Reposição de Personagens Mortos

Essa missão de Red Dead Redemption é uma aula sobre reposição de personagem

Na missão Os Primeiros Serão os Últimos do jogo Red Dead Redemption 2 temos uma aula sobre reposição de personagens adicionando elementos ao jogo e história criada na mesa.

Acho que todos conhecem a história do jogo, mas em resumo, jogamos com Arthur Morgan, um pistoleiro vivendo os ultimos anos de uma gangue de foras da lei.

Então, nessa missão, vamos ao encontro com aliados numa zona perigosa para observar uma movimentação inimiga. Queremos liberar um aliado que foi preso.

Então, somos apresentados a dois personagens “novos” para nós, jogadores, mas que já fazem parte do universo da gangue.

Sean MacGuire é um membro da gangue que foi preso e está sendo movimentado por guardas, sendo entregue para caçadores de recompensas, que o levarão até uma prisão federal.

Josiah Trelawny é um membro distante da gangue, viaja aplicando golpes, e aparece no exato momento da missão para ajudá-lo, metendo uma lábia pra cima dos guardas.

Mas, o que você quer dizer?

Notou a velocidade com que dois novos personagens surgiram e já foram rapidamente inseridos? Digamos que eles o grupo de jogadores acabou de receber 2 novos personagens. Então, eles são adicionados, mas eles não são novos membros na ficção, são novos para o jogo. Entende a diferença?

Sean e Trelawny conhecem a gangue, ambos são membros do time, mas surgem ali para uma missão específica, são adicionados com o jogo andando.

Digamos que seu grupo de 5 jogadores acabou de perder 2 personagens para mortes brutais. Então, na próxima sessão após enterro, antigos amigos surgem procurando uma oportunidade de trabalho! Ou quem sabe, chegam para o próprio enterro, prestando suas condolências.

O Jogo tem que Continuar

O jogo é mais importante que seus personagens. Ninguém está falando que eles são descartáveis, mas se um personagem morre, outro precisa ser feito e inserido no jogo quanto antes.

Utilize a morte como força motivadora. Use ela de combustível para o jogo. Junte fatos e perpetue acontecimentos. Este é o melhor modo de “manter uma história viva”.

Um personagem morreu fugindo da dungeon? Deixe ele voltar a jogar rapidamente usando uma ficha de PNJ, interpretando um fugitivo, prisioneiro, um aliado inesperado buscando unir forças. Depois que saírem da prisão, ele faz sua ficha bonitinho. Após um banho e refeição ele pode apresentar direito “quem ele é”.

Seu personagem morreu invadindo um forte? Faça o novo personagem chegar e ainda mandando a frase “putz, acho que me atrasei, sua carta não chegou a tempo”.

Seu personagem morreu num conflito de gangues? A noite, os personagens dos jogadores são visitados pelo irmão do falecido, quer se unir ao bando por vingança.

Os jogadores sobreviventes, devem facilitar a entrada e inserção do novo personagem. O jogador que chega com novo personagem, deve tentar encaixar seu personagem no contexto que já está em andamento.

Tenha uma base forte

Por isso minha dica pessoal sempre será: tenha um pilar forte. Uma motivação que justifique a união de um grupo. Seja uma missão, um trabalho, uma causa altruísta, não importa, enquanto esse objetivo, essa base for clara e forte, sempre surgirão motivos plausíveis para o surgimento de novos personagens.

Note que isso é muito comum em filmes de guerra. Duas unidades são quase dizimadas, então se encontram, perguntam quem é o oficial de maior patente dentre eles, se unem e voltam à ação.

O show tem que continuar

-Cass Richel