sutil, mas intenso, vibra no âmago a direção. É um prevalecer sem questionar. É um é ser, sem ser... Pode ser recorrente, ao se estar próximo. Só acontece, não precisa do querer. Intrínseco. Flui pela veias e provoca arrepios.
Por mais, indefinido que tudo possa parecer. Confuso. Pertubador. Até mesmo, aleatório. O momento atual me faz sentido.

Esse presente representa o meu viver, nessa incerteza de começos e de próximos passos. O problema parece conter a própria resposta. Acredite ou não, estou prestes a fazer uma prova do assunto que não sabia simplesmente nada; ainda assim, eu me deparei sorrindo. Porque não importa mais o resultado. Errar ou acertar, é simplesmente irrelevante, diante principal sentido do cursar uma graduação, porque eu me alegro em contentamento. Visto que, eu, finalmente, entendi o conteúdo que parecia tão difícil para mim. Meses, semanas, dias atrás. Logo eu que não sabia de nada, de nada, hoje estou aqui, falando sobre mim e confesso que faz todo o sentido. //Funcionou!// Estou eu a solucionar a minha própria problemática?

Atenciosamente, JoJo.

Fonte: Photo by Steinar Engeland on Unsplash

Joana Dias é uma estudante de Engenharia Química, cronista, resenhista literária, escritora e nortista. Sob o pseudônimo de JoJo Dieira, possui textos publicados de variados gêneros literários.

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JoJo
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Joana Dias é uma estudante de Engenharia Química, resenhista literária, escritora e nortista. Sob o pseudônimo JoJo Dieira, possui diversos textos publicados.