Tentando o equilíbrio da vida

Stéfany Coura Coimbra
Brazilians in Tech
Published in
5 min readOct 12, 2023

Meu dia a dia como equilibrista da vida sendo estudante, artista, editora, escritora, leitora, gamer e o que mais der e vier.

Texto escrito por Stéfany Coura Coimbra

Foto: Eu me aventurando nas teclas de um piano deixado em um parque de diversões abandonado, Seoul, Coreia do Sul

Sempre fui uma pessoa curiosa e na maioria das vezes passei por um estágio da minha vida fazendo mais de uma coisa.

“A vida acontece enquanto está ocupada(o) fazendo planos” — John Lennon

Confesso que não sou alguém tão planejadora assim, por isso é difícil pra mim construir um hábito, já que não tenho uma rotina tão definida. Eu adoro fazer coisas diferentes e ter a sensação de estar descobrindo algo novo e só fica mais fácil incluir alguma coisa no meu todo dia se eu gostar muito e, ainda assim, ela me permitir não fazer mais do mesmo amanhã e depois de amanhã.

Às vezes, ficamos tão imersos em nossos planos, metas e expectativas que esquecemos de apreciar o presente e aceitar as reviravoltas inesperadas que a vida nos reserva. Em um mundo movido pela constante busca por realização pessoal e sucesso, é fácil se perder na corrida interminável para atingir nossos objetivos. Planejamos meticulosamente cada passo, visualizando um futuro ideal, mas esquecemos que a vida é imprevisível e que nem sempre as coisas sairão como planejamos.

É importante se planejar, mas acredito que também é crucial ter uma reserva de tempo em que possa tentar coisas fora do script. Enquanto estava na Coreia do Sul fazendo meu intercâmbio este ano eu percebi mais isso. Quando eu e meus amigos íamos visitar uma nova cidade, a gente sempre fazia planos para cada dia, até porque se não fizéssemos acredito que nos perderíamos muito na viagem. Ainda assim, sempre a gente se surpreendia, tinha sempre espaço pra surpresa. Nos nossos planos estava: visitar tal lugar, depois ir em tal lugar e ficar 2 horas, depois almoçar e por aí vai, só que mesmo assim, no caminho pra lá e andando pelo lugar tinha sempre alguma coisa que a gente não esperava.

Foto: Passeando pelo jardim do Cheong Wa Dae, a Casa Azul

Em um dia enquanto estávamos em Seoul, visitamos o palácio Gyeongbokgung, que é um dos maiores e mais turísticos por lá. Enquanto a gente explorava, vimos um telhado azul diferente dos outros e que parecia estar mais perto da saída. Decidimos checar e quando chegamos lá, percebemos que era outro lugar, na verdade, a construção onde fica o presidente (eles chamam de Casa Azul — Cheong Wa Dae). Além disso, era um dia especial e os visitantes podiam entrar e fazer um tour por algumas partes lá dentro.

Eu acho que precisamos de um certo equilíbrio na vida para que tenhamos um rumo ao que gostaríamos de alcançar, mas que também não ficamos entediados. Planos são importantes, mas não são tudo.

“Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias” — Cora Coralina

A vida não é medida pelo número de respirações que damos, mas pelos momentos que nos deixam sem fôlego. É fácil cair na armadilha da rotina, deixando os dias passarem despercebidos, sem apreciar a beleza das pequenas coisas que nos cercam. No entanto, quando começamos a valorizar cada momento como uma dádiva, a vida se transforma em uma jornada extraordinária.

Quando começo um novo hábito, tento deixar ele perto de uma coisa que gosto, ou mesmo começar já como uma coisa divertida, porque aí posso associá-lo com algo que me deixa feliz e tudo fica mais fácil.

Tento também fazer novas experiências que me mantenham na trilha do “eu ainda posso surpreender comigo mesma”. Às vezes é algo que sempre quis fazer, mas nunca tive coragem ou ainda que me deu vontade vendo algo que gosto. Foi assim que entrei no caminho de artista. Aprendi trompete numa banda da onde moro, Banda Euterpe Cachoeirense, de Cachoeira do Campo-MG. Depois aprendi um pouco de violão e em seguida fui me aventurar no violino, que é um instrumento que me ganhou ao longo dos anos, grande parte por conta de Coldplay e Viva la Vida, mas também pelos artistas que fui conhecendo e escutando.

“Nunca é tarde demais para tentar algo novo” — Dançarina Imperfeita

Superei alguns medos pelo meu caminho e grande parte foi por conta da minha família e amigos ao meu redor construindo uma rede de apoio comigo. Numa viagem para Campos do Jordão há uns aninhos fiz arborismo em uma das trilhas médias do Altus Turismo Ecológico, o Circuito Macaco Bugio. Foi de tirar o fôlego, porque tenho medo de altura, mas foi tão legal, faria tudo de novo.

Nesse ano também perdi meu medo de montanhas russas quando fui no parque E-World na Coreia do Sul. Eu e meus amigos zeramos todas as montanhas russas + uns brinquedos, como o Mega Swing, que gira 360 graus no ar e o Air Race, que gira várias vezes e te deixa de cabeça pra baixo durante a diversão.

Foto: No topo da Hallasan, Coreia do Sul

Além disso, tive a honra de escalar algumas montanhas e subir até o topo da montanha mais alta da Coreia do Sul, a Hallasan.

“Para ser uma boa ou um bom profissional, primeiro seja louca(o) e entusiasta” — Stéfany Coura Coimbra

A loucura, muitas vezes temida e incompreendida, é na verdade um terreno fértil para a criatividade florescer. É o lugar onde as mentes curiosas encontram novas formas de ver o mundo, desafiando as normas estabelecidas e explorando territórios desconhecidos.

Por outro lado, o entusiasmo é o combustível que alimenta essa chama. É a faísca que transforma sonhos em metas realizáveis e transforma obstáculos em oportunidades de aprendizado.

Amo viver! Enquanto estou no momento posso aproveitar ao máximo e depois disso, posso escrever sobre e me conectar com coisas que li e vi nas minhas obras favoritas. Sou louca e entusiasta. Leio pra minha formação acadêmica, mas leio também pra minha própria formação. Adoro poder compartilhar com outras pessoas o que aprendi, nas horas livres jogo, toco meu violino e danço. Vou vivendo tentando o equilíbrio da vida.

Stéfany é Editora do Blog BiT. Para saber mais sobre ela, acesse:

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Stéfany é apaixonada por tecnologia e também redatora do Blog BiT! É uma dev mineira, adora pão de queijo, pizza e de participar de Hackathons.

Estudante de Engenharia de Computação na Unifei — Universidade Federal de Itajubá, tem muito interesse em tópicos de Inteligência Artificial e Segurança da Informação. Já foi integrante da Equipe Uai!rrior de Robótica por quase 3 anos, maratonista de programação e, no ano de 2023, foi parar do outro lado do mundo na Coreia do Sul, fruto de um intercâmbio na KNU — Kyungpook National University, Daegu.

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Stéfany Coura Coimbra
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